TEXTO
PRINCIPAL
“E
percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas, e pregando o
evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo.”
(Mt 4.23)
RESUMO
DA LIÇÃO
A
jornada com Jesus de Nazaré é um convite ao melhoramento contínuo.
LEITURA
SEMANAL
SEGUNDA – Mt 4.19 A santa convocação
Jesus lhes disse: — Venham comigo, e eu os farei pescadores de gente.
TERÇA – Rm 12.2 Mudar para ser quem somos
E não vivam conforme os padrões deste mundo, mas deixem que Deus os transforme pela renovação da mente, para que possam experimentar qual é a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
QUARTA – Mt 10.19 Capacitados para proclamar
E, quando entregarem vocês, não se preocupem quanto a como ou o que irão falar, porque, naquela hora, lhes será concedido o que vocês dirão.
QUINTA – Fp 3.8 Perdendo tudo para ganhar o que importa
Na verdade, considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor. Por causa dele perdi todas as coisas e as considero como lixo, para ganhar a Cristo
SEXTA – 1 Co 9.16 O imperativo da evangelização
Se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho!
SÁBADO – 2 Co 3.18 Conhecendo a glória de Cristo
E todos nós, com o rosto descoberto, contemplando a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, que é o Espírito.
OBJETIVOS
•
EXPLICAR o chamado de Jesus Cristo para os seus filhos(as);
•
SABER que a vida cristã é feita de escolhas;
•
MOSTRAR aspectos da nossa jornada ao lado de Jesus Cristo.
INTERAÇÃO
Prezado(a)
professor(a), na lição deste domingo estudaremos a respeito do chamado de Jesus
Cristo para todos os seus filhos(as). Os primeiros discípulos foram desafiados
pelo Mestre a largar a segurança da rotina de suas vidas para uma vida de
renúncia e sacrifício. Jesus escolheu doze discípulos e alguns deles eram
pescadores, homens simples, imersos na dureza da vida, mas com uma grande
responsabilidade: ajudar o Mestre na divulgação do Reino de Deus. Jesus também
chamou você para uma missão especial. Qual a sua resposta diante do chamado
dEle para sua vida? Saiba que todo discípulo tem algo a abandonar e que a
caminhada com Jesus exige renúncia em vários aspectos da vida e também
aprendizado.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Professor(a),
reproduza o quadro abaixo. Utilize-o para mostrar aos alunos algumas das
principais características dos primeiros discípulos de Jesus.
NOME
CARACTERÍSTICA
PRINCIPAIS
Simão
Pedro Impulsivo;
mais tarde se mostrou corajoso ao pregara respeito de Jesus.
Tiago
Ambicioso, crítico mais profundamente comprometido
com Jesus.
João
Ambicioso.
Mais tarde tomou-se um discípulo muito amoroso.
André
Anelava levar outros a Jesus.
Filipe
Questionador
Bartolomeu
Honesto e sincero
Mateus
Desprezado e
proscrito por causa de sua corrupta profissão.
Tomé
Coragem e dúvida.
Tiago
(filho de Alfeu) Desconhecidas.
Tadeu
(Judas, filho de Tiago) Desconhecidas.
Simão,
o Zelote Extremamente
patriota
Judas
Iscariotes Traiçoeiro
e ambicioso.
Extraído
da Bíblia de Estudo e Aplicação Pessoal CPAD.
TEXTO
BÍBLICO
Mateus
4.19-22
19.
E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens,
20.
Então, eles, deixando logo as redes, seguiram-no.
21.
E adiantando-se dali, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e João,
seu irmão, num barco com Zebedeu, seu pai, consertando as redes; e chamou-os.
22.
Eles, deixando imediatamente o barco e seu pai, seguiram-no.
INTRODUÇÃO
A
narrativa de Mateus a respeito da trajetória de Jesus, se inicia com uma forte
ênfase na vocação daqueles que viveram como discípulos do Mestre. Para um
leitor desatento, a radicalidade do convite lançado por Cristo, pode até passar
despercebido. Entretanto, basta nos colocarmos no Lugar daqueles que foram
desafiados a abandonar a segurança da rotina de suas vidas que compreenderemos
parte do nosso desafio na sociedade atual. Menos mundo, mais Cristo! É o que
vamos tratar na lição deste domingo.
I-
MAIS QUE UM CHAMADO: UM RETORNO
1-
É preciso uma poderosa transformação para sermos seguidores de Jesus.
O
registro da vocação de Pedro, João, André e Tiago, os pescadores da Galileia, é
um dos momentos mais emblemáticos dos Evangelhos (Mt 4.18- 25; Mc 1.14-20; Lc
5.1-11). Tanto porque eles são os primeiros daquela geração a quem Cristo
convida para segui-Lo, como pela estratégia adotada pelo Salvador para o
chamamento deles. Eram homens experimentados na arte da pescaria e que tinham
plena convicção de que aquilo que havia acontecido era fruto de um ato
sobrenatural (Lc 5.7). A prova é que Pedro se humilha imediatamente diante
daquEle que ele reconheceu como portador da glória divina (Lc 5.8.9). É nesse
cenário de perplexidade que Jesus lança o maravilhoso convite aos pescadores:
venham comigo exercer o verdadeiro trabalho para o qual vocês foram criados
pelo Eterno. Que trabalho é este? Acolher pessoas nas redes do amor de Deus (Mt
419; Mc 1.17; Lc 5.10). Assim é o convite do Evangelho, devemos mudar tudo para
sermos seguidores de Jesus (Rm 12.2).
2-
O amor nos escolheu.
O
que havia de especial naquela equipe de pescaria? Nada! Não existia algo mais
comum, naquela época, que um grupo de homens que trabalhassem no mar. Sim. os
primeiros apóstolos viviam na obscuridade, imersos na dureza da vida cotidiana,
mas a luz do Evangelho lhes é apresentada (2 Co 4.4) e o Reino lhes é manifesto
(Ef 3.5). Se a missão de Jesus passava pela salvação do mundo, a decisão mais
óbvia seria construir uma equipe que fosse formada por peritos no assunto, no
contexto de Jesus: sacerdotes, escribas e fariseus. Mas o Mestre contraria
todas as expectativas e opta por escolher gente sem formação religiosa formal (At
4.13). contudo, com corações quebrantados. Não foi uma seleção arbitrária,
antes foi uma decisão meticulosamente tomada com a intenção de obter o melhor
resultado possível para a Glória de Deus (Jo 15.16). Sim, assim como eles, nós
não merecemos nada, tudo é graça e amor (2 Ts 2.16), e por isso mesmo devemos
valorizar em grande estima o ministério que temos recebido do Altíssimo (2 Co
37-9). Se Jesus chamou você, que se sente pecador e limitado, para uma
inacreditável tarefa, siga-o! Ele bem sabe as escolhas que faz.
3-
O convite para viver a serviço do Reino.
Não
houve uma detida explicação de Jesus aos primeiros discípulos. Os admirados
pescadores não receberam um contrato com garantias e benefícios, eles foram
simplesmente convidados: abandonem tudo e venham comigo para fazer coisas
grandiosas para Deus! As repercussões que nasceriam a partir daquela manhã que
parecia tão comum eram inimagináveis. Mas, o poder da revelação de Cristo foi
tamanho, que Pedro, André, João e Tiago não hesitaram, seguiram ao desconhecido
pregador imediatamente. E você, está disposto(a) a priorizar o Reino de Deus em
sua vida? Você conhece Jesus o suficiente para ir agora com Ele a qualquer
lugar e fazer o que Ele mandar?
PENSE!
Você
está disposto(a) a priorizar o Reino e seguir o Mestre?
PONTO
IMPORTANTE!
Quem
não está disposto a seguir Jesus a qualquer lugar não sabe quem Ele é.
SUBSÍDIO
1
“Prezado(a)
professor(a), explique aos alunos que “Jesus disse a Pedro e a André que
deixassem de ser pescadores de peixes e passassem a ‘pescar’ pessoas,
ajudando-as a encontrar Deus. Jesus os chamou para abandonarem o comércio
produtivo e serem espiritualmente produtivos. Todos nós precisamos ‘pescar
almas’. Se praticarmos os ensinamentos de Cristo e compartilhamos as Boas Novas
com os outros, poderemos atrair os que estão à nossa volta para Jesus, como um
pescador atrai os peixes com o auxílio de iscas.” (Bíblia de Estudo Aplicação
Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD. p. 1221.)
II-
A VIDA CRISTÃ É FEITA DE ESCOLHAS
1-
Sempre existe uma escolha.
Os
Evangelhos apontam que a natureza do chamado divino sempre é convidativa, nunca
é uma imposição. É claro que Pedro e seus amigos pescadores poderiam rejeitar a
proposta de Jesus, o jovem rico fez isso (Mc 10.22), os gadarenos (Mc 5.17) e
também os habitantes de Cafarnaum (Mt 13.58). É lógico que Jesus é e será
sempre a melhor decisão de nossas vidas, mas infelizmente, muitas vezes as
pressões externas tentam sabotar nosso relacionamento com o Salvador, tentando
nos levar a uma postura dúbia com relação ao Reino e nossas responsabilidades
espirituais. Todas as vezes que o Espírito Santo mobilizar nossos corações, que
possamos estar atentos à voz divina e que assim sigamos o Mestre no caminho que
Ele tem preparado para cada um de nós (Hb 3.15).
2-
A natureza missiológica da vocação.
O
Reino de Deus é um projeto para todos, por isso, sempre que alguém é alcançado
pelo Evangelho de Cristo tal pessoa é mobilizada por um ímpeto evangelístico
(Mc 16.15). Assim como não existe “Cristianismo egoísta”, também não há cristão
incapaz de falar das glórias do amor do Salvador. Esse tipo de princípio nos
leva a refletir a respeito de nossa prática evangelística. Ora, estamos
preocupados apenas com os nossos planos e viramos as costas para os perdidos?
Um cristão que não sente o mover do Espirito o impulsionando para conduzir
outros ao amor de Deus, não é cristão e não possui de fato uma experiência
salvífica com o Redentor que morreu no Calvário (1 Co 9.16). No caso de André e
João, a bênção do Evangelho não ficou restrita a eles, mas também ao seu
entorno, de tal modo que ainda nos instantes iniciais de sua fé em Cristo eles
puderam abençoar também a vida de outras pessoas. Caso de grande semelhança é o
da mulher de Samaria (Jo 4.28-30).
3-
Esteja preparado para as renúncias.
O
prêmio que o Evangelho traz implica em muitos abandonos e perdas. Nunca fomos
enganados. Desde sempre fomos avisados sobre as tributações que enfrentaríamos
em virtude do relacionamento sincero que teríamos com Cristo (Jo 16.33)- Paulo,
por sua vez, também nos anuncia que a situação daqueles que se dedicarem de
modo autêntico a Jesus e seu Reino não serão aplaudidos pelo mundo, nem
receberão os louros da história (2 Tm 3.12). Todavia, tudo vale a pena em nome
de um relacionamento e conhecimento intenso com o nosso Pai Celeste (Fp 3.8).
Os pescadores perderam, de imediato, a estabilidade de suas vidas, o aconchego
de seus lares e familiares, contudo, eles seguiram em uma jornada incrível.
PENSE!
Somos
chamados para ser dinâmicos e ativos no Reino de Deus.
PONTO
IMPORTANTE!
Para
um cristão, perder faz parte da grande jornada que é ganhar o Reino.
SUBSÍDIO
2
Professor(a).
Explique que “trabalhar para Cristo, como a Bíblia o requer, significa
tributar-lhe. em obras sacrificiais. toda a nossa afeição e amor. O serviço
cristão é imprescindível para o nosso crescimento espiritual sem ele. pode
haver até Cristianismo: seguidores do Nazareno, não,’ (ANDRADE, Claudionor As
Disciplinas da Vida Cristã: Como Alcançar a Verdadeira Espiritualidade. Rio de
Janeiro: CPAD. 2008. p. 70)
III-
A NOSSA JORNADA AO LADO DO MESTRE
1-
Por que era necessário segui-Lo?
Essa
resposta pode ser respondida de modo muito objetivo: porque viver com Jesus é
inefável, indescritível e inexprimível. Segundo o texto de João 21.25 “há,
porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez; e, se cada uma das quais fosse
escrita, cuido que nem ainda o mundo todo poderia conter os livros que se
escrevessem”. Tudo o que disseram sobre Ele é suficiente para revelar a graça
da salvação. Mas seria apenas uma pequena fração de tudo aquilo que poderia ser
dito sobre quem é e o que fez Jesus nosso Sacerdote Em um período de
comunicações precárias, a vivência da experiência cristã era algo fundamental,
pois somente aqueles que tivessem a oportunidade de contemplar a magnitude do
ministério de Jesus poderiam depois olhar-se como dignos embaixadores. O
privilégio dos olhos que viram os milagres, dos pés que caminharam junto ao
Mestre da Galileia, deve nos entusiasmar também buscar nossas experiências
pessoais com o Salvador, sempre tendo as Escrituras como nosso paradigma
insubstituível.
2-
A dinamicidade da proclamação do Reino.
O
testemunho dos pescadores da Galileia nos serve de referência para compreender
uma característica fundamental do anúncio do Evangelho: quando “o Verbo se fez
carne e habitou entre nós”, Ele veio para ser mais do que mera retórica (Jo
1.1-14). Em um mundo como o nosso, é urgente que o Cristianismo seja mais do
que enunciados vazios. O Evangelho é o anúncio da salvação que se constitui
como saúde, libertação e esperança para a humanidade (1 Ts 1.3). A mensagem de
Cristo nunca foi apenas um amontoado de teses, ela é poder que salva e
transforma vidas. Onde o Filho de Deus andava, Ele trazia milagres, curas e
libertações (Mt 4.23-25). Em resumo: alegria perene e verdadeira a todas as
pessoas. Que fique bastante claro que a exaltação de aspecto supérfluo no
contexto cristão, idolatria a famosos e busca de fama etc, não têm qualquer
valor no Reino. Todavia, as orações, intercessões e visitas que os anônimos
realizam por amor a Jesus são importantíssimas aos olhos do Redentor.
3-
Aprendendo no caminho.
O
princípio judaico de Provérbios 22.6 também tem validade para a fé Cristã, dito
de outra forma, a melhor maneira de ensinar algo a alguém é dedicando atenção,
tempo e respeito a essa pessoa. Por isso, Pedro e seus amigos foram convidados
a uma jornada, pois o que eles teriam de aprender era tão importante que
demandava aquilo que os escribas e fariseus não conseguiam transmitir em suas
lições nas sinagogas: amor e misericórdia. Esse é o cerne de nossa fé, andar
com Jesus e assim realizar obras para a glória dEle. O convite de Jesus não é
para uma mudança de religião, e sim, para ser uma nova criatura: ‘Assim que, se
alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que
tudo se fez novo” (2 Co 5.17).
PENSE!
Seguir
a Jesus é a essência do Evangelho.
PONTO
IMPORTANTE!
Não
seja adepto de uma religião, seja seguidor de Cristo.
SUBSÍDIO
3
“Antes
de ascender aos céus, o Senhor Jesus comissionou os discípulos a pregarem o
Evangelho até os confins da terra” (Mt 28.18,19). A igreja que não evangeliza
não experimentou ainda a beleza do Serviço Cristão. Portanto, somos
constrangidos a demonstrar o amor de Deus, proclamando Cristo a todas as
nações.” (ANDRADE, Claudionor. As Disciplinas da Vida Cristã. Como Alcançar a
Verdadeira Espiritualidade. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p. 75.)
CONCLUSÃO
Todo
discípulo tem algo a abandonar. Conscientize-se de que a caminhada com Jesus
exige a renúncia de aspectos de sua vida que podem parecer importantes.
Contudo, quando comparados à superioridade de um relacionamento com o Salvador
demonstram-se fúteis e frívolos. Não se esqueça de que a melhor maneira de
ensinar algo a alguém é dedicando atenção, tempo e respeito a essa pessoa.
HORA
DA REVISÃO
1-
Por que em tantos textos e contexto a Bíblia fala de mudança pessoal,
transformação?
Porque
o pecado deformou a imagem de Deus em nós, por isso, é necessário mudar para
sermos quem realmente somos.
2-
Seguir a Jesus é uma escolha?
Os
Evangelhos apontam que a natureza do chamado divino sempre é convidativa, nunca
uma imposição.
3-
É possível ser cristão descuidado quanto à natureza missiológica do
chamado?
Não!
Assim como não existe “Cristianismo egoísta” também não há cristão incapaz de
falar das glórias do amor (Mt 10.19).
4-
O seguir a Jesus com fidelidade implica isenção de dores e sofrimentos?
Não!
O prêmio que o Evangelho traz, implica, necessariamente, muitos abandonos e
perdas.
5-
Qual o cerne da nossa fé?
O
cerne da nossa fé, andar com Jesus e assim realizar obras para a glória dEle.
Pb. Rogério Faustino
Neweb
Compromisso com a Palavra