TEXTO ÁUREO
“Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar
contra seu irmão será réu de juízo (Mt 5.22)
VERDADE PRÁTICA
A cólera e a ira não podem dominar o coração do crente. Elas devem ser
evitadas e vencidas com o ensino do Evangelho
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Mt 5.21 Um mandamento que preserva e sacraliza a vida
— Vocês ouviram o que foi dito aos antigos: "Não mate."E ainda: "Quem matar estará sujeito a julgamento."
Mateus 5:21
Terça – Mt 5.22 O verdadeiro alcance do sexto mandamento
Eu, porém, lhes digo que todo aquele que se irar contra o seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem insultar o seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem o chamar de tolo estará sujeito ao inferno de fogo.
Mateus 5:22
Quarta – 1 Jo 3.15 Quem aborrece o seu irmão é homicida
Quinta – 1 Jo 4.20 Quem diz amar a Deus, mas aborrece seu irmão, é
mentiroso
Se alguém disser: "Amo a Deus", mas odiar o seu irmão, esse é mentiroso. Pois quem não ama o seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê.
1 João 4:20
Sexta – SI 66.13-20 Entregue a sua oferta com um coração puro
Entrarei na tua casa com holocaustos; a ti pagarei os meus votos,
que os meus lábios fizeram, e que, no dia da angústia, a minha boca prometeu.
Oferecerei a ti holocaustos de animais gordos, com aroma de carneiros; oferecerei novilhos e cabritos.
Venham e escutem, todos vocês que temem a Deus, e eu contarei o que ele tem feito por minha alma.
A ele clamei com a boca; com a língua o exaltei.
Se, no coração, eu tivesse contemplado iniquidade, o Senhor não teria me ouvido.
Entretanto, Deus me ouviu e atendeu a voz da minha oração.
Bendito seja Deus, que não rejeitou a minha oração, nem afastou de mim a sua graça.
Salmos 66:13-20
Sábado – 1 Co 6.1,5 Os cristãos devem ter maturidade para resolver as
desavenças
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Mateus 5.21-26
21 – Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer
que matar será réu de juízo.
22 – Eu, porém , vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar
contra seu irmão será réu de juízo, e qualquer que chamar a seu irmão de raça
será réu do Sinédrio; e qualquer que lhe chamar de louco será réu do fogo do
inferno.
23 – Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar e aí te lembrares de
que teu irmão tem alguma coisa contra ti,
24 – deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te
primeiro com teu irmão, e depois vem, e apresenta a tua oferta.
25 – Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no
caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e
o juiz te entregue ao oficial, e te encerrem na prisão.
26 – Em verdade te digo que, de maneira nenhuma, sairás dali, enquanto
não pagares o último ceitil.
Hinos Sugeridos: 35,4.2,4.6 da Harpa Cristã
PLANO DE AULA
1- INTRODUÇÃO
A presente lição mostrará que o Evangelho do Senhor Jesus tem uma
dimensão moral muito bem delimitada. Nesse sentido, essa dimensão moral não
abre margem para que sentimentos hostis ao Evangelho façam parte da vida
interior do crente. Veremos que evitar a cólera é uma atitude sábia para evitar
pecados trágicos como o do homicídio.
2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Expor que o Evangelho não é Antinomista;
II) Pontuar que a cólera é o primeiro passo para o homicídio;
III) Correlacionar o ato de ofertar com a desavença.
B) Motivação: Muitas pessoas praticam ações trágicas por causa dos
atos precipitados e impensados. Se houvesse uma pausa, ou se desviasse o
pensamento por alguns instantes, o mal não ocorreria. As consequências da
cólera, da ira estão por todos os lados: trânsito, banco, filas de espera etc.
C) Sugestão de Método: Selecione cenas de agressividade no trânsito ou
numa fila. Apresente essas cenas em classe e solicite os alunos que as
analisem. Pergunte-lhes se vale mesmo a pena desperdiçar energia com coisas
que, geralmente, uma boa e educada conversa resolveria. Contraste sempre essas
cenas com os valores opostos que a lição apresenta.
3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Ao final da aula, solicite aos alunos a realizarem uma
autoanálise. Como tem sido o comportamento no trânsito? Quantas vezes no dia
eles perceberam a presença do sentimento de ira ou da cólera? Eles têm
consciência de que esses sentimentos fazem mal à saúde emocional? Por que no
lugar dessas emoções ruins e pesadas, não cultivar sentimentos nobres da
Palavra de Deus?
4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que
traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas.
Na edição 89, p.38, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final dos tópicos, você encontrará auxílios
que darão suporte na preparação de sua aula:
1) O auxílio localizado ao final do segundo tópico traz um
aprofundamento da questão tratada no tópico a respeito do sentimento da raiva;
2) O texto que encontra-se ao final do terceiro tópico é uma proposta
que pode auxiliar você na aplicação da lição, pois ele revela as dimensões
práticas que o seguidor de Jesus deve observar na caminhada cristã.
INTRODUÇÃO
Nesta lição aprenderemos com o Mestre Divino que o Evangelho não é
antinomista (a partir da explicação desse conceito), que a cólera é a antessala
do homicídio e que para de votar na nossa vida a Deus, precisamos nos
reconciliar com o próximo. Veremos que o nosso Senhor colocou em alta conta o
valor da pessoa humana e, por isso, a seção bíblica de Mateus 5.21-26 será o
objeto de nosso estudo.
Palavra-Chave: SENTIMENTO
I- O EVANGELHO NÃO É ANTINOMISTA
1- O que é Antinomismo?
A palavra nos fornece a própria definição:
constituída do grego Anti, que quer dizer “contra”; e nomos, “lei”; diz
respeito a tudo contrário à lei, normas e regras. A palavra traz a ideia de que
os cristãos não precisam obedecer à lei moral do Antigo Testamento. Defensores
antinomistas dizem que a Lei não teve origem em Deus Pai e que, por isso, ela
deve ser rejeitada. Há os que dizem que Deus havia determinado por decreto a
existência do pecado, de modo que jamais se pode evitá-lo, por isso, não há
razão para a existência da Lei. Por fim, outros ainda defendem simplesmente que
a Lei é opostar ao Evangelho. Entretanto, veremos que esse ensino violam as
Escrituras que o Antinomismo é um desvio da Palavra de Deus (Rm 6.15,16).
2- A Lei e o Evangelho.
Conforme visto na lição anterior, Jesus não
desprezou a Lei. Em Mateus 5.21 vemos claramente isso. A expressão “Ouvistes o
que foi dito aos antigos” aponta para uma retrospectiva de um ponto da Lei de
Moisés. Diferentemente dos escribas e fariseus, nosso Senhor deu ênfase à
autoridade da Lei e revelou a real intenção de Deus presente nela. Atente para
o mandamentos “Não matarás” (Êx 20.13). Enquanto os escribas e fariseus
interpretavam esse mandamento de maneira restrita ao ato literal de matar uma
pessoa, nosso Senhor o ampliou e aprofundou, demonstrando que o homicídio tem
início no coração do ser humano a partir da ira, do ódio, da cólera (cf. M t
5.22).
3- Legalismo x Antinomismo.
O legalismo é uma atitude que se concentra
na observância e prática rigorosa das leis com o elemento determinante para uma
comunidade alcançar o favor de Deus. Por outro lado, o antinomismo rejeita todo
tipo de normas morais, deixando a pessoa livre para pecar. Assim, o legalismo
foi refutado duramente pelo apóstolo Paulo (Fp 3.3-4 ), e o antinomismo fere de
morte a vocação dos cristãos para a santidade (Rm 1.7; 1 Pe 1.15,16). Como
amamos todo o conselho de Deus revelado nas Sagradas Escrituras, afirmam os que
os princípios morais divinos revelados na Bíblia, a Palavra de Deus, são
atemporais, válidos em qualquer época e cultura. E, por isso , o cristão fiel à
Bíblia tem cuidado tanto com o legalismo quanto com o antinomismo.
SINOPSE I
O Evangelho Não é antinomista, isto é, ele tem normas, regras e
limites claros. O Evangelho também não é legalista, isto é, não está preso a
observâncias rigorosas de datas, dietas e outras práticas religiosas,
esperando algum favor divino.
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
O que o antinomismo alega? “Alegam os antinomistas que, salvos pela fé
em Cristo Jesus, já estamos livres da tutela de Moisés. Ignoram, porém, serem
as ordenanças morais do Antigo Testamento pertencentes ao elenco do direito
natural que o Criador incrusta na alma de Adão. […] Todo crente piedoso
observar [as ordenanças morais da Lei]; pois Cristo não veio revogá-las; veio
cumpri-las e sublimá-las.” Amplie mais o seu conhecimento, lendo o Dicionário
Teológico, editado pela CPAD, p.51.
II- A CÓLERA É 0 PRIMEIRO ATO PARA O HOMICÍDIO
1- Jesus e o sexto mandamento.
Jesus não anulou o sexto mandamento do
Decálogo (Êx 20.13; Dt 5.17). Contudo, sua interpretação foi mais elevada e
profunda, pois revelou que a ira ou cólera contra um irmão é um tipo de
homicídio no coração, com o bem afirmou o apóstolo João : “ Qualquer que
aborrece a seu irmão é homicida. E vós sabeis que nenhum homicida tem
permanente nele a vida eterna” (1 Jo 3.15). Não é por acaso que o verbo “irar”
no grego, em Mateus 5.22, é orgizo, que significa provocar, incitar a ira,
estar zangado, estar enfurecido. A fúria e a ira de Caim o levaram a cometer o
primeiro homicídio contra o próprio irmão (Gn 4.5,8). Portanto, o sexto
mandamento não envolve apenas um a sanção penal, mas elementos mais profundos
como palavras, emoções, insultos e outras ações que se antecipam ao homicídio.
2- A cólera no contexto bíblico.
Tanto o salmista quanto o apóstolo Paulo escreveram que um servo de Deus pode irar-se, mas não deve pecar (Sl 4.4; Ef 4.26). A ira é uma emoção humana. Por isso, na Bíblia, vemos pessoas justas se irando contra o pecado, contra os atos desumanos, contra o desrespeito à Palavra de Deus (Os 4.1-3). Nosso Senhor manifestou ira contra os que faziam do templo um “covil de ladrões” (Jo 2.13-17). Entretanto, a ira não pode nos controlar e devemos examinar se ela provém de um espírito reto, de um coração puro, ou se é um a obra da carne, do tipo pecaminosa, orgulhosa, odiosa e vingativa (Gl 5.20). O imperativo bíblico é que a ira não pode nos dominar (Ef 4.26; Hb 12.15).
3- O valor da pessoa humana.
Em Mateus 5.21,22 Jesus enfatizou o valor
da pessoa humana. Por isso, chamar alguém de raça, que significa inútil, cabeça
oca e vazia, é uma ofensa grave, igualada à blasfêmia. Ou chamar o outro de
“louco”, do grego móros, que significa ímpio, incrédulo, é uma conduta
moralmente desprezível. Observe que, para quem manifestasse esses tipos de
comportamentos, o fim era se tornar réu do Sinédrio e receber a condenação para
o fogo do Inferno, do grego Geena, respectivamente. Nesse sentido, nosso Senhor
mostra que não só peca quem comete um homicídio, mas igualmente os que nutrem a
cólera, o ódio e o rancor no coração. A vida humana tem um valor sagrado. Por
isso, o patrão deve tratar bem o seu empregado e este, consequentemente, deve
respeitar o patrão; o irmão não pode fazer acepção de pessoas para com o outro
irmão, quer por causa da cor da pele, quer por diferenças econômicas, pois como
o apóstolo Pedro disse: “Reconheço, por verdade, que Deus não faz acepção de
pessoas” (At 10.34).
SINOPSE II
A cólera é o primeiro passo para a prática do homicídio
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
“A verdadeira batalha pela lei do Reino não está nas simples ações
externas ou efetuação de movimentos, pouco importando quão detalhados sejam;
antes, a batalha é ganha ou perdida no coração, onde reside a vontade. […] A
maioria dos pecados é premeditada; requerem-se ações anteriores e às vezes
drásticas para evitar que a semente dê raiz e produza uma colheita amarga.
Assim, os remédios de Jesus parecerão extremos, mas a malignidade tem de ser isolada
e removida o quanto antes, para que haja uma melhor chance de recuperação. A
prevenção é suprema. […] A proibição no versículo 21 não é a matança em geral,
mas assassinato, matança que é contrária à lei. Jesus intensifica a lei indo ao
âmago da questão: a vontade humana. O assassinato começa com a raiva; a pessoa
tem de lidar com a raiva a fim de evitar o assassinato” (ARRINGTON, French L;
STRONSTAD, Roger (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Rio de
Janeiro: CPAD, 2003, p.45).
III- A “OFERTA DO ALTAR” E A DESAVENÇA
1- A oferta do altar.
Em Mateus 5.23.24, Jesus se dirige aos
discípulos e faz com que cada um examine a si mesmo, pois um servo do Senhor
não pode ofertar no altar com um coração cheio de ira e rancor. Afinal, dizer
amar a Deus, mas odiar o irmão é cair na mentira (1 Jo 4.20). Para o judeu,
ofertar era um ato sagrado e tal atitude fazia-o reconhecer a bondade de Deus
para com ele (Gn 4.3,5; Êx 25.2; Lv 1.2 ; SI 66.13). Nesse sentido, o Senhor
Jesus valorizava esse ato. Entretanto, não adiantava reconhecer a bondade de
Deus, mas não se reconciliar com o irmão . Cabe ressaltar que o verbo grego
para “reconciliar”, é diallassô, que significa mudar a mente de alguém, renovar
a amizade com alguém. Ele é encontrado no Novo Testamento apenas uma vez, em
Mateus 5.24. Portanto, o ensinamento de nosso Senhor é claro: não há
relacionamento correto com Deus sem relacionamento verdadeiro com o irmão.
2- Evitando a desavença.
Os versículos 25 e 26 de Mateus 5 têm relação
com os versículos 23 e 24, mas uma conotação diferente: os versículos 23 e 24
dizem respeito à adoração; os 25 e 26 dizem respeito ao processo legal. Ambos,
porém, procuram advertir os discípulos quanto ao problema da desavença entre
irmãos. Nos versículos 25 e 26, nosso Senhor enfatiza que é preciso buscar uma
solução para a desavença entre irmãos fora do tribunal. Naquela época, quando a
pessoa era sentenciada, pagaria até o último kodrantes (de origem latina), que
significa quadrante (aproximadamente quarta parte de um “asse” ), a menor moeda
de cobre romana, valendo cerca de um quarto de um centavo. Nosso Senhor,
portanto, nos convida a sanar as desavenças entre nós e, assim, preservamos o
bom testemunho. Atentemos para a reflexiva indagação do apóstolo Paulo: “Ousa algum
de vós, tendo algum negócio contra outro, ir a juízo perante os injustos e não
perante os santos? […] Não há, entre vós sábios, nem mesmo um, que possa julgar
entre seus irmãos?” (1 Co 6.1,5).
SINOPSE III
Antes de ofertar, o seguidor de Cristo deve reparar qualquer tipo de
desavenças.
AUXÍLIO VIDA CRISTÃ
“[Mateus] 5.23,24 – Relações rompidas podem dificultar o nosso
relacionamento com Deus. Se tivermos uma mágoa ou uma queixa contra um amigo,
devemos solucionar o problema o mais breve possível. [Mateus] 5.25-26 – Na
época de Jesus, uma pessoa que não pudesse pagar sua dívida era lançada na
prisão até que o pagamento fosse efetuado. A menos que alguém pagasse a dívida
por ela, provavelmente morreria ali. É um conselho prático para solucionarmos
as diferenças com os nossos inimigos, antes que a ira deles venha a causar-nos
maiores dificuldades (Pv 25.8-10 ). Você pode não entrar em uma discordância
que leve aos tribunais, mas até os pequenos conflitos podem ser mais facilmente
resolvidos se as pazes foram feitas logo. Em um sentido mais amplo, esses
versículos nos aconselham a agir rapidamente, procurando ter a paz com os
nossos semelhantes, antes que sejamos obrigados a apresentar-nos perante Deus”
(Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio Janeiro : CPAD, 2004, p.1225).
CONCLUSÃO
Como servos de Cristo que vivem os as verdades do Evangelho, não
deixemos que pensamentos, palavras e ações firam o nosso próximo, nem deixemos
que as desavenças tornem-se disputas entre nós. Em caso de desavenças e
desentendimentos, à luz das Escrituras, deve-se reconciliar-se imediatamente,
seguir em paz com todos (Hb 12.14), pois é isso que o nosso Deus desejou quando
escreveu: “Não matarás!”
REVISANDO O CONTEÚDO
1- Que ideia a palavra Antinomismo traz?
A palavra traz a ideia de que
os cristãos não precisam obedecer à lei moral do Antigo Testamento.
2- O que o Antinomismo rejeita?
O antinomismo rejeita todo tipo de
normas morais, deixando a pessoa livre para pecar.
3- O Senhor Jesus anulou o sexto mandamento?
Jesus não anulou o sexto
mandamento do Decálogo (Êx 20.13; Dt 5.17). Contudo, sua interpretação foi mais
elevada e profunda, pois revelou que a ira ou cólera contra um irmão é um tipo de
homicídio no coração.
4- Qual o imperativo bíblico para a ira?
O imperativo bíblico é que a
ira não pode nos dominar (Ef 4.26; Hb 12.15).
5- Qual o ensinamento de nosso Senhor quanto à desavença?
Nos
versículos 25 e 26, nosso Senhor enfatiza que é preciso buscar uma solução para
a desavença entre irmãos fora do tribunal. É preciso sanar as desavenças entre
nós e, assim, preservar os bom testemunho.
ENSINADOR CRISTÃO, 89, Página 38
Que sentimento você cultiva
na maioria das vezes? Infelizmente, muitos acham que os sentimentos não podem ser
potencializados em sua capacidade de está dentro de nós. Não por acaso, o
apóstolo Paulo escreveu: "Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro,
tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é
amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor,
nisso pensai" (Fp 4.8). Ora, o que é verdade, justo, puro, amável, de boa
fama, ou seja, tudo o que é bom: devemos pensar nisso intensamente.
Essa verdade bíblica revela
que os nossos sentimentos devem ser fortalecidos pelo o que é bom. Nesse
sentido, é preciso alimentar o nosso interior dos bons sentimentos, dos que nos
elevam como pessoas que amam a Deus.
Ampliando essa perspectiva,
que o teólogo James Shelton, na obra Comentário Pentecostal Novo Testamento,
diz que "a verdadeira batalha pela lei do Reino não está nas simples ações
externas ou efetuação de movimentos, pouco importando quão detalhados sejam;
antes, a batalha é ganha ou perdida no coração, onde reside a vontade".
Sim, é no coração, na vontade, que ocorre as maiores batalhas. Nesse sentido,
para fazer o que é correto não basta apenas saber; é preciso amar o que é reto,
honesto, puro e justo. Quem ama cultiva. Por isso que o apóstolo Paulo nos
ensina fazer isso em sua carta. É como se ele dissesse assim: pense o tempo
inteiro no que é bonito, pois praticar o que é belo será natural para você;
pense e medite na justiça, pois praticar o que é justo será natural para você;
pense, pense, pense o tempo inteiro nas divinas virtudes.
Um conselho
Imagine se uma pessoa que
cometeu um crime no trânsito por causa da raiva, contasse até 10 naquele exato
momento. E que, naquele contexto, no lugar da ira, da raiva, tivesse colocado a
mansidão e o domínio próprio. Essas questões do Sermão do Monte são bem práticas.
Mas para praticarmos é preciso enfrentar a nossa natureza carnal. Por isso é
difícil. A nossa natureza nos mostra o quanto somos vis pecadores.
Aplicação
Mostre a classe que, embora a nóssa natureza humana seja vil, isso não significa que não possamos fazer o que o apóstolo Paulo nos orientou a fazer. Temos o Espírito Santo que nos ajuda a desenvolver o fruto do Espírito em nós. Não estamos sozinhos, mas é preciso se esforçar para o desenvolvimento da nossa salvação (Fp 2.12).
Pb. Rogério Faustino
Neweb