TEXTO
ÁUREO
“Fugi
da prostituição. Todo pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se
prostitui peca contra o seu próprio corpo.” (1 Co 6.18)
VERDADE
PRÁTICA
As
Escrituras condenam toda forma de prática sexual fora da esfera do casamento
constituído por Deus.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda – Gn 1.27 O padrão divino para expressão
sexual
Assim Deus criou o ser humano à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.
Terça – 1 Co 6.13 A sacralidade do corpo humano
"Os alimentos são para o estômago, e o estômago existe para os alimentos." Mas Deus destruirá tanto o estômago quanto os alimentos. Porém o corpo não é para a imoralidade, mas para o Senhor, e o Senhor, para o corpo.
Quarta – 1 Co 6.15 O cristão como membro do Corpo de
Cristo
Vocês não sabem que o corpo de cada um de vocês é membro de Cristo? E será que eu tomaria os membros de Cristo e os faria membros de uma prostituta? De modo nenhum!
Quinta – Mt 5.31,32; 1 Co 6.9 A condenação do adultério
— Também foi dito: "Aquele
que repudiar a sua mulher deve dar-lhe uma carta de divórcio."
Eu, porém, lhes digo: quem repudiar a sua mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas, a expõe a se tornar adúltera; e aquele que casar com a repudiada comete adultério.
Ou vocês não sabem que os injustos não herdarão o Reino de Deus? Não se enganem: nem imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem afeminados, nem homossexuais,
Sexta – Mt 19.5 A relação sexual na esfera do casamento
e que disse: "Por isso o homem deixará o seu pai e a sua mãe e se unirá à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne"?
Sábado – 1 Co 6.20 A necessidade de glorificar a Deus com
o corpo
Porque vocês foram comprados por preço. Agora, pois, glorifiquem a Deus no corpo de vocês.
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
1
Coríntios 6.15-20; Romanos 1.26-28
1
Coríntios 6
15
– Não sabeis vós que os vossos corpos são membros de Cristo? Tomarei, pois, os
membros de Cristo e fá-los-ei membros de uma meretriz? Não, por certo .
16
– Ou não sabeis que o que se ajunta com a meretriz faz-se um corpo com ela?
Porque serão, disse, dois numa só carne.
17
– Mas o que se ajunta com o Senhor é um mesmo espírito.
18
– Fugi da prostituição. Todo pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o
que se prostitui peca contra o seu próprio corpo.
19
– Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em
vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?
20
– Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso
corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.
Romanos
1
26
– Pelo que Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres
mudaram o uso natural, no contrário à natureza.
27
– E, semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, se
inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, varão com varão,
cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu
erro.
28
– E, como eles se não importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os
entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convém;
Hinos
Sugeridos: 60, 75, 76 da Harpa Cristã
PLANO
DE AULA
1-
INTRODUÇÃO
A
presente lição tem o objetivo de destacar o processo de distorção da moralidade
sexual que a sociedade atual vem passando. Invariavelmente, esse processo
atinge a igreja local. Por isso, iniciamos a lição contextualizando
historicamente o início da denominada Revolução Sexual. Demos como exemplos
dessa revolução: a banalização do sexo pré-conjugal, do extraconjugal e,
consequentemente, a normalização da homossexualidade. Finalmente, apresentamos
o padrão bíblico da moralidade sexual cristã.
2-
APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A)
Objetivos da Lição:
I)
Explicar a Revolução Sexual na sociedade atual;
II)
Pontuar a pecaminosidade do relacionamento pré-conjugal, extraconjugal e
homossexual;
III)
Apresentar o padrão biblico para o relacionamento sexual sadio.
B)
Motivação: É notório a banalização do
relacionamento sexual na sociedade atual. Por isso, é importante refletir
acerca de um sentido mais profundo, segundo as Escrituras apresentam, da
moralidade sexual na fé cristã.
C)
Sugestão de Método: Para ampliar mais o primeiro
tópico, pesquise a respeito do Movimento de Maio de 1968. Foi um movimento de
estudantes franceses em Paris que se levantaram contra a separação entre
rapazes e moças no alojamento da Universidade de Paris. Esse fenômeno ficou
conhecido pela seguinte frase: “É proibido proibir” . Pesquise esse movimento
por meio de sites especializados para contextualizar o primeiro tópico.
3-
CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A)
Aplicação: O padrão bíblico para o relacionamento
sexual envolve trazer a vida ao mundo por meio da procriação e da satisfação
sexual do casal. Esse é um ponto importante a ser ressaltado, pois a revolução
sexual descartou o primeiro propósito e banalizou o segundo. É preciso adequar,
do ponto de vista bíblico, o propósito de Deus para o relacionamento sexual sadio.
4-
SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A)
Revista Ensinador Cristão. Vale a pena
conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de
apoio a Lições Bíblicas Adultos. Na edição 91, p.37, você encontrará um
subsídio especial para esta lição.
B)
Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você
encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:
1)
O texto “A Revolução Sexual” amplia o primeiro tópico;
2)
O texto “Uma Grande Contradição” traz uma exemplificação da contradição natural,
psicológica e espiritual da homossexualidade.
INTRODUÇÃO
Nesta
lição abordaremos questões relacionadas à sexualidade. Destacaremos que a
revolução sexual provocou grandes mudanças na forma como a sexualidade era
vista e praticada no Ocidente. Práticas antes vistas com a pecaminosas e, até
mesmo criminosas, passaram a ser tratadas com naturalidade e normalidade. Por
exemplo, o sexo antes do casamento e entre pessoas solteiras, que era vista
coma fornicação passou a ser uma prática cada vez mais aceita e tolerada. Da
mesma forma, o adultério, que já foi tratado como crime, também passou a ser
vista com naturalidade, bem como a normalização da homossexualidade.
Palavra-Chave: IMORALIDADE
I
– A REVOLUÇÃO SEXUAL
1-
Um novo paradigma para a sexualidade.
O
paradigma judaico-cristão moldou a cultura ocidental durante séculos. Dentro
desse modelo cultural, os valores morais prevalecentes eram aqueles extraídos
da Bíblia ou inferidos a partir dela. Nesse aspecto, a sexualidade humana era
vista como algo sagrado e que, portanto, deveria ser exercida dentro dos
parâmetros estabelecidos por esse modelo. Dessa forma, as relações sexuais
deveriam ser heterossexuais monogâmicas, não sendo consideradas normais ou
aceitas nenhuma outra forma de expressão sexual (Gn 1.27). Havia, portanto, uma
visão conservadora sobre a forma como a sexualidade deveria se expressar
2-
A quebra de um “tabu”.
A
partir dos anos de 1960, o Ocidente passa por grandes mudanças sociais. Os
movimentos de contestação, principalmente da moral cristã, ganham cada vez mais
visibilidade. Com a chegada da TV a contracultura chega com muito mais força e
de uma forma muito mais presente nos lares. Os historiadores observam, par
exemplo, que a contracepção e a nudez em publico, e outras formas alternativas
de sexualidade, bem coma a legalização do aborto, foram fenômenos que começaram
a ganhar força nas sociedades ocidentais a partir dessa época. Dessa forma, a
sexualidade, conforme defendida pelo Cristianismo, passou a ser considerada um
tabu a ser quebrado. A partir dos anos 1980 cresce a indústria pornográfica, e
a relação sexual antes do casamento torna-se uma prática cada vez mais aceita.
Sentindo a pressão social e cultural, muitos dentre os evangélicos passam a
fazer concessões a essa nova moralidade. A relação sexual entre pessoas
solteiras, o relacionamento extraconjugal e a homossexualidade passam a ser
vistas com mais naturalidade.
SINOPSE
I
A
Revolução Sexual trouxe um novo paradigma para a sexualidade moderna.
AUXÍLIO
APOLOGÉTICO
“A
vida humana e a sexualidade tornaram-se as questões morais divisoras de águas
de nossa época. Todos os dias, o ciclo de 24 horas de noticias relata o avanço
de uma revolução moral secular em áreas como sexualidade, aborto, suicídio
assistido, homossexualidade e transgenerismo. A nova ortodoxia secular está
sendo imposta por intermédio de quase todas as grandes instituições sociais: academia,
mídia, escolas públicas, Hollywood, corporações privadas e a lei. […] Aqueles
que discordam do ethos secular corrente apelam ao direito à liberdade
religiosa. Já o presidente da Comissão de Direitos Civis dos Estados Unidos
escreveu com desdém que ‘a expressão “liberdade religiosa” não representará
nada, a não ser hipocrisia, enquanto permanecer com o código para a discriminação,
intolerância, racismo, sexismo, homofobia, islamofobia, supremacia cristã ou
qualquer outra forma de intolerância. Observe que a expressão ‘liberdade
religiosa’ é colocada entre aspas, como se fosse um direito ilegítimo, e não um
direito fundamental em uma sociedade livre. O próximo passo será negar aos
cidadãos a sua liberdade religiosa – e isso já começou. Aqueles que resistem à
revolução moral secular têm perdido empregos, negócios e posições de ensino”
(PEARCEY, Nancy. Ama o teu Corpo: Contrapondo a cultura que fragmenta o ser
humano criado à imagem de Deus.1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2021, pp.11,12).
II
– AS PRINCIPAIS DISTORÇÕES DA SEXUALIDADE SADIA
1-
A prática da fornicação.
No
contexto evangélico, o termo fornicação passou a ser entendido como a pratica
não aceita e reprovável do sexo antes do casamento realizada por pessoas
solteiras. Contudo, o termo grego usado no Novo Testamento porneia, que dá
origem às palavras já cunhadas na língua portuguesa como pornô, pornografia
etc., possui um sentido muito mais amplo. Significa qualquer tipo de ato sexual
considerado pecaminoso, incluindo adultério, prostituição, impureza e
fornicação. Na verdade, porneia classifica as palavras prostituição e
fornicação como sinônimas. Em 1 Coríntios 6.18, Paulo usa o termo com os
sentidos de “fornicação” e “prostituição”, considerando como pratica pecaminosa
e extremamente maléfica para a vida crista.
2-
Adultério: Não é crime, mas é pecado.
O
adultério já foi considerado crime pela legislação brasileira até a revogação
da lei que o regulamenta. Hoje não é considerado mais um crime, contudo, a luz
da Bíblia não deixou de ser um pecado. A Bíblia Sagrada reprova veementemente a
prática do adultério. Quando o rei Davi adulterou com Bate-Seba, o profeta
Natã, a mando de Deus, condenou de forma dura seu ato pecaminoso (2 Sm 11.1-5;
12.9,10). Na literatura sapiencial, especialmente Os Provérbios, sobejam as
advertências contra essa prática (Pv 5.1-23). Jesus e seus apóstolos condenaram
o adultério (Mt 5-31,32; 1 Co 6.9).
3-
Homossexualidade:
Uma
contradição da ordem natural. Os cristãos que têm na Bíblia sua única regra de
fé compreendem a homossexualidade como um comportamento adquirido, e nao como
um determinismo biológico. Não há nenhum dado científico confiável que diga que
a homossexualidade seja genética. Em outras palavras, não há como dizer que
alguém nasce homossexual. A homossexualidade é um comportamento adquirido e
vários fatores fazem parte desse processo. Por exemplo, o caso dos gêmeos
idênticos comprova isso. A realidade tem nos mostrado, e as pesquisas
confirmam, que há gêmeos em que um é homossexual e o outro não. Se a homossexualidade
fosse genética isso jamais aconteceria. Em outras palavras, os gêmeos seriam
homossexuais, pois possuem a mesma constituição genética. Assim, os cristãos
conservadores, que amam a Palavra de Deus e o Corpo de Cristo, entendem que a
reprovação da pratica homossexual se da por conta de esta ser contraria a ordem
natural da criação, conforme registrada na Bíblia e nao um fruto de preconceito
(Gn 1-2; Rm 1.26; 1 Co 6.9,10; 1 Tm 1.10).
SINOPSE
II
O
relacionamento pré-conjugal, extraconjugal e homossexual e uma pratica que
distorce o propósito de Deus.
AUXÍLIO
APOLOGÉTICO
UMA
GRANDE CONTRADIÇÃO
“Tim
Wilkins viveu por muitos anos como homossexual, mas agora está casado com uma
mulher e tem filhos. ‘Se Deus criou algumas pessoas gays’, diz ele, então ‘Deus
está fazendo um jogo cruel com elas. Ele projetou as mentes e emoções para a
atração pelo mesmo sexo, mas criou a sua fisiologia em oposição direta a essa
atração’. Não podemos ser pessoas completas quando as nossas emoções estão em
guerra com a nossa fisiologia. O ideal é a integração – a harmonia entre as
nossas identidades sexuais e psicológicas” (PEARCEY, Nancy. Ama o teu Corpo:
Contrapondo a cultura que fragmenta o ser humano criado à imagem de Deus. 1.ed.
Rio de Janeiro: CPAD, 2021, p.175).
III
– O PADRÃO BÍBLICO PARA UMA SEXUALIDADE SADIA
1-
O sexo atende uma necessidade da criação.
Uma
das principais razões da prática sexual está associada à procriação.
Deus
disse para o primeiro casal multiplicar e encher a terra (Gn 1.28). Sem a
procriação, não haveria a perpetuação da espécie humana. O sexo, portanto,
atende a uma necessidade premente da criação.
2-
O sexo como complementação e satisfação.
Além
da procriação, o sexo deve atender a necessidade de complementação e
satisfação. A Bíblia não condena a prática sexual quando ela é experienciada
dentro dos limites que o Criador estipulou : o casamento (Mt 19 .5). A maneira
que o Criador deixou para guardar o casal contra suas mais diferentes formas de
impureza, como a fornicação, o adultério e a homossexualidade, foi o sexo
praticado dentro da esfera do casamento monogâmico e heterossexual. Contudo,
convém dizer que o sexo no casamento nao deve ser visto como um fardo, mas como
um espaço no qual um se complementa no outro. Também não deve ser visto apenas
como um dever ou obrigação a ser praticado de forma mecânica e sem amor. Deve
ser feito com amor, de forma que o casal se sinta satisfeito e realizado (Pv
5.18,19).
3-
O pastoreio cristão e a prática homossexual.
Mesmo
reprovando o comportamento homossexual, por ser incompatível com os valores
cristãos, a igreja nao deve, de forma alguma, deixar de enxergar a pessoa do
homossexual como alguém que foi feito a imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26),
e que, portanto, também por Ele e amado (Jo 3.16). Mesmo que tenha sido
desbotada pelo pecado, contudo, nenhum homem ou mulher deixou de ser a imagem
de Deus e como tal devem ser vistos e respeitados como pessoas. A igreja,
portanto, não deve rejeitar o homossexual como não deve rejeitar as demais
pessoas que agem de forma contraria aos valores cristãos. Todavia, por
acreditar que a homossexualidade deve ser vista como comportamento adquirido e
que, como pratica se afasta daquilo que preceitua a Bíblia sobre a correta
expressão da sexualidade, ensina e ordena o abandono e a abstinência da
pratica por parte daqueles que se converteram a fé crista. A igreja crer e
defende que qualquer forma de expressa sexual fora do casamento ou praticada
por pessoas do mesmo sexo e mostrada nas Escrituras como pecaminosa. Por outro
lado, acredita que o Evangelho é poderoso para transformar todo o que crer em
Jesus como Salvador e isso inclui os homossexuais.
SINOPSE
III
Segundo
o padrão biblico, o sexo atende a necessidade da procriação e da satisfação do
casal.
CONCLUSÃO
Nesta
lição aprendemos sobre três dos principais desvios do modelo de sexualidade
biblica – a fornicação, o adultério e a homossexualidade . Essas três práticas
pecaminosas têm ganhado cada vez mais espaço na sociedade nas últimas décadas.
Muitos crentes têm negligenciado o ensino bíblico e também se rendido a essas
sutilezas pecaminosas. Qualquer prática sexual fora do modelo bíblico traz
consequências morais e espirituais. Deus quer que vivamos o sexo no padrão por
Ele estabelecido, o que de fato vai nos fazer realizados e plenificados.
REVISANDO
O CONTEÚDO
1-
A partir de que ano o movimento de contestação à moral cristã ganha mais
visibilidade?
R.
1960.
2-
Qual é o sentido mais amplo da palavra grega porneia?
R.
Significa qualquer tipo de ato sexual considerado pecaminoso, incluindo
adultério, prostituição, impureza e fornicação.
3-
Cite pelo menos uma base bíblica que reprova o adultério.
R.
Quando o rei Davi adulterou com Bate-Seba, o profeta Natã, a mando de Deus,
condenou de forma dura seu ato pecaminoso (2 Sm 11.1-5; 12.9,10).
4-
Como o cristão compreende a homossexualidade?
R.
Os cristãos conservadores, que têm na Bíblia sua única regra de fé, compreendem
a homossexualidade como um comportamento adquirido e não como um determinismo
biológico.
5-
Qual a maneira que o Criador deixou para guardar o casal contra as suas mais
diferentes formas de impureza?
R.
A maneira que o criador deixou para guardar o casal contra suas mais diferentes
formas de impureza, como a fornicação e o adultério, foi o sexo praticado
dentro da esfera do casamento.
VOCABULÁRIO
Paradigma: Um exemplo que serve como modelo; padrão.
Premente: Que exige solução rápida; urgente.
Sobejam:
Sobram, excedem os limites do necessário ou do preciso; demasia
ENSINADOR
CRISTÃO, 90, Página 37
A
sociedade atual enxerga a sexualidade de forma controversa. Os valores bíblicos
que influenciavam as sociedades ocidentais há alguns anos foram substituídos
por pensamentos humanistas com a finalidade de atender aos anseios libertinos
de alguns setores que encaravam as idéias conservadoras e as boas práticas
familiares como retrógradas. Com a justificativa de que era necessário haver
uma quebra de "tabu" na sociedade, muitas práticas, antes vistas como
imorais, foram sutilmente aceitas como normais. O resultado foi a inversão de
valores e a deterioração da família, a base da sociedade.
Diante
de tais mudanças, a igreja não pode estar à margem de discutir esses assuntos
que, apesar do elevado nível de complexidade, não estão distantes das famílias
cristãs que prezam pela preservação de bons costumes pautados na Palavra de
Deus. Dentre as principais distorções da sexualidade pregadas nos dias atuais
está a prática da fornicação. De acordo com o Dicionário Vine (CPAD, 2002), a
palavra "fornicação" vem do grego "porneia", que tem o
mesmo sentido de prostituição. Para a sociedade atual secularizada, a conduta
daqueles que praticam a fornicação não deve ser encarada como problemática, mas
como um processo natural decorrente das "relações abertas". Para estes,
o compromisso e as promessas feitas na aliança matrimonial não fazem sentido
algum. Em contrapartida, para os cristãos que consideram a Bíblia como regra de
fé e prática, essa conduta é considerada pecaminosa e maléfica para a vida
cristã. Deus estabeleceu nas Escrituras Sagradas um padrão de comportamento que
deve nortear os cristãos para uma conduta que seja agradável a Ele. O cuidado
com o corpo e o relacionamento de respeito e amor ao próximo constituem o
padrão bíblico para uma sexualidade sadia (1 Co 6.18-20; Hb 13.4).
Há muitos adolescentes que têm como referência familiar o relacionamento controverso dos pais que enxergam o casamento como troca de interesses. Em razão disso, muitos já não almejam casar ou constituir família; o foco agora é a independência financeira, a ausência de compromissos decorrentes de compor um lar etc. O resultado tem sido a desconstrução dos valores familiares e a normatização de praticas sexuais descompromissadas com a ordem natural criada por Deus. Nesse contexto, a igreja precisa atentar para a qualidade das relações familiares. O tempo juntos, o compartilhar da refeição, o diálogo entre casais sobre o relacionamento familiar, a relação entre pais e filhos, o culto doméstico, dentre outras práticas bíblicas, são fundamentais para proteger a família das sutilezas da imoralidade sexual que tem destruído muitas famílias.
Pb. Rogério Faustino
Neweb
Compromisso com a Palavra