Lição 05 – Fruto do Espírito: o Eu Crucificado
31 de Janeiro de 2021
TEXTO ÁUREO
“Ora, o Deus
de esperança vos encha de todo o gozo e paz em crença, para que abundeis em
esperança pela virtude do Espírito Santo.” (Rm 15.13)
VERDADE PRÁTICA
O fruto do
Espírito é um dos temas mais vibrantes da ética cristã, pois mostra para o
mundo o que Espírito Santo colocou dentro de cada um de nós.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda – Rm 7.15-19
O apóstolo mostra o conflito interior do religioso formal
Terça – Rm 8.5 Existe uma diferença visível entre
os incrédulos e os crentes em Jesus
Quarta – Rm 8.8,9 Quem tem o Espírito de Cristo,
este pertence a ele
Quinta – 2 Co 4.16 Os que estão em Cristo se renovam
a cada dia no ser interior
Sexta – Gl 2.20 O
Senhor Jesus vive naquele que está crucificado com Ele
Sábado – Cl 3.5 A carne deve ser subjugada pelo
Espírito Santo
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Gálatas 5.16-26
16 – Digo,
porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne.
17 – Porque
a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne; e estes
opõem-se um ao outro; para que não façais o que quereis.
18 – Mas, se
sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei.
19 – Porque
as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza,
lascívia,
20 –
idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas,
dissensões, heresias,
21 –
invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas,
acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais
coisas não herdarão o Reino de Deus.
22 – Mas o
fruto do Espírito é: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade,
fé, mansidão, temperança.
23 – Contra
essas coisas não há lei.
24 – E os
que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.
25 – Se
vivemos no Espírito, andemos também no Espírito.
26 – Não
sejamos cobiçosos de vanglórias, irritando-nos uns aos outros, invejando-nos
uns aos outros.
OBJETIVO GERAL
Demonstrar
que o Fruto do Espírito é um dos temas mais vibrantes da vida cristã.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os
objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos
subtópicos.
Conceituar o fruto do Espírito;
Distinguir e relacionar fruto do Espírito e dons
espirituais;
Conscientizar que o Espírito se opõe à Carne.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Fruto do
Espírito e dons espirituais não deveriam ser exclusivistas, mas duas realidades
complementares que revelam todo o conselho de Deus. Quem é cheio do Espírito
deve desejar o Fruto do Espírito na mesma intensidade que deseja os dons
espirituais. Se os dons são sinais poderosos para a evangelização e edificação
da igreja, o fruto do Espírito é o testemunho poderoso de uma natureza purificada
em meio à geração corrompida.
Ora, no meio
das trevas quem é luz é como quem segura uma tocha iluminada a meia-noite.
Assim, o fruto do Espírito é o testemunho do “eu crucificado” com Cristo. Esse
“eu” não é mais regido pelos instintos primitivos e animalescos da Carne, mas
pela direção harmoniosa, calma e serena do Espírito Santo.
INTRODUÇÃO
O Fruto do
Espírito (Fruto do Espírito são as virtudes produzidas pelo Espírito Santo na vida daqueles que aceitaram a Cristo, tendo origem no Espirito Santo e no amor de DEUS. São as virtude da nova vida em Jesus, o novo modo de vida, convertida, regenerada e justificada. Diferente dos dons onde alguns recebem uns dons ou um dom, o fruto é gerado no novo homem, gerado na nova criatura. São capacitações geradas no cristão. São através dessas virtudes que o mundo conhece e reconhece o que Deus colocou dentro de casa crente. Essas manifestações geram dentro de nós um convívio harmonioso na igreja, no lar, no trabalho e em toda sociedade. É o fruto não os frutos, embora se manifestando em diversas maneiras ele é um só, uma unidade porque procede de uma mesma origem, de um mesmo fruto o AMOR.) É o resultado de uma vida cristã abundante e manifestada no
relacionamento entre os irmãos e irmãs na igreja e no lar, na convivência com
os descrentes no trabalho e na sociedade. Por isso, devemos entender o conflito
entre a carne e o Espírito e a função do fruto do Espírito.
PONTO CENTRAL
O Fruto do
Espírito tem como fonte o próprio Espírito Santo.
I – O FRUTO DO ESPÍRITO NA
VIDA DO CRENTE
O crente em
Jesus é alguém que vive sob os domínios do Espírito; ele é liberto da lei e dos
rudimentos deste mundo, mas isso não significa uma vida passiva. O fruto
do Espírito é a expressão do Espírito na vida do crente.
1. Definição.
Jesus nos salva e nos dá o Espírito Santo,
nos renova e coloca em nós o desejo de fazer o que é bom e agradável a Deus. O
fruto do Espírito é o resultado natural de um processo de amadurecimento e a
consequência de um processo natural de crescimento espiritual.
Ele surge gradativamente dentro de nós como resultado da regeneração (Regeneração, é o processo de nascer de novo. Nascer espiritualmente. É Deus que opera o novo nascimento. É o único meio que nos faz entrar no Reino de Deus; "Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus." (João 3:3 ) do Espírito Santo de forma instantânea e também gradativa por meio do crescimento na graça de nosso Senhor Jesus Cristo, como acontece com a santificação. O apóstolo apresenta nove modalidades (capacitações do Espírito) do fruto (v.22).
1. caridade, (amor). É o fruto do Espírito. As demais modalidades é o amor sendo expresso de diversas formas. Os quatro aspectos da palavra amor na Bíblia:
a. Amor eros. É conhecido como amor instintivo ou paixão.
b. Amor storge. É o amor afetivo, amor.
c. Amor phileo. É o amor .
d. Amor agápe. Deus é a personificação deste amor (1 Jo 4.8-16).
2. gozo, (alegria). A verdadeira alegria que independente da situação sempre estamos alegres.
3. paz. A verdadeira tranquilidade produzida em nossos corações e vidas diante da vida turbulenta que levamos ainda aqui na terra.
4. longanimidade. A verdadeira paciência em nós gerada para suportarmos as afrontas e injúrias injustamente, tendo como exemplo o próprio Deus quando afrontamos a ele como pecadores e mesmo assim ELE foi longânimo conosco.
5. benignidade. A verdadeira característica daquele que faz o bem, que quer o bem, que procura sempre fazer o bem.
6. bondade. A verdadeira atitude de generosidade, de sempre querer o correto, o bom e rejeitar o que mal e ruim.
7. fé, (fidelidade). A verdadeira fidelidade para com Deus e os homens. É através dela que vemos nosso caráter.
8. mansidão. A verdadeira gentileza diante de momentos violentos, raiva e desconforto. É o tratamento oposto a aqueles que fazem a nós com agressividade.
9.temperança (domínio próprio). O verdadeiro domínio sobre as nossas vontades, submetendo a vontade de Jesus.
2. “O fruto”, no singular.
Alguns expositores estranham o fato de Paulo
contrapor “as obras da carne” (Obras da Carne; uma lista de 15 vícios que podem ser bem mais ("coisas semelhantes a esta") que manifestam o domínio da carne na vida do cristão. As obras ao contrário do fruto do Espírito são condutas de um crente que vive no domínio do pecado sem a direção do Espírito Santo.) (v.19) com o “fruto do Espírito” (v. 22), no
singular, quando era de se esperar “frutos”. O missionário Eurico Bergstén
explica esse singular ilustrando esse fruto como uma laranja e seus gomos.
O “fruto”
que aparece logo em seguida é o amor (“caridade”, na Versão Almeida Corrigida –
1969), diz o missionário, as oito virtudes seguintes são os reflexos do amor:
“gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança” (v.
22).Donald Gee chama o fruto do Espírito de nove modalidades do fruto.
A forma
singular sugere que nelas se produz a unidade de caráter de Cristo, as nove
graças mencionadas, todas elas em contraste com as confusões das obras da
carne.
3. Andar no Espírito (v.16).
Ser guiado pelo Espírito significa, na
linguagem paulina, vitória sobre os desejos e impulsos carnais (obras da carne). “Andar no
Espírito” é uma expressão que indica viver corretamente em humildade, submissão
e santidade.
O apóstolo
Paulo usa termos similares para se referir a esse estilo de vida dos crentes:
“para que possais andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo,
frutificando em toda boa obra e crescendo no conhecimento de Deus” (Cl 1.10);
“andar e agradar a Deus” (1 Ts 4.1); “andai em amor” (Ef 5.2); “andai como
filhos da luz” (Ef 5.8); “andai nele” (Cl 2.6). O apóstolo Pedro nos ensina:
“andai em temor, durante o tempo da vossa peregrinação” (1 Pe 1.17).
SÍNTESE DO TÓPICO I
O fruto do
Espírito revela o crente que vive sob os domínios do Espírito.
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
Abra a aula
de hoje, perguntando: O que é mais importante? Ser batizado no Espírito Santo
ou viver o fruto do Espírito? Após ouvir as respostas, de acordo com as
Escrituras, diga que essa pergunta não faz sentido algum para o crente. Em
nenhum lugar da Bíblia se ensina essa “escolha”, pois tanto um quanto o outro
são igualmente importantes na vida do crente e da igreja. Tanto o Batismo no Espírito
Santo, e a realidade dos dons espirituais, quanto o fruto do Espírito são
realidade de uma única fonte: o Espírito Santo. Ao expor o conteúdo desse
primeiro tópico, deixe claro que para vencer a Carne é preciso “andar no
Espírito”; e só “anda no Espírito” quem manifesta o fruto do Espírito. Logo, só
há um jeito de crucificar a carne: o fruto do Espírito.
II – DIFERENÇA E RELAÇÃO ENTRE
O FRUTO E OS DONS DO ESPÍRITO
Os dons
espirituais e o fruto do Espírito têm a sua origem numa mesma fonte e ambos
glorificam a Cristo, mas se trata de coisas distintas. O amor, por exemplo, não
é um dom (1 Co 14.1).
1. Diferença.
O que há em comum entre essas duas fases abençoadas da nossa redenção (Redenção, o livramento, o resgaste em nosso favor oferecido por Jesus Cristo com sua morte na cruz do calvário para nos livrar da condenação eterna. Somente Deus pode oferecer a humanidade.) é a fonte de origem.
A primeira e a maior
modalidade do fruto do Espírito é o amor, as demais modalidades são reflexos do
amor. O apóstolo Paulo usa o amor como representante do fruto do Espírito ao
comparar o fruto com os dons do Espírito. O amor é superior aos dons, é o “caminho
ainda mais excelente” (1 Co 12.31).
Por essa
razão, o amor encabeça essa lista (Gl 5.22); e em outras passagens prevalece a
supremacia do amor (1 Co 13.13; Gl 5.13; 6.1,2). Paulo afirma ainda que os dons
sem o amor não são “nada” (1 Co 13.1-3) e são passageiros (1 Co 13.8-10), mas o
amor é eterno.
2. Os dons na igreja.
Convém relembrar que os dons são importantes.
Isso não significa que devemos desprezá-los. É a vontade de Deus que os irmãos
e as irmãs não ignorem os dons espirituais (1 Co 12.1), que busquemos os
melhores (12.31) e “não desprezeis as profecias” (1 Ts 5.20). Os dons são
comparados a um andaime numa construção; a igreja, a um edifício (1 Co 3.10-12;
Ef 2.20-22).
Não é
possível uma construção prosseguir sem o andaime, mas uma vez concluída a obra,
o andaime é dispensado. No céu não haverá necessidade dos dons, mas eles são
uma necessidade imperiosa na vida da igreja hoje, pois ela precisa do poder do
alto para combater o reino espiritual das trevas (Ef 6.10-12). Segundo
Apocalipse 21 e 22, no mundo vindouro não há necessidade desses recursos do
Espírito.
SÍNTESE DO TÓPICO II
Os dons
espirituais e o fruto do Espírito têm a sua origem numa mesma fonte: o Espírito
Santo. Ambos glorificam a Cristo.
SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ
“A Palavra
de Deus fala claramente da recompensa que o crente tem ao dar liberdade ao
Espírito Santo para que produza as características de Cristo no seu interior.
Em 2 Pedro 1, a Bíblia nos fala da necessidade de o crente desenvolver as
dimensões espirituais de sua nova vida em Cristo. Com este desenvolvimento vem
a maturidade, a firmeza e a perseverança, que permitem ao crente viver
vitoriosamente no tocante à velha e pecaminosa natureza adâmica. No versículo
10, a Palavra de Deus diz: ‘Porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis.
Porque assim vos será amplamente concedida a entrada no Reino eterno de nosso
Senhor e Salvador Jesus Cristo’ (2 Pe 1.10,11).
O fruto é
uma coisa viva. Se você entregou o controle de sua vida ao Espírito Santo, Ele
infalivelmente produzirá em você o fruto do Espírito em uma colheita contínua e
abundante. Ele é chamado ‘o Espírito de vida’ (Rm 8.2; Ap 11.11). Portanto, o
seu fruto espiritual deverá ser crescente, nutrido e completo, reluzente,
vistoso e sadio” (GILBERTO, Antônio. O Fruto do Espírito: A Plenitude de Cristo
na Vida do Crente. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2019, p.22).
III – O ESPÍRITO SE OPÕE À
CARNE
O que levou o apóstolo ao assunto foi o contexto das igrejas da Galácia. O abuso da liberdade cristã (Liberdade Cristã é na verdade a condição de livres que temos após termos aceitado Cristo como salvador. O abuso da igreja na Galácia se dava porque os crentes estavam entendo essa liberdade como fator para fazerem o que bem quisesse e da maneira que achasse conveniente. Isso estava levando eles a um jugo pesado e a viverem as obras da carne afrontando a Deus, pecando contra seus corpos e pecando uns contra os outros.
“Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não usei então da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pela caridade. Porque toda a lei se cumpre numa só palavra, nesta: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Se vós, porém, vos mordeis e devorais uns aos outros, vede não vos consumais também uns aos outros. Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne”, Gálatas 5:13-16.
A antinomia (Antinomia, Contradição entre princípios, doutrinas, ideologias. Veja o que os judaizantes pregavam nas igrejas.), de um lado, e o legalismo (Legalismo, estilo de vida que as pessoas levam a vida como condição para obter a salvação), de outro estavam dando ocasião à carne, levando à falta de amor e à desunião (Gl 5.13-15).
Os legalistas judaizantes.
Os judaizantes que estavam nas igrejas da Galácia entre outras práticas que guardavam estavam a guarda do sábado, a circuncisão, certos preceitos dietéticos estabelecidos pela lei mosaica, preceitos tradicionais acerca dos rituais religiosos e dos preparativos de alimentos e das refeições, o khasherut, khasher-apropriado para comer, limpo. Afirmavam que os gentios para serem salvos deveriam observar e guardar a lei de Moisés, eles condicionavam a salvação a obras humanas. É o que as religiões não cristãs afirmam, que as obras fazem parte da salvação retirando todo mérito de Cristo como único autor da salvação por sua morte na cruz do calvário. Não existe esforço humano para a salvação somente através de Cristo é que o homem é salvo. As obras fazem parte da vida do crente porque eles já foram salvos, não como meio para salvação. Eles queriam acrescentar algo a mais para a salvação, isso pelo esforço humano, as obras da lei. A igreja da Galácia estava envolvida com essa situação tão crítica e Paulo sabendo disso urgentemente escreve admoestando a igreja sobre o porquê eles estavam abandonando Jesus que os haviam salvado de graça pela Graça, e repreende-os dizendo que eles estavam aceitando um outro evangelho. (Gal.1:6). O verbo empregado por Paulo para outro é "héteros", outro evangelho que não é o evangelho de Cristo. Tem outra natureza, outra essência. Veja o perigo que a igreja corria, estavam se acostumando com um evangelho que não era o de Cristo, e falavam de Cristo, pregavam a Cristo, mas condicionavam a salvação de Cristo a obras humanas.
Todo evangelho que propõe tirar a essência do evangelho de Cristo é anátema. (Gal.1:8,9).
O novo modo de vida do cristão não é mérito humano, não foi e nem nunca vai ser alcançado por méritos de obras, somente através da graça de Deus revelado em Jesus Cristo. Viver conforme Deus quer não dá pra conseguir por obras, mas unicamente segundo a vontade de Deus. Nesse sentido, após a conversão é que o Espirito Santo gera no cristão o Fruto do Espírito. A nova vida em Cristo requer santidade, retidão, pureza, disciplina, testemunho, então o Espirito Santo produz o seu fruto na vida de cada crente para que esse testemunhe da graça revelada pela salvação em Cristo. O fruto aparece e vai crescendo a medida que vamos amadurecendo na fé. As igrejas da Galácia estavam precisando com urgência dessa declaração de Paulo sobre o Fruto do Espírito. Os crentes de gálatas não podiam continuar naquela situação uma vez ensinados e doutrinados por Paulo não deveriam aceitar um outro evangelho. Que Deus nos ensine a cultivar o Fruto do Espírito em nossas vidas.
1. O legalismo.
Há um acentuado contraste entre estar na carne e andar no Espírito. O apóstolo mostra que para ser legalista, viver de acordo com a lei, depende da carne, mas para viver no Espírito, depende da graça de Deus (Gl 5.16-18). O sistema legalista que os opositores de Paulo, os judaizantes (Judaizantes, cristãos das igrejas da Galácia, não judeus que eram simpatizantes do judaísmo e que queriam condicionar a salvação a obras humanas. Ensinavam entre outras coisas que para serem salvos os crentes deveriam fazer obras. Os judaizante infrigiam um código antigo do judaísmo denominado Avodah Zarah que proíbe os não judeus a praticarem costumes judaicos, considerando um grave insulto ao judaísmo. Avodah Zarah ( hebraico : עבודה זרה , ou "adoração estrangeira", que significa " idolatria " ou "serviço estranho") é o nome de um tratado do Talmud , localizado em Nezikin , a quarta Ordem do Talmud que trata de danos . O tópico principal do tratado são as leis relativas aos judeus que vivem entre os gentios .https://en.wikipedia.org/wiki/Avodah_Zarah) (Gl 2.14), ensinavam nas igrejas da Galácia, é egocêntrico, motivado pela carne e gera competição espiritual que resulta em desavença (Gl 5.15).
2. A Carne e o Espírito.
A palavra grega sarx, “carne”, tem muitos significados na Bíblia, principalmente nos escritos paulinos.
Pode significar fraqueza física (Gl 4.13),
o corpo (Gl.4.13),
o ser humano (Rm 1.3),
o pecado (v.24),
os desejos pecaminosos (Rm 8.8).
O contexto determina o significado
dela. No contexto das “obras da carne” significa o conjunto de impulsos
pecaminosos que dominam o ser humano.
Da mesma
maneira a palavra grega pneuma, “espírito”, que se aplica ao Espírito Santo, ao
espírito humano, aos anjos e aos espíritos imundos. É só prestar atenção ao
contexto para saber a que espírito o escritor sagrado está se referindo. A
oposição do Espírito contra a carne na vida cristã mostra que “os que são de
Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências” (v.24). É
isso que acontece conosco diariamente: a morte do “eu”.
3. Os vícios (vv.19-21).
O apóstolo apresenta uma lista com 15 vícios,
que ele chama de “obras da carne” (vv.19-21). Outras listas aparecem em outras
epístolas paulinas (Rm 1.29-31; 1 Co 6.9,10; 1 Tm 1.9,10). Paulo não pretende
ser exaustivo; essas listas são representativas em Gálatas, pois ele
acrescenta: “e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como
já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de
Deus” (v.21).
Podemos classificar esses vícios em três categorias:
a) sexo ilícito; Pecados da licenciosidade, da concupiscência da carne. Veja que são pecados que o homem comete contra seu próprio corpo.
prostituição,
impureza,
lascívia;
b) pecados de ordem religiosa; Pecados que o homem comete contra Deus.
idolatria
feitiçaria;
c) pecados de ordem social; Pecados que o homem comete contra o seu próximo.
inimizades,
porfias,
emulações,
iras,
pelejas,
dissensões,
heresias,
invejas,
homicídios,
bebedice,
glutonaria.
A lista desses vícios ou dessas obras não acaba por aqui. São tudo aquilo que o apóstolo menciona; "coisas semelhantes a estas".
SÍNTESE DO TÓPICO III
O abuso da
liberdade cristã e o legalismo revelam a oposição entre a Carne e o Espírito,
pois ambos levam à falta de amor e desunião.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“A
maturidade espiritual ajuda-nos a ter bons relacionamentos com as pessoas.
Passamos a compreendê-las melhor e a reconhecer a melhor maneira de ministrar a
elas. Devemos esforçar-nos para alcançar a união. As pessoas, ao observarem o
nosso caráter e conduta, passarão a ter confiança em nós.[…] O fruto é a
maneira de se exercer os dons. Cada fruto vem acondicionado no amor, e qualquer
dom, mesmo na sua mais plena manifestação, nada é sem o amor.
‘Por outro
lado, a plenitude genuína do Espírito Santo forçosamente produzirá também
frutos, por causa da vida renovada e enriquecida da comunhão com Cristo’.
Conhecer o amor, poder e graça de Deus, inspiradores de reverente temor, deve
fazer de nós vasos de bênçãos cheios de ternura. Não merecemos os dons. Nem por
isso Deus se nega a nos revestir de poder.
E passamos a
ser obreiros do Reino, prontos para trazer a colheita. Subimos a um novo
domínio” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva
Pentecostal. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.493).
CONCLUSÃO
Cabe a cada
crente fazer uma análise introspectiva para verificar se suas inclinações são
carnais ou espirituais. Salomão disse que o homem é aquilo que imagina a sua
alma (Pv
23.7). Jesus disse que o homem fala aquilo do que seu coração está
cheio (Lc 6.45).
O pensamento de cada ser humano norteia seu comportamento. Se a mente é carnal,
seu comportamento é carnal, que resulta em morte; se a mente é espiritual, seu
comportamento é espiritual, que resulta em vida e paz.
PARA
REFLETIRA respeito de “Fruto do Espírito: o Eu Crucificado”, responda:
• Defina “fruto do Espírito”.
O fruto do Espírito é o resultado natural
de um processo de amadurecimento e a consequência de um processo natural de
crescimento espiritual.
• O que significa “andar no Espírito”?
“Andar no Espírito” é uma
expressão que indica viver corretamente em humildade, submissão e
santidade.
• Quais são as modalidades do fruto do Espírito?
A primeira e a maior
modalidade do fruto do Espírito é o amor, as demais modalidades são reflexos do
amor.
• O que o apóstolo Paulo fala dos dons espirituais sem o amor?
Paulo
afirma ainda que os dons sem o amor não são “nada” (1 Co 13.1-3) e são
passageiros (1 Co 13.8-10), mas o amor é eterno
• Quais são os vícios denominados “obras da carne” (Gl 5.19-21)?
Podemos
classificar esses vícios em três categorias: a) sexo ilícito:
prostituição, impureza e lascívia; b) pecados de ordem
religiosa: idolatria e feitiçaria; c) pecados de
ordem social: inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões,
heresias, invejas, homicídios, bebedices e glutonaria.
Assembléia de Deus / IEADTC