TEXTO
ÁUREO
“Assim
não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, 0 que Deus ajuntou não separe 0
homem.” (Mt 19.6)
VERDADE
PRÁTICA
O
padrão bíblico para o casamento é que ele seja heterossexual, monogâmico e
indissolúvel.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda
– Gn 1.27,28; 2.22-25 A natureza do casamento é monogâmica e vitalícia
Assim Deus criou o ser humano à sua
imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.
E Deus os abençoou e lhes disse: — Sejam
fecundos, multipliquem-se, encham a terra e sujeitem-na. Tenham domínio sobre
os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela
terra.
Gênesis 1:27,28
E da costela que havia tirado do
homem, o Senhor Deus formou uma mulher e a levou até ele.
E o homem disse: "Esta, afinal, é osso dos
meus ossos e carne da minha carne; será chamada varoa, porque do varão foi
tirada."
Por isso, o homem deixa pai e mãe e se une à sua
mulher, tornando-se os dois uma só carne.
Ora, um e outro, o homem e a sua mulher, estavam
nus e não se envergonhavam.
Gênesis 2:22-25
Terça – Mt 19.4-6 A indissolubilidade do casamento
Jesus respondeu: — Vocês não leram
que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher
e que disse: "Por isso o homem deixará o
seu pai e a sua mãe e se unirá à sua mulher, tornando-se os dois uma só
carne"?
De modo que já não são mais dois, porém uma só
carne. Portanto, que ninguém separe o que Deus ajuntou.
Mateus 19:4-6
Quarta – Ml 2.15 O aspecto moral do divórcio
Não fez o Senhor somente um, mesmo
que lhe sobrasse o espírito? E por que somente um? Porque buscava uma
descendência piedosa. Portanto, tenham cuidado para que ninguém seja infiel
para com a mulher da sua mocidade.
Malaquias 2:15
Quinta – Ml 2.16 Deus odeia 0 divórcio
Porque o Senhor , o Deus de
Israel, diz que odeia o divórcio e também aquele que cobre de violência as suas
roupas, diz o Senhor dos Exércitos. Portanto, tenham cuidado e não sejam
infiéis.
Malaquias 2:16
Sexta – Dt 24.1-4 O divórcio como permissão no AT
— Se um homem tomar uma mulher e
se casar com ela, e se ela não for agradável aos seus olhos, por ter ele achado
coisa indecente nela, e se ele escrever uma carta de divórcio e a entregar à
mulher, e a mandar embora;
e se ela, saindo da casa dele, for e se casar
com outro homem;
e se este passar a odiá-la, e escrever uma carta
de divórcio e a entregar à mulher, e a mandar embora de sua casa ou se este
último homem, que a tomou para si por mulher, vier a morrer,
então o primeiro marido dessa mulher, que a
mandou embora, não poderá casar-se de novo com ela, depois que foi contaminada,
pois é abominação diante do Senhor . Assim, vocês não farão pecar a terra que o
Senhor , seu Deus, lhes dá por herança.
Deuteronômio
24:1-4
Sábado – Mt 5:32; 1 Co 7.10,11 As cláusulas de exceção no
divórcio segundo o Novo Testamento
Eu, porém, lhes digo: quem
repudiar a sua mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas, a expõe a
se tornar adúltera; e aquele que casar com a repudiada comete adultério.
Mateus 5:32
Aos casados, ordeno, não eu, mas o
Senhor, que a mulher não se separe do marido.
Mas, se ela se separar, que não se case de novo
ou que se reconcilie com o seu marido. E que o marido não se divorcie da sua
esposa.
1
Coríntios 7:10,11
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
Mateus
19.1-9
1
– E aconteceu que, concluindo Jesus esses discursos, saiu da Galiléia e
dirigiu-se aos confins da Judéia, além do Jordão.
2
– E seguiram-no muitas gentes e curou- -asali.
3
– Então, chegaram ao pé dele os fariseus, tentando-o e dizendo-lhe: É lícito ao
homem repudiar sua mulher por qualquer motivo?
4
– Ele, porém, respondendo, disse-Lhes: Não tendes lido que, no princípio, o
Criador os fez macho e fêmea
5
– e disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher, e serão
dois numa só carne?
6
– Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não
separe o homem.
7
– Disseram-lhe eles: Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio e
repudiá-la?
8
– Disse-lhes ele: Moisés, por causa da dureza do vosso coração, vos permitiu
repudiar vossa mulher, mas, ao princípio, não foi assim.
9
– Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa
de prostituição, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a
repudiada também comete adultério.
Hinos
Sugeridos: 176, 213, 252 da Harpa Cristã
PLANO
DE AULA
1-
INTRODUÇÃO
A
presente lição trata o divórcio de acordo com o contexto bíblico do Antigo e
Novo Testamento. Outro ponto interessante é que a lição aborda dois aspectos a
respeito do divórcio: o legal e o moral. E, finalmente, conclui com uma
importante reflexão acerca da prática pastoral com pessoas divorciadas ou em
processo de divórcio.
2-
APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A)
Objetivos da Lição:
I)
Expor o divórcio no contexto bíblico;
II)
Pontuar os aspectos legal e moral do divórcio;
III)
Refletir a respeito da prática pastoral com pessoas em situação de divórcio.
B)
Motivação: O divórcio é um desafio em toda a
igreja cristã. Mais desafiador ainda é não banalizar a prática do divórcio e, ao
mesmo tempo, cuidar de maneira evangélica das pessoas que sofreram com o
divórcio.
C)
Sugestão de Método: Estamos na quarta lição.
Sugerimos que você faça uma revisão de pelo menos cinco minutos a respeito dos
temas vistos até agora: As Sutilezas de Satanás contra a Igreja; A Sutileza da
Banalização da Graça; A Sutileza da Imoralidade Sexual. Em seguida, apresente o
assunto do divórcio como uma extensão da lição anterior a respeito da
imoralidade sexual. Procure contextualizar a classe com o tema.
3-
CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A)
Aplicação: Vimos que o padrão bíblico para o
casamento tem a ver com a sua indissolubilidade. Entretanto, é possível que em
sua classe haja problemas na área do casamento. Por isso, ao final da aula,
faça uma oração, apresentando a vida conjugal de seus alunos. Reserve esse
momento para apresentar a Deus as demandas conjugais da classe.
4-
SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A)
Revista Ensinador Cristão. Vale a pena
conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de
apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 91, p.38, você encontrará um
subsídio especial para esta lição.
B)
Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você
encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:
1)
O texto “Contextualização da questão do divórcio em Mateus 19” amplia a
exposição bíblica do divórcio;
2)
O texto “A Interpretação de Jesus Cristo”, localizado após o segundo tópico,
traz uma conclusão a respeito do aspecto doutrinário do divórcio.
INTRODUÇÃO
O
divórcio é entendido como um ato por meio do qual o casamento é dissolvido.
Nesse aspecto, o divórcio é a dissolução absoluta da aliança conjugal, tendo
como resultado a anulação de seus efeitos civis. Dependendo da cultura, dos
pressupostos religiosos praticados e da motivação que levou a ruptura do
casamento, a prática do divórcio pode permitir os cônjuges contrair um novo
casamento ou não. A lição de hoje fará uma análise sobre 0 divórcio no contexto
das culturas bíblica e contemporânea. Devido à tendência contemporânea de
vulgarizar o divórcio, tornando-o banal e normal, a presente lição tomará como
padrão aquilo que as Escrituras Sagradas ensinam sobre esse assunto. Também se
orientará por aquilo que o nosso documento confessional, a Declaração de Fé,
ensina e orienta sobre o divórcio.
Palavra-Chave: DIVÓRCIO
I
– O DIVORCIO NO CONTEXTO BÍBLICO
1-
O divórcio no contexto do Antigo Testamento.
Na
Antiga Aliança, o plano de Deus para a raça humana é que o casamento fosse
monogâmico e vitalício (Gn 1.27,28; 2.22-25). O profeta Malaquias afirmou que
Deus odeia o divórcio (Ml 2.16 – NAA). Contudo, em certos casos, o divórcio era
previsto e em outros aparece como uma permissão (Dt 24.1-4). Em Deuteronômio
24.1-4,0 texto afirma que uma das condições para o divórcio era o marido
encontrar “coisa feia” na esposa. A expressão hebraica ‘erwat dãbãr, traduzida
como “coisa feia”, possui o sentido de “nudez ou coisa vergonhosa”. O texto não
especifica o que significa essa expressão. Isso deu margem para uma série de
debates pelas escolas rabínicas, que a interpretavam de diferentes modos. No
entanto, fica claro que não se tratava do adultério, que no tempo de Moisés era
punido com a morte (Dt 22.22). Fica claro também que, após o divórcio, a mulher
poderia se casar com outro homem e que, nesse caso, ela não estaria cometendo
adultério. Em outras palavras, em tal circunstância, o seu segundo casamento
era legítimo. Mas, seu primeiro marido, de quem ela havia se divorciado, não
poderia se casar novamente com ela.
2-
O divórcio no contexto do Novo Testamento.
No
texto de Mateus capítulo 19, Jesus mostra que o plano original de Deus é que o
casamento dure para toda a vida (Mt 19.4-6). Ele também rejeita todas as outras
razões ou motivos dados pelos Fariseus (Mt 19.7-9) para justificar o fim do
casamento, inclusive a “coisa feia” citada na lei de Moisés, ou “coisa
indecente” (Dt 24.1-4 – NAA). De acordo com Jesus, o único motivo que justifica
a separação (gr. Apolyo, divórcio) é se um dos cônjuges praticou “relações sexuais
ilícitas”. A expressão “relações sexuais ilícitas” traduz o termo grego
moichaomai, que significa “adulterar” (Mt 5.32; Jo 83; Mt 5.27; Rm 13.9). No
texto de Mateus, portanto, o seu sentido é de alguém que cometeu adultério. O
que se depreende dessa passagem bíblica é que Jesus estava dizendo que o
divórcio feito por razões outras que não o adultério não dissolve o casamento
aos olhos de Deus. Dizendo isso de outra forma, alguém que sofreu uma traição
conjugal tem direito a um novo casamento. Contudo, se a motivação não foi a
infidelidade conjugal e ele se “casar com outra comete adultério”. A
Declaração de Fé das Assembleias de Deus reconhece a legitimidade de um novo
casamento quando o motivo do fim do primeiro casamento foi o adultério. No contexto
das cartas de Paulo, o casamento também é para a vida toda. Contudo, o apóstolo
trata de outras situações não contempladas nos Evangelhos. Escrevendo aos
coríntios, Paulo se refere ao casamento entre cristãos e a casamentos mistos,
quando um crente era convertido ao Evangelho e o outro não. No caso de crentes,
Paulo diz que se o casal venha a se separar, que não se case de novo ou que se
reconcilie (1 Co 7.10,11). No caso de casamentos mistos, Paulo diz que se 0
cônjuge descrente abandonasse a esposa esta não estaria sujeita à servidão (1
Co 7.15). A maioria dos intérpretes entende que essa expressão “não está
sujeito à servidão” (gr. dedoulotai) significa que o cônjuge crente que foi
abandonado está livre para se casar novamente. Esse entendimento é seguido pela
Declaração de Fé das Assembleias de Deus. Contudo, somente no caso de o
abandono partir do cônjuge não crente.
AMPLIANDO
O CONHECIMENTO
A
VONTADE DE DEUS PARA O CASAMENTO
“A
vontade de Deus para o casamento é que ele seja vitalício, i.e., que cada cônjuge
seja único até que a morte os separe […]. Neste particular, Jesus cita uma
exceção, a saber, a ‘prostituição’ (gr. porneia), palavra esta que no original
inclui adultério ou qualquer outro tipo de imoralidade sexual (5.32; 19.9).”
Amplie mais o seu conhecimento, lendo a Bíblia de Estudo Pentecostal, editada
pela CPAD, p.1427
SINOPSE
I
O
divórcio está presente tanto no Antigo quanto no Novo Testamento.
AUXÍLIO
BIBLIOLÓGICO
CONTEXTUALIZAÇÃO
DA QUESTÃO DO DIVÓRCIO
EM
MATEUS 19
“A
questão do divórcio teve um papel importante no primeiro século, da mesma forma
que hoje. Jesus discutiu essa questão no Sermão do Monte (5.31,32). Agora ela
reapareceu [Mt 19.3-9]. […] O conflito se originou a partir da interpretação de
Deuteronômio 24.1 – ‘Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela,
então, será que, se não achar graça em seus olhos, por nela achar coisa feia,
ele lhe fará escrito de repúdio, e Iho dará na sua mão, e despedirá da sua
casa’. Shammai afirmava que ‘coisa feia’ significa fornicação: ‘Um homem não se
divorciaria de sua mulher, a não ser que tivesse encontrado nela um motivo de
vergonha’. Seu colega Hillel (cerca de 6o.d.C. – 20 d.C.), que era muito mais
liberal, enfatizava a primeira frase: ‘Ela não encontrou favor em seus olhos’.
Ele permitiria a um homem divorciar-se da esposa se ela fizesse alguma coisa
que o desagradasse, até mesmo se queimasse o alimento ao cozinhá-lo”
(Comentário Bíblico Beacon. Vol. 6. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p.135).
II
– A SUTILEZA DA NORMALIZAÇÃO DO DIVÓRCIO
1-
O divórcio no seu aspecto legal.
A
Legislação brasileira já foi muito mais rígida com respeito ao divórcio.
Contudo, nas últimas décadas as razões que justificam o divórcio podem ser
várias. A partir da Constituição de 1988, passou-se a permitir divorciar-se e
recasar quantas vezes fosse preciso. No aspecto legal da legislação brasileira
é muito fácil alguém se divorciar e se casar novamente.
2-
O divórcio no seu aspecto moral.
Além
do aspecto legal do divórcio, como cristãos necessitamos saber do seu aspecto
moral. Para um descrente qualquer razão ou motivo justifica a prática do
divórcio e um novo casamento (cf. Dt 24.1-4), mas o cristão deve perguntar se
isso é moral. O Estado garante o seu aspecto legal, contudo a Escritura define
seu aspecto moral (Mt 19.4-6). Trocar a esposa por uma mais jovem ou abandonar
o marido por um mais rico e famoso são práticas normais no mundo, e que contam
com o amparo legal do Estado. Contudo, isso é moral para o cristão? O crente
pode fazer isso? No caso de pastores, além do aspecto legal, deve-se levar em
conta, sobretudo, o aspecto moral do divórcio (Ml 2.15). Alguns se divorciam,
mas nunca deveriam ter feito (Ml 2.16). Há um preço alto para se pagar. Aqueles
que se arriscam a desobedecer a Palavra de Deus forçosamente terminam
machucados.
SINOPSE
II
O
divórcio se dá na esfera legal e, ao mesmo tempo, moral.
AUXÍLIO
BIBLIOLÓGICO
A
INTERPRETAÇÃO DE JESUS CRISTO
“Cristo
se colocou claramente a favor da estrita interpretação de Deuteronômio 24.1.
Ele só permitia uma razão para o divórcio – exceto por causa de prostituição
(9). Essa cláusula acrescentada ocorre apenas em Mateus (aqui [Mt 19.10] e em
5.32). Embora alguns estudiosos tenham assumido a posição de que essas palavras
não teriam sido pronunciadas por Jesus, a opinião deles rejeita a inspiração de
Mateus. O adultério representa a negação do voto do casamento e, nesse caso, a
posição de Jesus é bastante sólida. Marcos e Lucas enfatizam, ainda mais do que
Mateus, a divina aversão ao divórcio. No plano de Deus, o casamento deve ser
uma união permanente” (Comentário Bíblico Beacon. Vol. 6. Rio de Janeiro: CPAD,
2014, p.136).
III
– O DIVÓRCIO E A PRÁTICA PASTORAL
1-
A pessoa do divorciado.
O
(A) divorciado(a) é uma pessoa e como tal deve ser vista. Quem passou por um
processo de divórcio sabe o quão traumático isso é. Sentimentos de rejeição,
medo e abandono muitas vezes continuam presentes na vida de quem passou por uma
separação. Isso fica mais complexo quando há filhos gerados no relacionamento.
A alienação parental é uma tentação, mas nunca a forma mais adequada a ser
buscada. Divorciados devem obter aconselhamento pastoral e, concomitantemente,
o acompanhamento psicológico não deve ser negligenciado.
2-
O divorciado como cristão.
Outra
coisa acerca de quem passou por um processo de divórcio diz respeito a sua
condição de membro da Igreja. Talvez esse seja um dos principais desafios
pastorais da atualidade. Os pastores são desafiados dia a dia a tratar com essa
questão. Os casos de divórcio se multiplicam e as razões que os motivaram nem
sempre são bíblicas. Cada situação deve ser analisada com cuidado, de forma que
o divorciado não deixe de ser visto como alguém amado por Deus. Contudo, que
esse amor não sirva de justificativa para anular a justiça de Deus que exige
uma vida que se orienta por sua Palavra.
SINOPSE
III
É
preciso cuidar das pessoas divorciadas, dando-lhes auxílios espiritual e
psicológico.
CONCLUSÃO
Vimos
nesta lição o divórcio sob a perspectiva de diferentes culturas e em diferentes
contextos. Observamos que na atualidade há uma tendência entre os cristãos de
enxergarem o divórcio com “normalidade”. Essa é uma postura perigosa, arriscada
e, até mesmo, pecaminosa. Isso porque as Escrituras contêm princípios e
preceitos que moldam os relacionamentos humanos. O casamento é uma instituição
divina, que reflete o ideal de Deus. Portanto, e devido nossa condição de
pecadores, o divórcio deve ser visto como uma anormalidade desse ideal divino.
REVISANDO
O CONTEÚDO
1–
Qual era o plano de Deus na Antiga Aliança em relação ao casamento?
Na
Antiga Aliança, o plano de Deus para a raça humana é que o casamento fosse
monogâmico e vitalício (Gn 1.27,28; 2.22-25).
2-
Qual é o plano original de Deus para o casamento em Mateus 19?
No
texto de Mateus capítulo 19, Jesus mostra que o plano original de Deus é que o
casamento dure para toda a vida (Mt 19.4-6).
3-
Quais são os dois aspectos do divórcio tratados na lição?
Legal
e moral.
4-
Quais são os dois aspectos do divórcio que envolvem a prática pastoral?
A
pessoa divorciada e o divorciado como cristão.
5-
O que as Escrituras contêm a respeito dos relacionamentos?
As
Escrituras contêm princípios e preceitos que moldam os relacionamentos humanos.
VOCABULÁRIO
Alienação
parental: Processo em que a criança, ou a
adolescente, é induzida, mediante diferentes formas e estratégias de atuação, a
destruir os seus vínculos afetivos com um dos genitores (pai ou mãe).
ENSINADOR CRISTÃO, 90, Página 38
O casamento como
instituição civil e religiosa tem sofrido desgaste com o passar dos anos. A
compreensão da sociedade em relação ao casamento mudou drasti camente. É comum
as pessoas afirmarem que os casamentos antigamente eram mais duradouros. A
mudança se deve à banalização da aliança matrimonial, uma das mais importantes
da Bíblia. O próprio Deus compara o casamento com Seu relacionamento com Israel
(Is 54.5). No Novo Testamento, a Igreja é chamada de "Noiva de
Cristo" (Ef 5.23,24; Ap 19.7,8). Essas afirmativas comprovam o quão
importante é o casamento. A partir das Escrituras, não é difícil compreender o
que Deus estabeleceu como padrão para Sua igreja. O divórcio nunca foi uma
válvula de escape traçada por Deus. A vontade do Criador é que ele seja uma união
permanente, monogâmica e baseada no amor. Paulo detalha circunstâncias em que o
divórcio deve ser considerado: quando o cônjuge resolve abandonar o
relacionamento ou por motivo de adultério, principal razão que justifica o
término da aliança matrimonial (Mt 5.32; 19.9; 1 Co 7.12-15).
Há pessoas que se
aprovisionam de qualquer justificativa para adentrar pelo caminho da separação.
E nesse ponto que se inicia o processo de banalização da aliança matrimonial.
As adversidades de uma vida conjugal são apontadas por Paulo (1Co 7.26-28). Não
se trata de algo anormal dentro da imperfeição humana. Muito pelo contrário,
enquanto estivermos neste mundo, enfrentaremos desafios nas relações humanas,
porém não há nada que a sabedoria e a graça do Espírito não possam ajudar os
crentes a contornar. Entretanto, há pessoas que enxergam nas discordâncias ou
incompatibilidade de temperamento a oportunidade para aderirem ao divórcio. A
Palavra de Deus não abre precedente para esse tipo de decisão, haja vista que o
casamento é uma aliança firmada diante de Deus e não deve ser quebrada (Hb
13.4). Em razão do divórcio, muitos lares têm se desfeito. Quando isso ocorre,
os filhos acabam sendo separados de um dos pais. Na maioria das vezes, o pai é
quem deixa a casa, abrindo fenda nas relações familiares. Os filhos sofrem com
a necessidade de afeto não atendida. Os meninos, inclusive, ficam sem a
referência masculina no lar, tão fundamental para que aprendam os valores de
liderança, respeito e cuidado familiar.
Face ao rompimento da aliança matrimonial, não apenas o casal como também os filhos precisam de acompanhamento pastoral. A igreja deve se prover de mecanismos que ofereçam suporte espiritual e psicológico para as famílias que estão em processo de ruptura. Deus abomina o divórcio, mas ama a família. Este é um projeto muito especial do Criador que não pode ser desvalido pela igreja do Senhor.
Pb. Rogério Faustino
Neweb
Compromisso com a Palavra
LIÇÃO 4 - A SUTILEZA DA NORMALIZAÇÃO DO DIVÓRCIO
Casamento
▭-----------------------------------------------------▭
|
|
O começo quando se casam. O fim quando um morre.
O casamento é essa linha imaginária que teve início na união de dois seres opostos (homem e mulher, macho e fêmea) e estendeu-se por toda a vida desses dois, até que a morte os separou.
É a
união heterossexual, monogâmica e indissolúvel entre um homem e uma mulher à
luz das escrituras sagradas.
O
casamento é vitalício.
Quem faz o casamento?
O
casamento é realizado e oficializado pela lei civil, e abençoado por um líder
religioso em nome de Deus.
Só
que realiza o casamento são os juízes de cartório, ou juízes de paz. São
nomeados pela justiça para oficializar a união e garantir perante a lei os
direitos dos noivos. Sua cerimônia não é religiosa, mas civil.
O
celebrante.
O
celebrante que pode ser um pastor, padre ou rabino ou qualquer líder religioso
são os que celebram religiosamente a união do casamento proferindo as bênçãos
de Deus sobre a união.
O casamento do ponto de vista bíblico é indissolúvel, porém do ponto de vista humano o casamento pode ser anulado pelo divórcio que também só pode ser feito na esfera civil.
Divórcio
▭------------------------/ ❌ /---------------------▭
É a ruptura do casamento. É a quebra
dessa linha imaginária.
É a dissolução absoluta da aliança
conjugal, tendo como resultado a anulação de seus efeitos civis.
O divórcio é e sempre será contrário ao propósito de Deus.
Assim
como o casamento, só quem executa o divórcio é a lei civil.
O
divórcio é na verdade o pedido de anulação da união civil, o casamento.
Esse
pedido de anulação vai desde um adultério a qualquer outro argumento que esteja
desagradando um dos cônjuges.
Sabemos que diante da esfera cristã vale qualquer esforço pra salvar um casamento, porém a sociedade e suas ideologias tentam e banalizam a importância do casamento.
Casos que cabem novo casamento:
No caso do falecimento de um, após a partida de um, à luz do evangelho e sem qualquer contestação o que ficou vivo está realmente livre pra casar.
Há
casos que o que ficou vivo não quer contrair um novo casamento, geralmente é o
caso de muitas irmãs, poucos os irmãos.
Há obreiros que dizem que só podem exercer o ministério se for casado, isso não é regra e não se tem como conselho extraído da bíblia, ou seja, isso não está na bíblia, mas se for pra se abrasar diz Paulo é melhor que se casem. É o conselho Paulino aos solteiros e viúvas se não como dizer também aos viúvos.
1 Coríntios 7:9
Mas, se não conseguem controlar-se,
devem casar-se, pois é melhor casar-se do que ficar ardendo de desejo.
- Versão NVI (Nova Versão Internacional)
Porém, se não vos é possível
controlar-se, que se casem. Porque é melhor casar do que viver queimando de
paixão.
- Versão KJ1999 (King James 1999)
Mas, se não conseguem se dominar, que
se casem; porque é melhor casar do que arder em desejos.
- Versão Nova Almeida Atualizada
Vale ressaltar que não há biblicamente recomendação direta de novo casamento com exceção da pontuada acima . As possibilidades e casos são sempre por intervenção humana. Vejamos.
Cada caso, um caso:
1. Infidelidade conjugal:
Caso aconteça a infidelidade conjugal por parte de um dos cônjuges;
Mateus
19:9
Eu, porém, lhes digo: quem repudiar a sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra comete adultério.
Observamos
uma recomendação caso a vítima se mantenha fiel ao que foi infiel.
Não é que essa esteja livre pra fazer a mesma coisa, mas que dentro da fidelidade venha contrair novo casamento.
Não
há aqui o pretexto pra traição, nem pra quem foi infiel e muito menos pra quem
foi fiel, mas havendo pecado, quem foi vítima tem que manter-se fiel aos votos
do matrimônio e não havendo reconciliação por parte do transgressor (a) e
adúltero (a) o fiel recebe a liberdade de seguir em frente.
É certo que todos os esforços necessários pra perdão são válidos e devem ser buscados, mas não havendo, é inadmissível mantermos a vítima sob jugo de tristeza e solidão. Deus não nos chamou pra isso. Ele nos chamou a liberdade e pra sermos felizes.
Ressaltamos, o fiel deve se manter fiel sempre
até chegar o tempo de contrair um novo casamento.
Nesse
tempo deve ser observada a rejeição por parte do infiel, a desvalorização que
esse dá a família, a pessoa e aos esforços empreendidos pra salvar seu
casamento.
Dentro
de uma conduta ilibada e santa o (a) fiel terá o direito, já que o (a) infiel é
que requer sempre o divórcio e na maioria das vezes empreende todos os esforços
pra isso, de contrair um novo casamento sem ser chamado (a) de adúltero (a).
Já o (a) infiel será sempre um (a) adúltero (a) e quem casar ou se juntar com ele (a) também será adúltero (a).
Mas, se o não crente quiser separar-se, que se separe. Em tais casos, não fica sujeito à servidão nem o irmão, nem a irmã; Deus chamou vocês para viverem em paz.
1 Coríntios 7:15
Paulo em 1 Coríntios 7 recomenda que não haja separação.
Aos casados, ordeno, não eu, mas o
Senhor, que a mulher não se separe do marido.
Mas, se ela se separar, que não se case de novo ou que se reconcilie com o seu marido. E que o marido não se divorcie da sua esposa.
1 Coríntios 7:10,11
2. Violência doméstica:
Não há nenhuma orientação bíblica quanto a esse respeito.
Inferirmos
do texto de Coríntios 7:15, “Mas, se o
não crente quiser separar-se, que se separe. Em tais casos, não fica sujeito à
servidão nem o irmão, nem a irmã; Deus chamou vocês para viverem em paz.”,
que se houver desentendimentos entre as partes e que, não necessariamente o não
crente, mas quem for o violento, ainda que sejam cristãos, quiser se separar e
não conviver com a vítima, essa fica livre daquele.
Porém
diretamente a bíblia não dá espaço pra novo casamento, é o que ela diz.
Mas logo em seguida ela cita: “Em tais casos, não fica sujeito à servidão nem o irmão, nem a irmã; Deus chamou vocês para viverem em paz.”
Não é espaço pra novo casamento, mas então o que fazer?!
Vejamos
bem o contexto do verso.
Se o
não crente, mas vamos dizer que seja um crente também, chegar ao ponto de não
querer mais viver o casamento é porque algo de mais grave já aconteceu, não
acham?!
Então
na prática e na maioria dos casos isso já é resultado de uma infidelidade, ou
de certas amizades que o (a) casado (a) mantém e que resulta às vezes em maus
tratos físicos e de palavras contra o cônjuge.
O
ofensor maltrata com ofensas, desprezos e menosprezo.
Ele
começa a ver defeitos, criar pretextos e etc. Aqui vai uma recomendação; não é
licito o (a) casado (a) manter amizades próximas demais seja de quem for. Seu (a)
melhor e maior amigo (a) será sempre seu cônjuge.
A recomendação bíblica é que deixe, e aí a seu tempo Deus resolverá tudo, porque Ele deseja a nossa felicidade; Deus chamou vocês para viverem em paz.
E se
o agressor não quiser se separar?
A vitima tem as leis dos homes que a ampara, e não é correto deixar ou ficar com tais pessoas, mas mesmo assim não está livre pra novo casamento. Repito: E aí a seu tempo Deus resolverá tudo, porque Ele deseja a nossa felicidade; Deus chamou vocês para viverem em paz
Devemos
avaliar cada caso e nunca condenar ninguém. Só quem passou por um episódio de
divórcio sabe as perdas que tem. Às vezes somo taxativos demais nas nossas
opiniões e ferimos ou abrimos mais feridas em pessoas que estão nesse processo.
Temos muitos casos dentro da igreja e Deus não nos colocou como juízes, mas educadores, conselheiros e ajudadores dessas pessoas. Devemos amar, ajudar e tentar ao máximo reverter qualquer possiblidades pra que haja divórcio.
Fomos
testemunha certa feita quando liderávamos uma igreja do caso de adultério de um
membro. Disciplinamos e quando chegamos pra conversar com o casal foi àquela
luta. A esposa triste, chorosa, machucada, ferida, o esposo ressentido,
arrependido, querendo ficar, mas achando que seria difícil a convivência, porém
querendo deixar tudo e ir embora. Uma família arrasada com a imprudência e a
infidelidade. Em um caso de adultério e divórcio não existe ganhadores, todos
saem perdendo. Todos saem feridos, machucados e cicatrizados.
Guiado
e direcionado por Deus aconselhamos, acompanhamos, visitamos, amando ainda mais
aquela família, os dois venceram, mantiveram o casamento e Deus lhes concedeu a
graça de serem pais novamente. Hoje estão felizes.
Esse
é o plano de Deus.
Ainda que não vejam esperanças, o plano de Deus é que não haja o divórcio.
Mas que Deus nos guie pra estarmos sendo usados por Ele quando surgirem essas situações.
Em
Cristo.