TEXTO ÁUREO
“Porque vos digo que,
se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum
entrareis no Reino dos céus.” (Mt 5.20)
VERDADE PRÁTICA
Os seguidores de Jesus
são chamados a viver a justiça do Reino de Deus. Essa justiça, baseada na Nova
Aliança em Cristo, nasce no interior do crente e reflete no exterior da vida.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Mt 5.17; Rm
3 31 Jesus não veio revogar a Lei nem contradizer os profetas
Terça – Hb 1.1-3 O
Senhor Jesus Cristo cumpriu fielmente a Lei
Quarta – G1 3 24 A
função da Lei é levar o homem a Cristo
Quinta – 1 Tm 1.5 O
fim do mandamento: coração puro, boa consciência e fé sincera
Sexta – Rm 7.12; Rm
3.31; A Lei é santa e está estabelecida em Cristo Jesus, o nosso Senhor
Sábado – Rm 13.8-10 ;
G1 5.6,25 A Lei está cumprida no amor e dinamizada em nós pelo Espírito Santo
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
Mateus 5.17-20
17 – Não cuideis que vim
destruir a lei ou os profetas; não vim abrogar, mas cumprir.
18 – Porque na verdade
vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá
da lei sem que tudo seja cumprido.
19 – Qualquer, pois,
que violar um destes menores mandamentos e assim ensinar aos homens será
chamado o menor no Reino dos céus; aquele, porém, que os cumprirá e ensinar
será chamado grande no Reino dos céus.
20 – Porque vos digo
que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum
entrareis no Reino dos céus.
Hinos Sugeridos:
13,25,23 da Harpa Cristã
PLANO DE AULA
1- INTRODUÇÃO
Qual é a relação entre
Jesus e a Lei? E o que Ele deseja que seus discípulos aprendam acerca dessa
relação. Basicamente, esta lição tem como propósito mostrar que a relação de
Jesus com a Lei apenas nos mostra que a nossa justiça é elevada. Logo, o
objetivo de estudaremos essa relação de Jesus com a Lei é o de trazer aos
cristãos um compromisso profundo com a justiça de Deus.
2- APRESENTAÇÃO DA
LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Mostrar que Jesus cumpriu
toda a Lei;
II) Comparar a Letra
da Lei com a Verdade do Espírito;
III) Conceituar a
Justiça do Reino de Deus.
B) Motivação: O que é
justiça? Na perspectiva bíblica, a palavra justiça tem a ver com retidão,
integridade, honestidade. O Sermão do Monte nos convida a cu ltivar a retidão,
a integridade e a honestidade para viver a justiça do reino divino.
C) Sugestão de Método:
Ao iniciar o Terceiro tópico, pergunte aos alunos o que eles entendem por
justiça. Dê um tempo para que eles exponham o que pensam . Ouça-os com atenção.
Em seguida, exponha o tópico conceituando a palavra justiça, destacando seu
aspecto reto, íntegro e honesto.
3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Viver a
retidão, a integridade e honestidade são desafios diante de um mundo
relativista. Por isso, mostre aos alunos as esferas concretas em que seremos
provados em nossa justiça: família, escola e universidade, trabalho, amizades
etc.
4- SUBSÍDIO AO
PROFESSOR
A) Revista Ensinador
Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos,
entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas. Na edição 89, p.37, você
encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais:
Ao final dos tópicos, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação
de sua aula:
1) O texto “O
Princípio Básico”, localizado ao final do segundo tópico, é uma reflexão a
respeito de como nosso Senhor compreendia a Lei;
2) O texto “ Sobre a
Justiça”, localizado ao final do terceiro tópico, há uma reflexão a respeito da
comparação da “justiça” de Jesus com a dos fariseus, bem como o padrão elevado
exigido de nós pelo nosso Senhor.
INTRODUÇÃO
Nesta lição,
estudaremos a respeito da relação de Jesus com a Lei e o que Ele deseja de seus
discípulos. Veremos que o Senhor Jesus cumpriu toda a Lei, destacaremos a
diferença entre a Letra da Lei e o Espírito e, finalmente, analisaremos a
justiça do Reino de Deus. No Sermão do Monte, podemos perceber, com clareza ,
que nosso Senhor não destruiu a Lei nem o ensino dos profetas, mas os cumpriu e
os aperfeiçoou. Assim , como seus seguidores, a nossa justiça deve transcender
a dos escribas e fariseus (Mt 5.20).
Palavra-Chave: JUSTIÇA
1- JESUS CUMPRIU TODA
A LEI
1- Um compromisso com o passado.
Quando nosso Senhor começou a ensinar, seu propósito nunca foi o de desconstruir tudo ou não valorizar o passado relativo aos ensinos da Lei e dos Profetas. A expressão “não pensem” revela exatamente isso (Mt 5.17 – NAA). Ora, Jesus sabia que o ensino da antiga dispensação era valioso, verdadeiro, bom e belo. Ele jamais ousara ser um revolucionário, portador de um espírito destrutivo , como o apóstolo Paulo também não (cf. Rm 3.31). Assim, aprendemos, com Jesus, que não é possível construir um futuro bom se não preservarmos as coisas boas que os antigos nos legaram.
2- Jesus não veio destruir a Lei.
Para muitos opositores, Jesus era um agitador, revolucionário,
destruidor da tradição recebida (Jo 5.15). Por isso, nosso Senhor foi alvo de
falsas acusações pelos seus críticos (Mt 26.59-61). Entretanto, os Evangelhos deixam
claro que Jesus ensinou sobre a justiça conforme o que Moisés, a Lei e os
profetas ensinaram. No lugar de enfraquecer a Lei, Ele devolvia o verdadeiro
sentido dela, já abandonado pelos mestres judeus (Mt 8.4; Mc 7.10; Lc 16.31; Jo
5.46 ). Jesus enfatizou o sentido perfeito da Lei (Mc 7.5-13). Ele mesmo, a
continuação da revelação divina, mostrava que essa revelação é progressiva para
a perfeição , não retrógrada nem estática. Nesse sentido, a fé e o ensino da
Palavra de Deus devem nos levar ao verdadeiro crescimento espiritual, com o bem
ensinou o salmista (SI 1.2,3; 119.1,97 ).
3- Jesus cumpriu e aperfeiçoou a lei.
O verbo “Cumprir” (Mt 5.17), do grego plêroô, traz a ideia
de tornar cheio, completar, encher até o máximo fazer abundar, fornecer ou suprir
liberalmente. Assim , a perspectiva pela qual Jesus cumpriu a Lei é que Ele lhe
deu perfeição, conforme nos revela essa expressão: “ […] foi dito aos antigos:
[…] Eu, porém , vos digo” (Mt 5.21,22). Ora, em momento algum Jesus conflitou
com as Escrituras do Antigo Testamento, mas as harmonizou plenamente. Por isso,
diferentemente dos escribas e fariseus, que usavam da Lei para abusar do povo
(Mt 23.4; Lc 11.4 6 ), o Senhor Jesus a aperfeiçoou (Mt 5.19). O que era visto
com a sombra cedeu espaço para a realidade do pleno cumprimento profético (Lc
4.16 -21). Em Jesus, o que era visto por meio do Decálogo e dos profetas,
concretizou-se fielmente em em nosso Senhor, conforme nos revela o escritor aos
Hebreus (Hb 1.1-3).
SINOPSE I
Jesus Apresentou um
compromisso com o passado, pois ele não veio destruir a lei, mas aperfeiçoá-la
AMPLIANDO O
CONHECIMENTO
A Lei “A lei revelava
a vontade de Deus quanto à conduta do seu povo (19.4-6; 20.1-17; 21.1-24.8 ) e
prescrevia os sacrifícios de sangue para a expiação pelos seus pecados (Lv 1.5;
16.33). A lei não foi dada com um meio de salvação com Deus (20.2). Antes, pela
lei Deus ensinou ao seu povo com o andar em retidão diante dEle como seu
Redentor, e igualmente diante do seu próximo.” Amplie mais o seu conhecimento, lendo
a Bíblia de Estudo Pentecostal, publicada pela CPAD, p.146.
II- A LETRA DA LEI, A
VERDADE DO ESPÍRITO
1- O que a expressão “letra da Lei” significa?
De acordo com as cartas de Paulo, a expressão “letra
da Lei” diz respeito ao Antigo Concerto. Essa letra expressa os desígnios de
Deus em forma de proibições escritas que revelam o pecado e levam à condenação,
como nos mostra Romanos 7.7-25. Em suma, dominado pela fraqueza da carne e sem
força, o homem seria levado à morte diante da letra da Lei. A função da Lei é
mostrar a malignidade do pecado e a impossibilidade do homem em salvar-se.
Nesse sentido, ela serviu com o paidagôgos (do grego), isto é, um pedagogo, um
guia, que nos levou a Cristo (Gl 2 4 ). Um exemplo que revela essa função é a
relevância dos profetas do Antigo Testamento para despertar o povo ao
verdadeiro arrependimento diante de Deus. Entretanto, o judaísmo transformou a
“letra da Lei” em um sistema de normas frias e sem vida.
2- A perspectiva teológica da Lei.
Para os judeus, a Lei apresentava sua completude por meio de
uma tríplice divisão: moral, cerimonial e judicial. A Lei Moral envolve os Dez
Mandamentos (Êx 20.1-17); a cerimonial refere-se à adoração do povo de Deus no
Tabernáculo e, posteriormente, no Templo (Êx 25.1-31.17); a judicial tem a ver
com diversas responsabilidades civis (individuais e sociais) (Êx 21.1-23.19).
Pelo sistema da antiga Lei, havia um falso entendimento de que o homem poderia
viver de maneira justa segundo o seu próprio mérito e que, por isso, seria
possível salvar-se. Ora, o apóstolo Paulo refutou sabiamente esse falso
entendimento (G1 2.16; T t 3.5). Em suas cartas, o apóstolo deixou bem claro
que o Senhor Jesus cumpriu toda a Lei e que, por isso, pôs fim ao Sistema de
Lei Mosaico, de modo que Ele oferece um novo e vivo caminho para se chegar a Deus
(Jo 14.6; Hb 10.19,20), uma nova aliança que concede justificação e paz ao
salvo (Rm 5.1).
3- A Lei e a verdade do Espírito.
Nosso Senhor cumpriu todo o Antigo Testamento, obedecendo
perfeitamente à Lei, cumprindo os tipos, sombras, símbolos e profecias. A causa
dessa realidade perfeita é a morte substitutiva de Jesus e, por isso, hoje, os
cristãos são declarados justos pelo mérito da obra de Cristo (Rm 3.21-26;
10.4). Em conformidade com esse evento salvífico, o apóstolo Paulo diz que a
letra mata, mas o Espírito vivifica (2 Co 3.6). Isso mostra que o Novo Concerto
revelou-se na pessoa de Jesus, que gera vida, e não mais na letra pesada da
Lei, que gera morte (Rm 6.23). Ou seja, de um código exterior de normas para um
código interior e dinamizado na vida pelo Espírito; de palavras registradas em
tábuas de pedra para palavras cravadas no coração. O Espírito Santo traz vida
em Cristo e grava a vontade de Deus em nossa consciência e coração (Rm 8.2; 1
Co 15.45 ; 1Tm 1.5).
4- Qual é o propósito da Lei para os discípulos de Cristo ?
Vimos que Jesus cumpriu toda a Lei. Nesse
sentido, cabe perguntar: há propósito da Lei para os cristãos? O apóstolo Paulo
responde essa questão mostrando que a Lei é santa (Rm 7.12), está estabelecida
(Rm 3.31), se cumpre no amor (Rm 13.8-10; Gl 5.14 ) e opera atualmente por meio
do Espírito Santo, que dinamiza a vida interior do cristão (Rm 8.2,9; Gl
5.6,25). Portanto, é Jesus Cristo quem impacta, aperfeiçoa e, por meio do Santo
Espírito, implanta no interior do crente o verdadeiro sentido da Lei (Gl
4.3-7).
SINOPSE II
Letra da Lei diz
respeito ao Antigo Concerto; a verdade do Espírito diz respeito a vida em
Cristo que grava a vontade de Deus no coração.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
“O Princípio Básico
Os oponentes de Jesus
o criticavam por não guardar as minúcias das observâncias tradicionais da lei
judaica.
Aqui Jesus deixa claro
que Ele não está ausente para destruir a lei, mas para cumpri-la e até
intensificá-la. Ele fixa padrões mais altos. Seu principal interesse é a razão
de a lei existir; Ele insiste que guardar a lei começa com a atitude do
coração. Por este princípio Jesus afirma simultaneamente o valor das pessoas e
da lei. Neste aspecto Ele cumpre a lei antecipada por Jeremias: ‘Porei a minha lei
no seu interior e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus, e eles
serão o meu povo’ (Jr 31.33b). Como sucessor de Moisés, Jesus dá a palavra
final na lei. Mas o que Ele quer dizer quando fala que cumpre a lei? Não
significa que Ele simplesmente a observa.
Nem quer dizer que Ele
anulou o Antigo Testamento e as leis (como sugerido por Márcion e os hereges
gnósticos). A obra de Jesus e sua Igreja está firmemente arraigada na história
da salvação. Em certo sentido, Jesus deu à lei uma expressão mais plena, e em
outro, transcendeu a lei, visto que Ele se tornou a corporificação do seu
cumprimento. Mateus vê o cumprimento da lei em Jesus semelhantemente ao
cumprimento da profecia do Antigo Testamento: O novo é como o velho, mas o novo
é maior que o velho. Não só o novo cumpre o velho, mas transcende. Jesus e a
lei do novo Reino são o intento, destino e meta final da lei” (ARRINGTON,
French L; STRONSTAD, Roger (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo
Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.44 ).
III- A JUSTIÇA DO
REINO DE DEUS
1- Quem é grande no Reino de Deus?
Mateus 5.18,19 mostra que são considerados ‘‘grande no Reino de
Deus” os que se acham fiéis e cumpridores de toda a lei de Cristo.
Consequentemente, são rebaixados à condição de menores os que negligenciam,
removem, separam, violam o menor dos mandamentos de Deus e não atentam para a
sua instrução , quer por omissão, quer por transgressão. Assim, como discípulos
de Cristo e cidadãos do Reino de Deus, devemos cumprir e ensinar a lei divina a
partir do poder do Espírito Santo que transforma, aperfeiçoa e concede-nos
graça e verdade (Jo 1.16,17).
2- A Justiça do reino de Deus.
A compreensão da justiça do Antigo Testamento, baseada no binômio
lei-obra, gerou orgulho pessoal e confiança nas próprias ações dos judeus para
justificarem a si mesmos. No Novo Testamento, há exemplos a esse respeito: o
jovem rico que agiu assim para atingir o supremo bem (Mt 19 .16 -26 ); o
fariseu que, por meio de sua justiça própria, achava-se melhor que o publicano
(Lc 18.9-17); o sacerdote e o levita que, firmados numa justiça própria, não
atentaram para a aflição do próximo (Lc 10.25-37). Mas Jesus ensina aos seus
discípulos que a nova justiça no Reino de Deus é interior, moral e espiritual e
não se trata mais daquela velha justiça exterior, cerimonial e legalista. Por
isso, a justiça exigida pelo Senhor Jesus aos seus discípulos é superior à dos
escribas e fariseus. É uma justiça mais sublime, elevada e interior. Essa
justiça só pode ser obtida mediante a fé, nos permitindo viver de maneira justa
e piedosa (Rm 3.21,22; Rm 8.2-5) e, assim, entrar no Reino de Deus.
SINOPSE III
O Sermão do Monte esclarece que as bem-aventuranças são a verdadeira felicidade para quem nasceu de novo.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
Sobre a Justiça
“[…] Os fariseus eram
zelosos em guardar tanto a lei escrita quanto a oral. Ao explicar o verdadeiro
significado da Palavra de Deus, Cristo estava prestes a revelar um a justiça
que ‘ultrapassava’ qualquer justiça que os fariseus imaginassem possuir,
guardando os mandamentos. Como cidadãos do Reino de Jesus, você e eu somos
chamados para viver uma vida justa. Mas devemos evitar o engano dos fariseus.
Não devemos confundir a verdadeira justiça, ou supor que, por fazermos
determinadas coisas e evitarmos outras, alcançamos elevada espiritualidade. O
que fazemos é importante, é verdade. Mas Deus está mais interessado no que
somos” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Devocional da Bíblia. 2.ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 2013, p.557).
CONCLUSÃO
Jesus não veio para
desfazer a Lei, nem viveu com um legalista. Porém, soube conservar o que havia
de bom na antiga Lei, dando-lhe uma nova dinâmica de vida. Nosso Senhor deseja
que nossas vidas sejam elevadas espiritualmente, semelhantes ao caráter e
conduta dEle, deixando de lado toda frieza espiritual e, aquecidos pelo
Espírito Santo, abraçando o verdadeiro Evangelho do Senhor Jesus Cristo.
VOCABULÁRIO
Binômio: que tem dois
nomes ou dois termos.
Estático: sem
movimento parado, imóvel.
Retrógada: que anda
para trás, não avança.
REVISANDO O CONTEÚDO
1- Segundo a lição, Jesus tinha o propósito de destruir a Lei?
Quando nosso Senhor começou a
ensinar, seu propósito nunca foi o de desconstruir tudo ou não valorizar o
passado relativo aos ensinos da Lei e dos Profetas.
2- Qual é a tríplice divisão da Lei?
Para os judeus, a Lei apresentava sua completude por meio de
uma tríplice divisão: moral, cerimonial, judicial.
3- De acordo com a lição, o que a letra da Lei expressa?
Essa letra expressa os desígnios de Deus
em forma de proibições escritas que revela o pecado e leva à condenação, como
nos mostra Romanos 7.7-25.
4– Como o Senhor Jesus cumpriu todo o Antigo Testamento?
Nosso Senhor cumpriu todo o Antigo
Testamento, obedecendo perfeitamente a Lei, cumprindo os tipos, sombras,
símbolos e profecias.
5- O que é a justiça no Reino de Deus?
Jesus ensina aos seus discípulos que a nova justiça no Reino de Deus é interior, moral e espiritual e não se trata mais daquela velha a justiça exterior, cerimonial e legalista.
ENSINADOR CRISTÃO, 89, Página 37
Um dos
temas mais importantes que aparece no estudo da relação entre Jesus e a Lei é o
da Justiça. Nesta lição, teremos uma visão ampla de como deve ser o caminho de
justiça do discípulo de Jesus, segundo a relação do Mestre com a Lei. Nesse
sentido, o que se espera do discípulo de Cristo é um caminho de justiça mais
elevado do que o dos fariseus. Mas qual é a diferença entre a justiça dos
fariseus e dos seguidores de Jesus?
A Justiça
conforme Jesus
O teólogo
James Shelton, na obra Comentário Pentecostal Novo Testamento, aponta que
Mateus é o único evangelista sinótico a usar o termo "justiça".
Segundo Shelton, o termo hebraico de justiça tinha a ver com comportamento,
vida e conduta, ou seja, era uma "exigência ética e uma dotação graciosa
para ser vivenciada". O teólogo ainda afirma que o evangelista Mateus
conservou fielmente esse conceito em seu livro.
Por isso,
na perspectiva bíblica, afirmamos que a palavra justiça tem a ver com a
retidão, a integridade, a honestidade, ou seja, tudo o que caracteriza um
justo. Por isso, nosso Senhor nos convida a cultivar a virtude da retidão, da
integridade e da honestidade para viver a justiça do Reino de Deus.
Para
vívenciar essa a justiça, não se pode fazer como os fariseus. Não se pode
praticar apenas comportamentos exteriores, se o interior está descolado do
exterior. Não é possível confessar com os lábios sem revelar a verdade do
coração (Mt 15.8).
O teólogo
Lawrence Richards, na obra Comentário Devocional da Bíblia, confirma que o
nosso Senhor revelou um tipo de justiça que "ultrapassava qualquer justiça
que os fariseus imaginassem possuir". Para viver essa justiça de Jesus é
preciso evitar o engano dos fariseus. E o que é esse engano? Fazer apenas atos
piedosos exteriormente para ser notado, sem que aja verdade no coração. E
quando se pratica algo publicamente, mas na vida privada há desvio do que o
Reino de Deus dimensiona como reto, corretos e honestos. Foi exatamente esse
princípio de justiça que nosso Senhor demonstrou a respeito do adultério e do
pensamento de lassidão da pessoa (Mt 5.27,28).
Aplicação
É muito importante que a classe tenha o perfeito
entendimento a respeito da justiça conforme nosso Senhor ensinou. Enfatize as
virtudes da integridade, honestidade e retidão. Mostre que tudo o que fazemos,
principalmente na obra de Deus, deve estar plenamente coerentes com o nosso
coração diante de Deus.
Pb. Rogério Faustino
Neweb