TEXTO
PRINCIPAL
“Porque
o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no
Espírito Santo.” (Rm 14.17)
RESUMO
DA LIÇÃO
A
compreensão clara do que seja o Reino de Deus é fundamental para todo aquele
que deseja seguir a Jesus.
LEITURA
SEMANAL
SEGUNDA – 1 Co 2.4 O Reino é simples
A minha palavra e a minha pregação
não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do
Espírito e de poder,
1 Coríntios 2:4
TERÇA – Lc 17.20 O Reino não é produto humano
Indagado pelos fariseus sobre
quando viria o Reino de Deus, Jesus lhes respondeu: — O Reino de Deus não vem
com visível aparência.
Lucas 17:20
QUARTA – Cl 1.15 Os santos creem no invisível
Ele é a imagem do Deus invisível,
o primogênito de toda a criação.
Colossenses 1:15
QUINTA – Mc 9.50 Todo cristão é moderado
O sal é bom; mas, se o sal vier a
se tornar insípido,como lhe restaurar o sabor? Tenham sal em vocês mesmos e paz
uns com os outros.
Marcos 9:50
SEXTA – Rm 15.5 Quem vive para o Reino tem paciência
Ora, o Deus da paciência e da
consolação lhes conceda o mesmo modo de pensar de uns para com os outros,
segundo Cristo Jesus,
Romanos 15:5
SÁBADO – Sl 89.14 O Reino é de justiça
Justiça e direito são o fundamento
do teu trono; graça e verdade te precedem.
Salmos 89:14
OBJETIVOS
MOSTRAR
o que é o Reino de Deus;
SABER
o que não é o Reino de Deus;
COMPREENDER
que precisamos viver de acordo com o Reino de Deus.
INTERAÇÃO
Prezado(a)
professor(a), na lição deste domingo procure enfatizar que a compreensão clara
do que seja o Reino de Deus é fundamental para todo aquele que deseja seguir a
Jesus. Será que temos tal compreensão? Será que estamos trabalhando para manifestar,
de modo efetivo, o Reino a esta geração? Como filhos(as) de Deus temos o dever
de colaborar para que o Evangelho de Cristo alcance todas as tribos e nações da
Terra. Precisamos fazer tudo que estiver ao nosso alcance para pregar as Boas
Novas, pois em breve Jesus voltará para buscar a sua Igreja e aqueles que são
seus. Temos uma missão urgente para cumprir.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Professor(a),
escreva no quadro as palavras Reino de Deus. Pergunte aos alunos o que vem à
mente deles quando ouvem estas palavras. Ouça os alunos com atenção. Em
seguida, explique que “os fariseus perguntaram a Jesus quando o Reino de Deus
viria, não sabendo que já havia chegado. O Reino de Deus não é como um reino
terreno, geográfico e politicamente limitado. Começa com o trabalho do Espírito
de Deus na vida e nos relacionamentos das pessoas. Assim, devemos evitar olhar
para instituições ou programas em busca de evidências do progresso do Reino de
Deus. Devemos procurar conhecer o que Deus está trazendo no coração das
pessoas” (Extraído da Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, CPAD, p. 1389).
TEXTO
BÍBLICO
Lucas
17.20-25
20
E interrogado pelos fariseus sobre quando havia de vir o Reino de Deus,
respondeu-lhes e disse: O Reino de Deus não vem com aparência exterior.
21
Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Ei-lo ali! Porque eis que o Reino de Deus está entre
vós.
22
E disse aos discípulos: Dias virão em que desejareis ver um dos dias do Filho
do Homem e não o vereis.
23
E dir-vos-ão: Ei-lo aqui! Ou: Ei-lo ali! Não vades, nem os sigais.
24
Porque, como o relâmpago ilumina desde uma extremidade inferior do céu até à
outra extremidade, assim será também o Filho do Homem no seu dia.
25
Mas primeiro convém que ele padeça muito e seja reprovado por esta geração.
INTRODUÇÃO
Quanto
tempo e energia as pessoas perdem confundindo preferências pessoais com o Reino
de Deus. Muitos, erroneamente, não desejam mais congregar, quando nossa vocação
é para servir a Cristo em uma igreja. Vamos refletir, nesta lição, a respeito
do que é o Reino de Deus, suas características e importância em nossas vidas,
como membros do Corpo de Cristo.
I-
O QUE É O REINO DE DEUS
1-
A simplicidade do Evangelho do Reino.
O
Reino de Deus é uma experiência simples (1 Co 2.4), descomplicada (Mt 10.16),
porém nunca simplória, franqueada a todas as filhas e filhos de Adão. Nas
palavras de Jesus, o ingresso no Reino está disponível a todos (Jo 7.37-39).
Jesus sempre fez da transmissão do Evangelho uma experiência acessível a todos,
desde o mais erudito religioso até o mais iletrado pecador, pois os
pressupostos para seguir a Jesus não são altas habilidades cognitivas, mas a
humildade (Mt 18.4).
2-
A miserável condição dos fariseus.
Jesus
estava diante dos religiosos de sua época, mas eles eram incapazes de
percebê-Lo. Aqueles indivíduos não conseguiam acreditar que o filho de um
simples carpinteiro (Mt 13.55). proveniente de Nazaré (Jo 1.46), pobre (2 Co
8.9) poderia ser o Messias divino. Eles esperavam alguém de sucesso que
desejasse o trono de César e não uma cruz de pecador. Por isso, o Mestre afirma
em Lucas 17.20 que o Reino não era produto de uma conjuntura político humana,
ou seja, sua presença e efeitos não poderiam ser mensurados por critérios
humanos como sucesso financeiro ou adesão popular, mas por princípios
intangíveis como amor e misericórdia. Os membros dos partidos religiosos da
época de Jesus, trabalhavam hipocritamente, esforçavam-se para serem vistos como
piedosos e santos, quando não passavam de profanos cegos por poder, surdos para
o clamor de socorro da sociedade, incapazes de fazer qualquer bem às filhas e
filhos de Deus (Mt 23.4).
3-
O “agora” e o “porvir” do Reino de Deus.
Para
os incrédulos, o Reino de Deus é só uma promessa lançada ao vento, para os
discípulos de Cristo é uma realidade encarnada e já vivenciada hoje. Os
fariseus, assim como os discípulos de Jesus, em determinado momento de suas
jornadas, não tinham maturidade espiritual suficiente para perceber que a
transformação prometida pelos profetas no Antigo Testamento não iniciaria com
uma mudança governamental, como a restauração política de Judá, mas com a
libertação dos corações da opressão do Inferno (Jo 14.8,9). O problema de muitos
dos crentes carnais é exatamente este: como eles são afeitos às manifestações
exteriores (Mt 23-5-7). sua compreensão do Reino também é refém de sinais
materiais (Lc 17.21). Só os santos vêem o invisível (Cl 1.15).
PENSE!
O
Reino de Deus é dos humildes.
PONTO
IMPORTANTE!
Que
venhamos a desejar somente o Reino.
SUBSÍDIO
1
Prezado(a)
professor(a), inicie o tópico fazendo a seguinte pergunta: O que é o Reino de
Deus? Incentive a participação e ouça os alunos com atenção. Depois explique
que “é um conjunto de todas as bênçãos, promessas e alianças que o
Todo-Poderoso, de conformidade com os seus conselhos, destinou aos que recebem
a Cristo Jesus. O Reino de Deus não é apenas um lugar: é um estado de
imensuráveis bem-aventuranças. O Reino de Deus não pode ser limitado nem pelo
espaço nem pelo tempo. É o plano de Deus em ação, operando em favor dos que hão
de herdar a vida eterna.” (ANDRADE. Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico.
I3.ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2004. p. 318.)
II-
O QUE NÃO É O REINO DE DEUS
1-
Não confunda o Reino de Deus com suas opiniões pessoais.
Vivemos
um tempo difícil, uma época de muitos desentendimentos. Assim como nos dias
atuais, Paulo enfrentou um conflito entre grupos intolerantes em Roma. Nos
capítulos 14 e 15 de Romanos, somos apresentados a um enorme alvoroço que se
originou entre aqueles irmãos. O cerne de todo o problema era um debate a
respeito da obrigatoriedade da observância de prescrições dietéticas pelos
cristãos não judeus. Parte da igreja cristã em Roma entendia que era necessário
se abster da ingestão de carne, por questões cerimoniais e culturais; já para
outra parcela daquela igreja local, tal renúncia não passava de um exagero
cerimonial sem valor. Como mediador desse conflito, Paulo sintetiza sua
orientação em Romanos 15.2, não tomando partido de nenhum dos lados da disputa
e lembrando de que o dever de todos era se edificar mutuamente em amor e
humildade. Paulo não foi omisso, ele foi cristão, comedido, sábio e amoroso (Mc
9.50).
2-
O Reino não deve sofrer: Jamais torne imprescindível o que é supérfluo.
Para
o apóstolo, aquela igreja estava enfrentando uma perigosa situação. Não em
virtude de uma questão alimentar, mas pela terrível confusão entre aquilo que é
essencial e o que é fútil. Como já havia sido discutido no Concílio de
Jerusalém, com o crescimento das igrejas cristãs e a rápida ampliação para
outras culturas além da judaica, muito cedo a liderança apostólica entendeu que
era necessário os crentes se absterem das coisas sacrificadas aos ídolos e do
sangue, e da carne sufocada, e da fornicação (At 15.28,29). Paulo nada mais fez
em Roma do que renovar entre aqueles irmãos as orientações basilares da boa
convivência cristã: paciência (Rm 15.5), misericórdia (Rm 15.7) e empatia (Rm
15.14). Nossa missão é muito importante, não podemos perder tempo com provocações
uns contra os outros (Gl 5.15), difamando os irmãos e gerando ataques mútuos.
3-
O que importa é o Reino.
Mas
por fim, o que é o Reino? São todas as ações originadas no amor, que promove
justiça, paz e alegria para a glória de Deus. Nunca abandone a alegria que vem
do Céu (Ne 8.10) por momentos efêmeros de prazeres fugazes.
PENSE!
O
Reino acolhe as pessoas.
PONTO
IMPORTANTE!
A
unidade do Reino é bem diferente da padronização dos homens.
SUBSÍDIO
2
Professor(a),
explique que “Jesus ensina que a natureza atual do reino de Deus é espiritual,
e não material, nem política. ‘O Reino de Deus’ não vem com aparência exterior,
não vem como poder político terrestre. Pelo contrário, está dentro dos corações
dos crentes, no meio deles, e consiste em ‘justiça, e paz, e alegria no
Espirito Santo’ (Rm 14.17). Ele se manifesta, ao vencermos, pelo poder do
Espírito Santo, o poder do pecado, da enfermidade e de Satanás, e não pela
conquista de reis e nações. Quando Jesus vier novamente a este mundo, o reino
será visto com todo o seu poder e glória, quando Ele triunfar sobre reis e
nações (Ap 11.5-18).” (Bíblia de Estudo Pentecostal Rio de Janeiro: CPAD, p.
1544.)
III-
VIVENDO O REINO
1-
Os “super apóstolos” e o império da morte.
Paulo
constatou um grave problema na Igreja em Corinto: Um pernicioso grupo de
indivíduos rebeldes, insubmissos e arrogantes (2 Co 11.5; 12.11), aqueles a
quem Paulo denomina ironicamente de “super apóstolos”. Estes estavam promovendo
crises relacionais e contendas por poder entre aqueles irmãos. Para o apóstolo,
esses embusteiros, que se anunciavam como verdadeiros representantes de Deus,
nada mais eram do que falsificadores da Palavra (2 Co 11.13). Na atualidade não
é muito diferente, há os que se acham fiéis a Palavra de Deus, os quais vivem a
semear contendas dentro da Igreja de Cristo.
2-
O verdadeiro caráter do Reino.
Paulo,
de uma forma eloquente, caracteriza o modo como devemos servir ao Reino de
Deus. Nossos juízos acerca dos outros devem ser carregados da misericórdia de
Cristo, caso contrário, não passam de acusações covardes e injustas contra as
filhas e filhos de Deus. A vida no Reino é de doação, de dedicação ao outro,
quem vive no egoísmo serve ao Maligno, nunca ao Altíssimo. É sempre importante
destacar que, na medida em que o apóstolo afirmava as qualidades intrínsecas do
Reino de Deus, ele estava, em 1 Coríntios 4, desmascarando o estilo de vida
reprovável daqueles que, de modo arrogante, tentavam trazer confusão sobre os
coríntios.
3-
O poder do Reino.
Por
fim, mas não menos importante, Paulo denuncia o caráter meramente retórico dos
discursos daqueles crentes que estavam inchados (1 Co 4.18-20). Não nos
esqueçamos: o Cristianismo é uma experiência espiritual mediada pela Palavra,
todavia, a encarnação do Verbo é um fundamento inamovível de nossa fé (Jo
1.1-3). O convite para ser discípulo de Cristo aponta para uma vida na qual as
palavras demonstram sua força e validade ao tocarem o mundo. Nosso Cristo não
foi apenas um reprodutor de histórias, Ele viveu tudo o que pregou e fez, de
cada instante de sua vida, uma maneira de glorificar ao Pai e proclamar o
Reino. Nós, como cristãos, fomos convocados a uma missão evangelística que
segue os mesmos princípios que foram apresentados pelo nosso Salvador. Nossa
pregação deve ser complementada com os sinais que foram apontados pelo próprio
Cristo (Mc 16.15-18). As palavras que portamos tem poder para mudar a
realidade, o mundo, aqui e agora.
PENSE!
Os
arrogantes não podem ser representantes do Reino.
PONTO
IMPORTANTE!
O
Reino de Deus muda o mundo.
PROFESSOR(A),
Jesus “é interrogado pelos fariseus sobre quando havia de vir o Reino de Deus”
(Lc 17.20). Os fariseus ouviram e sentiram as repreensões afiadas de Jesus.
Ouviram seus ensinos e perceberam as muitas indicações de que Ele era o
Messias, e também viram a manifestação do seu poder miraculoso. Mas Cristo não
cumpriu as expectativas que eles alimentavam em relação ao Messias, e esta era
para eles a prova positiva de que não seria Ele” (Comentário Bíblico Beacon.
Vol. 7. Rio de Janeiro: CPAD, p. 464).
SUBSÍDIO
3
“Passagens
nas epístolas revelam que o governo de Deus na terra hoje é eficaz somente
entre aqueles foram libertos das trevas e transferidos para o Reino de seu
Filho (Cl 1.13). O Reino de Deus existe no presente onde os cristãos estão
vivendo em sujeição à vontade de Deus, onde o seu poder está produzindo vidas
transformadas (1 Co 4.20). O Reino de Deus não é uma questão de conseguir o que
se quer comer e beber, mas uma questão de conduta íntegra, de se ter paz e
harmonia com outros crentes, e alegria inspirada pelo Espírito Santo (Rm
14.17). Paulo estava aparentemente se opondo às ideias materialistas que os
judeus de seus dias possuíam com respeito ao esperado reino messiânico.”
(Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD. 2006, pp. 1660.1661.)
CONCLUSÃO
Como
servos do Reino de Deus, nosso dever é colaborar para manifestar o rosto de
Cristo nesta geração. Logo, não cabe a nós os muitos desentendimentos. As
divergências são naturais entre os seres humanos, mas falta de comunhão não
pode existir entre nós, Não podemos esquecer de que as palavras que portamos
tem poder para mudar a realidade, o mundo, aqui e agora.
HORA
DA REVISÃO
1-
Apresente três características fundamentais do Reino de Deus.
Simplicidade,
generosidade e universalidade.
2-
O que não é o Reino?
Futilidades,
opiniões pessoais e arrogância.
3-
O que é o Reino?
“É
um conjunto de todas as bênçãos, promessas e alianças que o Todo-Poderoso, de
conformidade com os seus conselhos, destinou aos que recebem a Cristo Jesus”
(Claudionor de Andrade).
4-
Existem discípulos egoístas no Reino?
Não!
A vida no Reino é de doação, de dedicação ao outro, quem vive no egoísmo serve
ao maligno, nunca ao Altíssimo.
5-
Que relação devemos fazer entre Reino de Deus e poder?
O
Evangelho do Reino sempre é promotor de ações e atitudes que mudam o mundo. O
Reino não é feito de palavras fúteis, mas de poder transformador.
Pb.
Rogério Faustino
Neweb
Compromisso
com a Palavra