TEXTO ÁUREO
“Vos sois o sal da terra; […] Vós sois a luz do
mundo” (Mt 5.13,14)
VERDADE PRÁTICA
A influência dos cristãos na sociedade é
inevitável. Do ponto de vista bíblico, o mundo não pode estar indiferente aos
verdadeiros seguidores de Cristo.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Cl 4.6 Nossas palavras devem ser
temperadas com sal
Terça – Lc 14.34-35 Não podemos perder a relevância
Quarta – Tg 1.17; Sl 104.2 Deus, o Pai das luzes
Quinta – Jo 15.8; 1Pe 2.12 A luz como um testemunho
verdadeiro de boas obras
Sexta – 2Co 4.7 Um tesouro em vaso de barro
Sábado – Ef 5.15 Andando com prudência e bom senso
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Mateus 5.13-16
13 – Vós sois o sal da terra; e, se o sal for
insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta, senão para se lançar
fora e ser pisado pelos homens.
14 – Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder
uma cidade edificada sobre um monte;
15 – nem se acende a candeia e se coloca debaixo do
alqueire, mas, no velador, e dá luz a todos que estão na casa.
16 – Assim resplandeça a vossa luz diante dos
homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está
nos céus.
Hinos Sugeridos: 9, 11, 16 Harpa Cristã
PLANO DE AULA
1- INTRODUÇÃO
A proposta desta lição é estudar sobre a
importância de nossa influência com o cristãos no mundo. Assim, analisaremos
esse assunto a partir das metáforas do sal e da luz presentes no Sermão do
Monte. Deus conta conosco para influenciar o mundo atual e, por isso, não
podemos deixar de “salgá-lo”, bem como de “iluminá-lo”. O Evangelho nos chama
para isso.
2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Apontar a função do sal;
II) Destacar a função da luz;
III) Refletir a respeito da influência dos
discípulos de Cristo no mundo.
B) Motivação: Que tipo de influência você tem
exercido nos lugares em que mora, estuda ou trabalha? Perguntas como esta são
importantes para tornar mais concreto o assunto em estudo. O ensino do sal da
luz requer de nós a adoção de uma postura influenciadora.
C) Sugestão de Método: Você pode pesquisar por meio
de livros de história da Igreja e tomar exemplos cristãos que influenciaram a
nossa história. Sugerimos que você pesquise nomes como William Wilberforce,
John Wesley e outros. A partir desses exemplos, a lição pode ser mais bem
aplicada.
3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Sugerimos que, ao final da aula, e a
partir dos exemplos abordados na lição, você desafie seus alunos a um a
resolução pessoal de tomar com o propósito de vida o ensinamento do Sermão do
Monte no sentido de serem “sal” e “luz” em cada esfera de atuação.
4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas. Na edição 89, p.37» você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final dos tópicos, você
encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:
1) O texto “A Luz do Mundo”, localizado ao final do
segundo tópico, é uma abordagem Bíblica a respeito da Imagem da “luz” no texto
do Sermão do Monte;
2) O texto “Cem Anos depois”, inserido ao final do
terceiro tópico, traz uma reflexão de Justino Mártir a respeito do impacto do
Reino de Deus no mundo.
Palavra-Chave: INFLUÊNCIA.
INTRODUÇÃO
Nesta lição, enfatizaremos o papel de “sal e luz”
que o cristã o deve ter no Mundo. Não basta denominar-se ser cristão, mas sim
fazer a diferença no lugar onde vivemos. Por isso , tomaremos duas metáforas
pelas quais Jesus ensinou a respeito da relevância de seus discípulos no mundo:
o sal e a luz. Como está ilumina o lugar de trevas, e aquela tempera e conserva
o alimento, somos chamados a influenciar o mundo atual.
I- O SAL TEMPERA E CONSERVA
1– Definição.
Na Bíblia a palavra “sal” aparece com
o substância branca usada com o tempero (Jó 6.6; Mc 9.50), remédio e
conservante (Ez 16.4). No grego bíblico, há pelo menos quatro significados para
a palavra halas, substantivo neutro para sal:
1) como tempero;
2) como substância fertilizante para a terra
arável;
3) como substância que conserva os alimentos da
deterioração;
4) como sabedoria e graça no discurso (Cl 4.6 ).
2- A importância do sal.
Podemos dizer que o sal
tem a função de dar sabor, pois um alimento na medida certa de sal é saboroso
(Jó 6.6). Essa função simboliza a vida moderada, equilibrada, de modo que traz
uma ideia de boa influência do crente sobre o mundo. Outra função do sal é a de
preservar o alimento da deterioração. Quando não havia tecnologia de
refrigeração, preservava-se a carne esfregando-a no sal e deixando-a na
salmoura. Essa função traz uma ideia de oposição ao mundo, pois os cristãos,
como sal, são “esfregados” num mundo em processo de apodrecimento moral e
espiritual (1 Jo 5.19).
3- O cristão com o sal.
Como cristãos, devemos
influenciar o mundo que se encontra em estado de podridão espiritual (Lc
14.34,35). Nesse aspecto, o cristão deve expressar os valores morais e
espirituais do Evangelho em sua vida, opondo-se aos valores do mundo. Não
esqueçamos, portanto, de nossa identidade verdadeira na relação que temos com
este mundo, de acordo com as palavras de nosso Senhor: “vós sois o sal da
terra”.
SINOPSE I
O sal tem as funções respectivas e dá Sabor e
conservar os alimentos. À luz dessa imagem, somos chamados a influenciar a
sociedade.
II- À LUZ ILUMINA LUGARES EM TREVAS
l- Conceito físico em metafórico.
A luz procede dos
corpos celestes (própria, estrelas; refletida; lua, planetas etc.) que traz
claridade e, por isso, é capaz de iluminar os objetos e torná-los visíveis.
Assim, a lâmpada emite luz, o fogo espalha a luz. Enfim, a luz ilumina tudo e,
portanto, não deixa lugar para trevas. Do ponto de vista bíblico, a luz pode
ser aplicada metaforicamente a Deus (Sl 104.2; Tg 1.17); a Jesus (Jo 1.4-6); à
Palavra de Deus (Sl 119.105); aos discípulos de Cristo (Mt 5.14).
2- O cristão como luz.
Nas palavras de Jesus não há dubiedades. Observe que Ele não disse: vos elevais ser a luz; mas sim; vós sois a luz. No Reino de Deus, o que se espera do cristão é que seja e viva como luz deste mundo. Ao referir-se ao crente como luz, Jesus faz menção às boas obras produzidas por cada um de nós. Essas obras se caracterizam pelos atos de amor e fé manifestos na vida do crente por meio de um testemunho verdadeiro diante dos homens (Jo 15.8; 1 Pe 2.12). Logo, a vontade de Deus é que as nossas boas obras resplandeçam como luz e sejam vistas por todos os homens e estes glorifiquem a Deus (Mt 5.16).
3- A luz em lugares de trevas.
Quando disse que não
se pode esconder uma cidade edificada sobre o monte, Jesus referia-se à
impossibilidade de esconder o brilho da luz. No Reino de Deus, cada crente é um
a luz que brilha no mundo o tempo todo. Nesse sentido, a natureza de quem
passou pelo Novo Nascimento é espalhar a “luz do mundo” por meio da própria
vida. Por isso, o crente deve estar no lugar para o qual foi chamado, fazendo
brilhar a luz por intermédio da boa obra (Mc 4.21; Lc 8.16; cf. Mt 5.14-16).
Entretanto, é preciso atentar para esta verdade bíblica: o cristão não pode
manter sua vida com o luzeiro pela própria força, mas por intermédio do
Espírito Santo que o fortalece (Mt 25.4; At 7.55).
SINOPSE II
A luz um ambiente em Trevas. À luz desta imagem,
somos convidados a fazer com que, por meio de um sincero testemunho, as nossas
boas obras sejam vistas pelos homens e estes glorifiquem a Deus.
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
O Sal “O ensino rabínico associava a metáfora do
sal com a sabedoria. Esta era a intenção de Jesus, visto que a palavra grega
traduzida por ‘nada mais presta’ tem ‘tolo’ ou ‘louco’ com o seu significado
radicular. É tolice ou loucura os discípulos perderem o caráter, já que assim
eles são imprestáveis para o Reino e a Igreja, e colhe desprezo de ambos”.
Amplie mais o seu conhecimento lendo o Comentário Bíblico Pentecostal Novo
Testamento, publicado pela CPAD, p.43.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
“A luz do mundo (5.14-16).
As cidades antigas eram construídas com calcário
branco, e desta forma reluziam com a luz do sol. Lâmpadas eram mantidas acesas
nas casas durante toda a noite, dispostas em lugares altos. As duas imagens nos
lembram de que a ‘luz’ não deve ficar escondida. Cristo deixa clara sua
analogia. Os atos justos dos cidadãos são as luzes que fazem o reino visível a
todos. Uma vez mais, nós vemos que o Reino dos Céus é um reino interior, que
pode ser visto e deve ser procurado em todos os seus cidadãos” (RICHARDS,
Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro:
CPAD, 2012, p.25).
III- DISCÍPULOS QUE INFLUENCIAM
1- Sendo “sal”.
O sal não aparece, pois atua de
maneira oculta e silenciosa. Essa referência nos ensina que, antes de
testemunharmos publicamente, é preciso renovar o “homem interior” (2 Co 4.16).
Ou seja, antes de propagar uma mensagem pública, ela precisa ser verdadeira
dentro de nós. Nesse sentido, o nosso testemunho não será titubeante. Assim, o
sal poderá estar fora do saleiro, espalhando-se por todo o mundo.
2- Sendo “luz” .
Como luz, o cristão deve “brilhar”
na família, na escola ou na universidade, no trabalho e em toda a sociedade. Os
seguidores de Jesus não podem se esconder. Eles são chamados a andar na luz com
o na luz Deus está (1 Jo 1.7). Logo, se o nosso caminho é luz, não pode haver
trevas. Nesse caminho não há lugar para escuridão , pois o caminho de Deus é de
luz que reflete sob sua Palavra (SI 119.105).
3- A influência cristã.
Paulo disse que temos um tesouro em vasos de barro (2Co 4.7). Esse tesouro é a verdade do Evangelho. Nós devemos porta-la como bandeira num mundo que inteiramente jaz no Maligno (1 Jo 5.19). Com isso, influenciar a sociedade não significa que o crente seja excêntrico ou ostente alguma coisa. Pelo contrário! A postura de quem é sal e luz é a de um embaixador de uma pátria (2 Co 5.20), cujas referências são a longanimidade, a mansidão e a moderação, bem como outras virtudes do Fruto do Espírito (G1 5.22-24). Portanto, o modo de viver por meio de uma nova vida, e da prática de boas obras, levará os homens a glorificar a Deus. Ouçamos, pois, o conselho de Paulo: “ veja prudentemente com o andais” (Ef 5 -15).
SINOPSE III
Os cristãos são chamados a influenciar o mundo em
que vivemos, pois somos sal e luz.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
“Cem anos depois Justino Mártir, nascido em 100
d.C., escreveu a sua Apologia, […] a respeito do impacto do Reino de Deus no
compromisso cristão, ele tem a dizer o seguinte:
Ao ouvir que procuramos um reino, você imagina, sem
fazer nenhum a pergunta, que estamos falando de um reino humano; porém estamos
falando daquele reino que é de Deus, que também é mencionado na confissão de fé
feita por aqueles que são acusados de serem cristãos, embora saibam que a morte
é a punição daqueles que o confessam .
Pois se procuraremos um reino humano, também
deveríamos negar o nosso Cristo, para que não fôssemos mortos; e tentaremos
escapar à detenção, para obtermos aquilo que esperamos. Mas com o os nossos
pensamentos não estão fixados no presente, não nos preocupamos quando os homens
nos matam , uma vez que a morte também é uma dívida que precisa, de qualquer
modo, ser paga ” (RICHARDS, Lawrence O Comentário Histórico-Cultural do Novo
Testamento. Rio de Janeiro : CPAD, 2012, p.24).
CONCLUSÃO
Neste mundo dominado pelas trevas do pecado, só
mesmo a influência dos servos de Cristo para promover a verdadeira mudança. É
preciso que a luz divina brilhe a partir de nós para que todos vejam as nossas
boas obras e glorifiquem o Pai. Mas também é preciso lembrar de que sem um
verdadeiro testemunho o Evangelho não será levado a sério entre os homens.
Entretanto, se o cristão mostrar uma vida verdadeiramente transformada, sincera
e sem artificialismo , exerceremos o nosso papel de sal da terra e luz do
mundo.
VOCABULÁRIO
Excêntrico: extravagante, fora dos padrões normais.
Ostentar: exibir, alardear.
Salmoura: Conservação de alimentos em sal.
Titubeante: hesitante, vacilante.
REVISANDO O CONTEÚDO
1- Qual a definição de sal?
A palavra “ sal”
aparece com o substância branca usada com o tempero (Jó 6.6; M c 9.50), remédio
e conservante (Ez 16.4).
2- Quais as duas funções do sal, segundo a lição?
Dar sabor e preservar os alimentos.
3- O que se espera do cristão no Reino de Deus?
No
Reino de Deus, o que se espera do cristão é que “seja” e “ viva” como luz deste
mundo.
4- Para qual verdade bíblica o crente deve atentar?
O cristão não pode manter sua vida com o luzeiro pela própria força, mas por
intermédio do Espírito Santo que o fortalece.
5- De maneira concreta, qual o lugar em que o crente deve brilhar como luz?
Como luz, o cristão deve brilhar na família, na
escola ou na universidade, no trabalho e em toda a sociedade.
ENSINADOR CRISTÃO, 89, Página 37
Que tipo de influência nossos alunos estão exercendo sobre o mundo? Ou eles se deixam influenciar? A lição de hoje é uma excelente oportunidade para analisar o modo de viver cristão no mundo concreto. As duas imagens que o Senhor Jesus usou no Sermão do Monte é um forte apelo para a nossa influência ativa no mundo em que vivemos. O sal e a luz possuem funções essenciais para seus devidos propósitos.
Sal e Luz
Na
lição, vimos a dupla função do sal: temperar e conservar. Sim, nosso Senhor
conta conosco para trazer boas novas às pessoas que estão perdidas na vida e
que caminham para a destruição. Os desafios são imensos. Ao mesmo tempo, somos
chamados para dar uma dimensão moral clara ao mundo por meio de nosso
comportamento. Se há um apodrecimento moral no mundo, o cristão está lá para
deter esse processo. E como isso acontece? Quando um pecador, acostumado na
prática de seu pecado, tem um encontro vivo com Jesus e, então, suas dimensões
- espiritual e moral - se transformam poderosamente. Ele passa pelo processo do
novo nascimento. Seus valores não são mais da terra, mas do céu.
A
respeito da luz, o teólogo Lawrence Richards, na obra Comentário
Histórico-Cultural do Novo Testamento, escreve: "Os atos justos
dos cidadãos são as luzes que fazem o reino visível a todos. Uma vez mais, nós
vemos que o Reino dos Céus é um reino interior, que pode ser visto e deve ser
procurado em todos os seus cidadãos". Sim, aqui falamos de valores que
fundamentam o agir do cristão. Esses valores são celestiais. Ainda, o mesmo
teólogo, agora citando Justino Mártir, um grande teólogo do século II, quando
este explica porque os cristãos primitivos entregavam a própria vida para a
morte segundo o fundamento que sustentava a vida desses verdadeiros cristãos,
conforme este trecho: "os nossos pensamentos não estão fixados no
presente, não nos preocupamos quando os homens nos matam, uma vez que a morte
também é uma dívida que precisa, de qualquer modo, ser paga". Ou seja, os
valores que regiam os cristãos do passado, como devem reger os do presente, são
os valores bíblicos atemporais, conforme descritos no Sermão do Monte. As
imagens do sal e da luz são as formas visíveis desses valores.
Aplicação
Após estudarmos a lição, o que se espera do cristão é que ele
passe agir de maneira consciente de sua missão: salgar e iluminar onde estiver.
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