TEXTO ÁUREO
“Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus
ajuntou não separe o homem.” (Mt 19.6)
VERDADE PRÁTICA
A vontade de Deus para o casamento é que ele seja vitalício. Na
continuidade do Sermão do Monte, Jesus condena o adultério.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Hb 13.4 O casamento deve ser honrado
Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito conjugal sem mácula; porque Deus julgará os impuros e os adúlteros.
Hebreus 13:4
Terça – Ml 2.15,16 O Senhor nos fez um só
Não fez o Senhor somente um, mesmo que lhe sobrasse o espírito? E por que somente um? Porque buscava uma descendência piedosa. Portanto, tenham cuidado para que ninguém seja infiel para com a mulher da sua mocidade.
Porque o Senhor , o Deus de Israel, diz que odeia o divórcio e também aquele que cobre de violência as suas roupas, diz o Senhor dos Exércitos. Portanto, tenham cuidado e não sejam infiéis.
Malaquias 2:15,16
Quarta – Ef 5.33 O Amor e o respeito no casamento
Quinta – Mc 7.21-22; Pv 4.23 Guarde o seu coração
Porque de dentro, do coração das pessoas, é que procedem os maus pensamentos, as imoralidades sexuais, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as maldades, o engano, a libertinagem, a inveja, a blasfêmia, o orgulho, a falta de juízo.
Marcos 7:21,22
De tudo o que se deve guardar, guarde bem o seu coração, porque dele procedem as fontes da vida.
Provérbios 4:23
Sexta – Pv 6.32 O adúltero destrói a si mesmo
Quem comete adultério não tem juízo; só mesmo quem quer arruinar-se é que pratica tal coisa.
Provérbios 6:32
Sábado – Gl 5.16-17 Não satisfaça o desejo da carne
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Mateus 5.27-32
27 – Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério.
28 – Eu, porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para a
cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela.
29 – Portanto, se o teu olho direito te escandalizar, arranca-o e
atira-o para longe de ti, pois te é melhor que se perca um dos teus membros do
que todo o teu corpo seja lançado no inferno.
30 – E, se a tua mão direita te escandalizar, corta-a e atira-a para
longe de ti, porque te é melhor que um dos teus membros se perca do que todo o
teu corpo seja lançado no inferno.
31 – Também foi dito: Qualquer que deixar sua mulher, que lhe dê carta
de desquite.
32 – Eu, porém , vos digo que qualquer que repudiar sua mulher, a não
ser por causa de prostituição, faz que ela cometa adultério; e qualquer que
casar com a repudiada comete adultério.
Hinos Sugeridos: 150, 195, 201 da Harpa Cristã
PLANO DE AULA
1- INTRODUÇÃO
Nesta lição estudaremos a respeito do caráter vitalício do casamento.
Veremos que a Bíblia condena o adultério e afirma a indissolubilidade do
casamento. Num contexto em que a instituição do casamento é tão atacada,
aprendemos um estudo que fortalecerá a instituição do casamento e apresentará
seu caráter divino, pois foi Deus quem a instituiu.
2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Apresentar a condenação do adultério;
II) Mostrar que o que rege o coração regerá o corpo também;
III) Afirmar a indissolubilidade do casamento.
B) Motivação: Todo seguidor de Jesus tem em alta conta a instituição
do casamento. É uma instituição vinda de Deus para o homem e a mulher. Por
isso, os valores da Bíblia que regem o casamento são opostos aos que são
propagados no mundo atual.
C) Sugestão de Método: O modelo tradicional de casamento está em
sistemático ataque secular. Por isso, antes de iniciar o terceiro tópico,
sugerimos a seguinte indagação: Qual é a origem do casamento? Ouça as respostas
dos alunos. Estimule-os a participarem, objetivando a obter as respostas. Após
ouvi-las atenciosamente, dê uma resposta unificada a partir da exposição do
tópico, mostrando com clareza os valores que regem o casamento cristão.
3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: O casamento não é constituído de pessoas rivais. Viver
sob o mesmo teto requer disposição para se comunicar, amar e ajudar. O convívio
no casamento debaixo da perspectiva do amor cristão é o antídoto para o
fracasso no casamento . É desejo de Deus que o casamento dure até que a morte
separe o casal.
4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que
traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas.
Na edição 89, p.38, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final dos tópicos, você encontrará dois
auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:
1) O texto “Jesus e a dimensão prática do divórcio”, localizado ao
final do primeiro tópico, é uma análise de com o nosso Senhor aborda um dos
mandamentos que fundamenta a postura ética do cristão diante do casamento;
2) O texto “Para restringir a falta grave ”, localizado ao final do
segundo tópico, traz a análise da rejeição de Deus ao divórcio, mostrando a
natureza indissolúvel da instituição criada por Deus: o Casamento.
INTRODUÇÃO
No Sermão do Monte, em que Jesus evidencia a justiça e o caráter do
discípulo acima da postura dos escribas e fariseus, a preservação do casamento
foi muito bem destacada. Ao evocar o sétimo mandamento, “não adulterarás” (Êx
20.14), a intenção do Mestre é colocar o casamento no seu devido lugar, como
foi designado pelo próprio Deus (Gn 2.24). Na continuidade do seu ensino, Jesus
expressa que tudo começa no coração. Assim, cai por terra as teorias quanto ao
divórcio, as evasivas criada por aqueles que pensam em se separar de seu
cônjuge, visto que, os que realmente são dominados pelos valores ensinados por
Cristo, procuram, em tudo, a preservação da pureza, da vida conjugal (Hb 13.4)
e do verdadeiro lar cristão. Em Mateus 5.27-32, Jesus esclarece que não há
espaço para uma moral dupla, como deseja uma sociedade degenerada.
Palavra-Chave: CASAMENTO
I- A CONDENAÇÃO DO ADULTÉRIO
1- Definição de adultério.
No grego temos o verbo moichéuo, “cometer
adultério”, “ser um adúltero”, “ter relação ilícita com a mulher de outro”; da
mulher: “permitir adultério, ser devassa”. Biblicamente, o adultério é definido
como uma relação sexual que um homem casado tem com uma mulher que não é sua
esposa ou vice-versa. A idolatria era chamada, figuradamente, de adultério (Jr
3.8,9; Ez 23.37). Jamais se deve pensar que as ordens divinas em relação ao
adultério fossem pesadas demais; na verdade, por meio dessas prescrições da
Lei, o que se colimava era preservar o casamento, a fidelidade conjugal, a
família. O mandamento “não adulterarás” trata-se de um dique que preserva a
fidelidade conjugal e a família, a célula mater da sociedade.
2- A posição de Jesus quanto ao adultério.
Para Jesus, a gênese do
adultério está no coração, começando com um olhar cobiçoso e pensamentos
impuros que levam à prática sexual ilícita. O posicionamento do Mestre vai além
de tudo o que, no Antigo Testamento, era permitido ao homem: divorciar-se de
sua mulher (Dt 24.1). Cristo vai ao cerne da questão, e fala de um coração
profano e contaminado, capaz de olhar cobiçosamente para uma mulher e, sem
motivo, conceder carta de divórcio à esposa. No seu Sermão, Jesus evidencia a
importância de homens e mulheres absterem-se de pensamentos impuros, tanto fora
como dentro do casamento, pois é dessa forma que se consegue manter a pureza em
três níveis: sexual, moral e social. Precisamos ter a consciência de que,
perante Deus, com o bem expressou Cristo, uma intenção errada é tão pecaminosa
quanto um ato, por isso, devemos sempre buscar pensamentos puros e bons (Fp 4.8
).
3- Os males do adultério.
O adultério sempre é prejudicial para a
estrutura familiar, e qualquer infidelidade no relacionamento a dois sempre
será ruim , pois gera desconfiança, feridas emocionais, desvalorização,
desrespeito, fraqueza e queda na vida espiritual. Por isso, é importante evitar
tanto a prática do ato como os pensamentos indevidos. Além disso, os prejuízos
espirituais são ainda maiores. Não havendo pureza em seus pensamentos, nem
havendo lealdade com seu cônjuge, o relacionamento entra em perigo e deturpam a
mente do cristã o que, tendo a mente de Cristo, só deve pensar coisas bobas (1
Co 2.16). O adultério deve ser evitado a todo custo, pois suas consequências
são devastadoras; além de ser pecado, fere a santidade de Deus (Pv 5.3-8)
SINOPSE I
O Senhor Jesus condena claramente a prática do adultério.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
Jesus e a dimensão prática do divórcio
“No subsequente estado adúltero da mulher que se casa com novo
companheiro, a falta é colocada aos pés do primeiro homem que, de acordo com
Jesus, obtém um divórcio frívolo. Ele precipita um estado adúltero da mulher
que se casa outra vez (que então pode não ter tido voz ativa no segundo
matrimônio, dado seu estado social). Mais tarde, quando Jesus insistiu nesta
visão estrita do divórcio, os fariseus perguntaram : ‘Então, por que mandou
Moisés dar-lhe carta de divórcio e repudiá-la?
Ele respondeu que Moisés tolerou essa prática ‘por causa da dureza do
vosso coração ’.Jesus manteve a posição anterior exarada pela lei natural
quando instruiu o povo que o Criador designou que o marido e a esposa fossem
uma só carne e nunca se separassem (Mt 19.4-11). Na passagem em foco, Jesus diz
que o homem que se divorcia da esposa por qualquer razão, exceto por
infidelidade patrimonial, e se casa com outra mulher, comete adultério. A
vontade de Deus é a permanência do matrimônio nesta terra. Assim, Malaquias
escreve que Deus diz que o casal é um a carne e que Ele ‘aborrece o repúdio [ou
odeia o divórcio]’, sobretudo por causa dos efeitos sobre os filhos (Ml
2.14-16). (ARRINGTON, French L; STRONSTAD, Roger (Eds.) Comentário Bíblico
Pentecostal Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp.46-47).
II – O QUE REGE O CORAÇÃO REGERÁ O CORPO
1- O que procede do coração.
O pecado não está restrito apenas ao ato, mas também a pensamentos impuros, malignos, cuja fonte é o coração (Mt 15.19). Do hebraico, “coração”; lebab, fala do homem interiormente, vontade, alma, inteligência. Trata-se do lugar dos desejos, das emoções e paixões. No seu aspecto figurativo, o coração refere-se ao caráter moral. Um cristão que tem o coração transformado tem um viver totalmente diferente, visto que seu coração é regido pela Palavra (Cl 3.16).
2- O homem é o que pensa.
É sabido por todos que o homem é o que ele
pensa ou sente. Os pensamentos e ideias que estão no seu “ homem interior” são
os motores que colocam em ação todo o seu corpo e são determinantes para sua
conduta. Desse modo, o homem colherá aquilo que semear (Gl 6.7). O que semeia o
pensamento da cobiça, desejo outra mulher, não demorará para que concretize
isso na prática. A cobiça é algo que começa no coração, é como uma pequena
semente plantada que vai gerar o fruto do pecado. Cada um é engodado por sua
própria cobiça, a qual dará luz ao pecado, que sendo consumado, leva à morte
(Tg 1.14,15).
O Senhor Jesus falou que aquilo que rege o coração se evidenciará no
viver diário de uma pessoa por meio de seus atos (Mt 15.19; Lc 6.45), o que foi
muito bem explicado por Paulo, quando chamou de obras da carne as ações
produzidas por um coração pecaminoso (Gl 5.19-21). Ninguém está isento de
tentações, mas é preciso revestir-se do novo homem interior produzido por
Cristo para jamais cometer os atos pecaminosos por meio do corpo (Ef 4.24; Rm
6.12,13). A saída é pedir para Jesus fazer a transformação e nos dar um novo
coração (Ez 11.19; 18.31).
3- Sujeitando o corpo ao Espírito Santo.
O caminho para que o cristão
possa dominar bem o corpo é viver na dependência do Espírito Santo (Gl 5.16).
Jesus fez uso de figuras de linguagem e de modo hiperbólico para mostrar como
se deve fazer para vencer os instintos sexuais. Ao sugerir “ Se o teu olho
direito te escandalizar, arranca-o e atira fora para longe de ti” (Mt 5.29a),
Cristo não tinha a intenção de incitar alguém a praticar a mutilação dos
membros do corpo. O uso aqui é totalmente metafórico, dando ênfase de como o
cristã o pode crucificar a carne com suas paixões e sujeitar o seu corpo ao
Espírito para que não seja instrumento do pecado (Gl 5.24; Tt 3.3-5). Jesus não
estava falando de cortar algum membro do corpo, pois nada disso valeria
enquanto o coração ainda estivesse cheio de pecado. Um coração transformado
pelo poder de Cristo mostrará atitudes de sacrifício que visam glorificar a
Deus (Rm 12.1; 1 Co 6.20).
SINOPSE II
O que procede do coração que permeia o pensamento do homem de terminarão
seu comportamento
III- A INDISSOLUBILIDADE DO CASAMENTO
1- O casamento na perspectiva bíblica.
Sabemos que o casamento é mais
fundamental em todas as instituições sociais (Gn 1.28; 2.24). Na perspectiva
divina, o casamento deve ser uma união permanente, em que homem e mulher entram
em uma aliança a fim de construir uma união única na mais perfeita intimidade.
Não querendo jamais que os votos do casamento fossem quebrados, Deus deu a
ordem: “Não adulterarás” (Êx 20.14). A singularidade dessa maravilhosa união
foi destacada por Cristo quando falou do vínculo conjugal, expressando que não
são mais dois, mas uma só carne (Mt 19.6). Paulo via essa união de maneira tão
cândida que comparou o amor de Cristo, que se sacrificou pela Igreja, ao amor
do marido para com a sua esposa (Ef 5.25).
2- O que fazer para que o casamento seja para sempre?
Um casal que vive a vida a dois, em amor, irá construir a mais bela e perfeita união, ainda que enfrente lutas e reveses nesta vida. O casamento deve ser construído com base em respeito, amizade, bom tratamento, carinho, dignidade, entre outros. Como bem disse o apóstolo Pedro (1 Pe 3.7), se tudo isso estiver presente no casamento ele será para sempre. O casal cristã o tem conhecimento de que no aspecto espiritual ambos são iguais (Gn 1.27; Gl 3.28; Cl 3.10,11), e na vida a dois há obrigações distintas e específicas a serem cumpridas (1 Co 7.3).
A união sexual é outro fator preponderante que deve ser levado em
consideração no casamento. Ele deve ser desfrutado pelo homem e pela mulher,
casados, em uma intimidade mais profunda. O verbo “coabitar” fala de relação
sexual dentro do casamento (Gn 4.25), tratada pela Bíblia como algo digno (Hb
13.4). O casal cristão é consciente de que jamais deve usar o sexo como fazem
os ímpios, sem amor, carinho, respeito, tão somente para dar vazão às suas
lascívias (1 Ts 4.3-7). Portanto, o casal que deseja que seu casamento dure
para sempre, deve estar em comunhão com Deus, e ter uma união marcada pelo amor
e uma vida sexual regrada e sadia.
3- Casamento: uma união indissolúvel.
Na discussão de Jesus com os
líderes religiosos, Ele destacou os ideais divinos sobre o casamento, isto é,
como Deus o havia projetado a fim de que fosse permanente (Mc 10.9). Há
exegetas que gastam tempo e muitas letras para provar que o divórcio era
permitido; buscam elementos históricos nas duas escolas rabínicas de Shammai e
Hillel, sendo que a primeira destacava a questão da impureza no aspecto mosaico
a partir do adultério, permitindo a carta de divórcio. A segunda era mais
liberal, e dizia que qualquer desagrado da parte do marido poderia dissolver o
casamento.
Contudo, o melhor seria que tais estudiosos gastassem mais o tempo
para falar do casamento conforme o propósito eterno, atentando para o princípio
de tudo. Para Jesus, o casamento é uma união indissolúvel, e por isso deixou
claro que, quanto ao divórcio, não era um mandamento de Moisés, mas sim uma
concessão devido à fraqueza humana, por causa do pecado (Mt 19.8), pelo padrão
baixo e desmoralizante em que muitos estavam vivendo. Enquanto a Lei permitia o
divórcio (Dt 24.1-3), Jesus salienta que isso significava legalizar o adultério.
Sempre é doloroso falar sobre divórcio, visto que já se trata da destruição de
um casamento. Porém , com o servo s de Deus, precisamos dizer que a comunidade
de salvo s que quer viver o padrão do Reino de Deus, com suas bem-aventuranças,
precisa entender que o ideal divino é ainda indissolubilidade da vida a dois,
tanto física como espiritualmente, seguindo o padrão divino do Éden: os dois serão
uma só carne (Gn 2.23,24).
SINOPSE III
Na perspectiva bíblica, o casamento é uma união indissolúvel.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
Para restringir a falta grave
“Jesus aborda novamente um dos Dez Mandamentos e afirma sua maior
autoridade para interpretá-lo. Como alguns dos seus contemporâneos, Ele vai às
minúcias para restringir esta falta grave. Alguns fariseus fechariam os olhos
ou andariam com a cabeça inclinada para não olhar uma mulher. Mas Jesus
identifica o coração como a principal parte ofendida do ser humano, pois o
coração é a sede da vontade, da imaginação e da intenção da pessoa, embora os
olhos tenham sua parte. Jesus não está condenando a atração sexual natural, mas
a luxúria ou desejo lúbrico (v. 28). A mensagem de Jesus é clara: Se a pessoa
tratar da intenção do coração, então os olhos cuidarão de si mesmos”
(ARRINGTON, French L; STRONSTAD, Roger (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal
Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.46).
CONCLUSÃO
Pela Palavra de Deus, compreendemos que o casamento é para sempre, mas
sua construção depende de uma vivência com Deus em um relacionamento marcado
pelo amor. Frente aos problemas que possam surgir, o caminho não é o divórcio.
Os cônjuges devem agir com boa vontade e sacrifícios, buscando sabedoria divina
para que se volte à verdadeira harmonia, com a presença de Jesus.
VOCABULÁRIO
Cândida: que apresenta pureza e inocência.
Colimava: tinha em vista; visava a; objetivava, pretendia.
Hiperbólico: ênfase expressiva resultante do exagero da significação
linguística exagerada.
REVISANDO O CONTEÚDO
1– Para Jesus, onde está a gênese do adultério?
Para Jesus, a gênese
do adultério está no coração, começando com um olhar cobiçoso e pensamentos
impuros que levam à prática sexual ilícita.
2- No seu Sermão, Jesus evidencia a importância de homens e mulheres absterem-se de quê?
Jesus evidencia a importância de homens e mulheres
absterem-se de pensamentos impuros, tanto fora como dentro do casamento, pois é
dessa forma que se consegue manter a pureza em três níveis: sexual, moral e
social.
3- Como Jesus via o casamento?
Para Jesus, o casamento é uma união
indissolúvel, e por isso deixou claro que, quanto ao divórcio, não era um
mandamento de Moisés, por causa do pecado (Mt 19.8), pelo padrão baixo e
desmoralizante em que muitos estavam vivendo.
4- De forma figurada, a idolatria também era chamada de quê?
A
idolatria era chamada, figuradamente, de adultério (Jr 3.8; Ez 23.37).
5- De acordo com a lição, perante Deus, com o bem expressou Cristo, uma intenção errada é tão pecaminosa quanto um ato.
O que fazer para não cair
neste mal? Devemos sempre buscar pensamentos puros e bons (Fp 4.8).
ENSINADOR CRISTÃO, 89, Página 38
A presente lição traz um
estudo sobre a perenidade do casamento cristão. Certamente esse é um dos
maiores desafios para uma pessoa da sociedade atual aceitar as implicações
morais da fé cristã. Essa é uma questão tão difícil que o autor cristão, C. S.
Lews, em sua clássica obra, Cristianismo Puro e Simples, mais especificamente
no capítulo em que trata a respeito da moralidade sexual cristã, disse que o
casamento cristão é uma das doutrinas mais impopular da fé cristã. No
Cristianismo, segundo o propósito moral de Deus para o homem e a mullher, só há
duas possibilidades: se casar e ser fiel até a morte ou optar pelo dom do
celibato (ficar solteiro(a) para sempre).
O autor britânico diz que
há apenas uma realidade entre duas possibilidades a respeito da moral sexual: o
cristianismo é mentiroso ou há algo muito errado com a natureza humana. É claro
que há algo muito errado com a natureza humana porque o pecado original pode
ser demonstrado de maneira concreta na dificuldade que ser humano tem em
obedecer aos preceitos de Deus quanto à perenidade do casamento.
Coragem
Infelizmente, em muitos
lugares o divórcio tem sido banalizado. Mas Deus nos chamou para viver a
perenidade do casamento, ainda que essa doutrina seja impopular em muitos
lugares. Por isso, tenha coragem em expor o maravilhoso plano de amor,
companheirismo, respeito mútuo, parceria e carinho dentro de uma união que
reflete o grande compromisso de fidelidade no casamento, feito no altar, diante
de Deus e da Igreja, para viver até que a morte os separe.
No ensino do Sermão do
Monte, mais uma vez o que está na vida interior rege a questão da durabilidade
do casamento. O teólogo James Shelton ressalta que "Jesus identifica o
coração como parte ofendida do ser humano, pois o coração é a sede da vontade,
da imaginação e da intenção da pessoa". O que pode minar o celestial
preceito da perenidade do casamento é quando a vontade, a imaginação e a
intenção pessoal foram sobrepostas por outras que nada têm a ver com os valores
do Reino de Deus.
Uma aplicação
Leve seus
alunos à reflexão a respeito da perenidade do casamento. Mostre os pontos
positivos dessa magna instituição, o quanto é importante e como é o porto
seguro de uma família sadia. É tempo de encorajar a perenidade do casamento,
uma instituição divina.
Pb. Rogério Faustino
Neweb