Lição 13 Jovens 2021 1º Trimestre - Para Que Creias Que Jesus é o Filho de Deus 27 de março de 2022 - Pb. Rogério Faustino
TEXTO PRINCIPAL
“Estes, porém, foram escritos para que creiais que
Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu
nome.” (Jo 20.31)
RESUMO DA SEMANA
Não será por evidências ou argumentos filosóficos
que as pessoas serão salvas, mas pela pregação do Evangelho no poder do
Espírito Santo
LEITURA SEMANA
SEGUNDA – Jo 20 .1-10 A ressurreição
TERÇA – Jo 20.11-19 Jesus aparece a Maria Madalena
QUARTA – Lc 24 27-32 No caminho de Emaús
QUINTA – Jo 20.19-23 Jesus aparece aos onze
SEXTA – Jo 20.24,25 A incredulidade de Tomé
SÁBADO – Jo 20.29 Bem-aventurados os que não viram
e creram
OBJETIVOS
MOSTRAR a incredulidade de Tomé;
EXPLICAR que a incredulidade é um solo fértil para
o surgimento de heresias;
SABER que a fé no Filho de Deus nos leva a ter a
vida eterna.
INTERAÇÃO
Professor(a), com a graça de Deus chegamos ao final
de mais um trimestre. Durante os encontros dominicais você e seus alunos foram
edificados, exortados e consolados mediante o estudo a respeito do Evangelho de
João. Um Evangelho singular cujo objetivo é mostrar que Jesus é o “Verbo que se
fez carne”. Concluiremos nossa série de estudos mostrando que os sinais
apresentados por João nos levam a crer que Jesus Cristo é o Filho de Deus.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado(a) professor(a), chegamos ao final de mais
um trimestre e essa é uma boa oportunidade para fazer uma avaliação a fim de
verificar o que os alunos compreenderam das lições e do tema geral. Então, para
esta aula sugerimos que você faça uma atividade em grupo que vai permitir que
seja feita uma avaliação dos conteúdos apresentados nas aulas. Escreva as
questões abaixo em papéis e depois coloque-os em um saco com o número do grupo
e a pergunta. Em seguida, peça que os alunos retirem um dos papéis e formem
três grupos. Cada grupo ficará com uma questão. Depois que os grupos
responderem suas perguntas, forme um único grupo; mostre o que os alunos
produziram e discuta com eles os assuntos. Conclua abrindo um espaço para que
os alunos façam perguntas e retirem suas dúvidas a respeito do conteúdo do
trimestre.
OS SINAIS DE JESUS NO EVANGELHO DE JOÃO
GRUPO 1 “Por
que João registrou os sete sinais realizados por Jesus?”
GRUPO 2 “Qual
o propósito destes sinais?”
GRUPO 3 “Por
que alguns sinais andam escassos nos dias atuais?”
TEXTO BÍBLICO
João 20.26-31
26 E, oito dias depois, estavam outra vez os seus
discípulos dentro, e, com eles, Tomé. Chegou Jesus, estando as portas fechadas,
e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco!
27 Depois, disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo e vê
as minhas mãos; chega a tua mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas
crente.
28 Tomé respondeu e disse-lhe: Senhor meu. e Deus
meu!
29 Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste;
bem-aventurados os que não viram e creram!
30 Jesus, pois, operou também, em presença de seus
discípulos, muitos outros sinais, que não estão escritos neste livro.
31 Estes, porém, foram escritos para que creiais
que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu
nome.
INTRODUÇÃO
Hoje faremos a conclusão de nosso tema baseado no
Evangelho de João, enfocando sua importância para a desconstrução das heresias
e a solidificação da fé no Filho de Deus
I – A INCREDULIDADE DE TOMÉ
1- A exigência de evidências. O texto de João que
nos apresenta o propósito de seu Evangelho começa com a narrativa da aparição
de Jesus aos discípulos e a incredulidade de Tomé. Este queria provas cabais da
ressurreição do Mestre, rejeitando o testemunho daqueles que já haviam estado
com Ele (Jo 20.25). Não será por evidências ou argumentos filosóficos que as
pessoas serão salvas, mas pela pregação do Evangelho no poder do Espírito
Santo, único que pode nos convencer do pecado, da justiça e do juízo (Jo
16.8-10).
2- A rejeição do testemunho. A reação de Tomé foi
muito incisiva, rejeitando o testemunho dado pelos demais discípulos, que,
jubilosos, lhe anunciaram terem visto o Senhor. Além de considerar insuficiente
o testemunho de seus irmãos, a expressão de Tomé demonstra verdadeira
resistência à narrativa que lhe foi apresentada, pois considerava ser
necessário não apenas ver Jesus, mas examinarem detalhes o seu corpo (Jo
20.25). Imagine se para crer na ressurreição fosse necessário todo esse
processo? A dureza do coração humano somente pode ser rompida pela ação
poderosa do Espírito Santo. Apesar da exigência de Tomé ter sido incomum em
relação aos demais discípulos, fato é que nenhum deles creu na ressurreição
antes de ter visto Jesus, mesmo o vendo alguns duvidaram (Mt 28.16,17). Somente
a revelação de Jesus, o Cristo Ressurreto, abrindo-lhes as Escrituras, pode
romper o véu da incredulidade, fazendo com que os discípulos cressem na
ressurreição. Isso fez Ele falando aos que iam para Emaús (Lc 24.27-32) e aos
onze, quando lhes apareceu (Lc 24.44-48)
3- No poder do Espírito. Como vimos, nenhuma
narrativa de encontro com o Jesus ressuscitado produziu, por si só, fé no
coração dos que a ouviram, pois todos apresentaram a exigência de vê-lo, como
ocorreu com os próprios discípulos que andaram todo o tempo com o Mestre. O
entendimento de todos estava obscurecido e não poderia ser aberto á fé sem a
operação de uma revelação sobrenatural. Como subiria para o Pai e a mensagem da
ressurreição precisaria ser pregada pelos discípulos, Jesus os advertiu para
que ficassem em Jerusalém, até que do alto recebessem poder para testemunhar
(Lc 24,49), Como os discípulos não criam neles mesmos, ou seja, no testemunho
de uns para os outros, quem mais creria se testemunhasse sem o poder do
Espírito Santo? É por isso que Jesus lhes ordenou que ficassem em Jerusalém,
para receberem a virtude celestial, que lhes capacitaria a testemunhar não
apenas em Jerusalém, mas em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra
(At 1.8).
SUBSÍDIO 1
Professor(a), explique que “Tomé queria crer, mas a
tragédia do Calvário abalará a sua fé, Suas palavras indicam o quanto ainda
estava a sua memória fixada nos terríveis acontecimentos da crucificação. Para
ele, as chagas do Senhor ainda estão abertas e sangrando. Sente necessidade de
evidências positivas de feridas tão mortais terem sido saradas pela Vida. Jesus
considerou sinceras as dúvidas de Tomé: o Senhor ressurreto aparece novamente,
para oferecer as provas pedidas pelo discípulo que estava ausente na primeira
ocasião. Quanto aos zombadores, Jesus encarava-os bem diferente (cf. Mt 16.4).
Jesus aqui fala a um discípulo sincero, cuja fé era fraca, e não a alguém de
coração descrente,” (MYER. Pearlman. João: O Evangelho do Filho de Deus. Rio de
Janeiro: CPAD. 1995. p. 220).
II – INCREDULIDADE E HERESIAS
1- Nos dias de João. A incredulidade é um solo
fértil para o surgimento de heresias. Quando não se obtém, pela fé, o
entendimento das verdades espirituais, buscam-se explicações espúrias, no afã
de negar e atacar a verdade cuja revelação não foi alcançada. Já nas primeiras
décadas da Igreja Primitiva surgiram diversas heresias que visavam perturbar a
fé cristã. Os apóstolos se puseram a refutar esses falsos ensinos, como lemos
principalmente nos escritos de Paulo e de João (1 Tm 4.1-5; 1 Jo 4.1-13). Nos
dias do apostolado de João em Éfeso, entre três e quatro décadas após os
sinóticos, surgiu a necessidade de combater um movimento herético altamente
pernicioso, que começava a florescer e que iria causar muitos males à fé
cristã, especialmente até o quarto século: o gnosticismo.
2- O que é gnosticismo? Os gnósticos interpretavam
as Escrituras sob forte influência da filosofia, além de distorcer a Palavra de
Deus, mais tarde produziram diversos escritos apócrifos, preparados para
fundamentar suas crenças. Assim, o gnosticismo caracterizava-se como um
movimento filosófico-religioso de índole sincretista. Pregava a existência de
um dualismo, situando o bem e o mal como duas forças divinas, em constante
oposição. O espírito seria perfeitamente bom, enquanto a matéria
terminantemente má, criada por um deus imperfeito. A salvação seria a
libertação das amarras da matéria, do corpo, através da gnosis, um conhecimento
especial, elevado. Por isso o gnosticismo era uma espécie de “culto de mistérios”,
Para os gnósticos, esse “deus mal” que criou a matéria seria o Deus do Antigo
Testamento, que não seria o Deus Supremo, mas apenas uma emanação imperfeita
dEle. Quanto a Jesus, seria outra emanação divina; o iluminador enviado ao
mundo, não em carne, mas em espírito, para trazer o conhecimento especial que
seria necessário para a pretendida libertação do mundo material e suas imperfeições.
SUBSÍDIO 2
Professor(a), dê início ao segundo tópico da Lição,
fazendo as seguintes perguntas: “O que significa gnosticismo?” “O que eles
ensinavam?” Explique aos alunos que “é uma heresia dos primórdios do
Cristianismo, contrariando as pregações dos apóstolos, seus adeptos diziam-se
os únicos a possuírem um conhecimento perfeito de Deus. Seu arcabouço
doutrinário considerava a matéria irremediavelmente má. Por isso, ensinavam que
a humanidade de Cristo era apenas aparente. Os gnósticos foram energicamente
combatidos pelo apóstolo João, que em suas Epístolas, fazia questão de mostrar
ser o Senhor Jesus verdadeiro homem e verdadeiro Deus. O gnosticismo visava
também, conciliar todas as religiões, unindo-as através da gnose, que segundo
ufanavam-se, era um conhecimento profundo, Eis alguns ensinos do gnosticismo: a
emanação, a queda, a redenção e a mediação exercida por inúmeras potências
celestiais entre divindade e os homens.” (ANDRADE, Claudionor Corrêa de.
Dicionário Teológico. I3.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p. 202).
III – FÉ NO FILHO DE DEUS
1- Jesus é o Cristo. O Jesus que haviam visto e
tocado era o Verbo que estava com Deus no princípio relatado por Moisés em
Gênesis 1.1. Mais que isso, naquele princípio Ele já era Deus; preexistente,
eterno, incriado; Criador de todas as coisas. Por isso João enfatiza que seus
escritos tinham como finalidade levar seus leitores a crerem que Jesus, o Mestre
da Galileia, é o Cristo, o Filho de Deus.
2- Crer para ter vida eterna. A fé perfeita em
Jesus consiste na certeza de que Ele é o Filho de Deus que se encarnou para
redimir a humanidade perdida (Rm 3.23- 25). Não podemos nos contentar com
qualquer revelação de Jesus que seja inferior a esta verdade plena. Precisamos
compreender sua missão salvífica e não confundi-la com qualquer outra expressão
religiosa. No panteão do presente século muitos pretendem situar Jesus apenas
como mais uma opção no mercado da espiritualidade. Crendo no Jesus das
Escrituras, temos vida em seu nome — e vida para sempre.
3- Extraordinária revelação. Quão extraordinária é
a revelação obtida por João, que viu em Jesus os sinais do Deus Eterno, e assim
nos registrou para nós. Em João, o Jesus nascido de mulher é o Verbo Eterno,
que o Pai enviaria ao mundo na plenitude dos tempos para manifestar a Graça
Salvadora (Gl 4.4).
SUBSÍDIO 3
Conhecimento de Jesus
“Devemos conhecer, já de início, ser o conhecimento
a respeito de Jesus Cristo igual e ao mesmo tempo diferente ao de outros
assuntos. Como Líder espiritual do Cristianismo, Jesus é o objeto do
conhecimento e também da fé. Ele produz ainda, dentro de nós e mediante o
Espírito Santo, conhecimentos espirituais. Os cristãos acreditam universalmente
que Jesus continua vivo hoje, séculos depois da sua vida e morte na Terra, e
que Ele está na presença de Deus Pai, no Céu. Mas esta convicção certamente
provém da fé salvífica, mediante a qual a pessoa encontra Jesus Cristo e é
regenerada, por meio do arrependimento e da fé, tornando-se assim uma nova
criatura. O conhecimento de Jesus como Salvador leva, através da experiência,
ao reconhecimento imediato da existência pessoal de Jesus no presente, Dessa
maneira, o conhecimento de Jesus é diferente do conhecimento de outras figuras
históricas.” (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma perspectiva
pentecostal Rio de Janeiro: CPAD, 1996, pp. 300-302).
A identidade do Senhor Jesus Cristo
‘Cremos, professamos e ensinamos que o Senhor Jesus
Cristo é o Filho de Deus e o único mediador entre Deus e os seres humanos,
enviado pelo Pai para ser o Salvador do mundo, verdadeiro homem e verdadeiro
Deus (Rm 9.5). Cremos na concepção e no nascimento virginal de nosso Senhor
Jesus Cristo, conforme as Escrituras Sagradas e anunciado de antemão pelo
profeta Isaías, e que Ele foi concebido pelo Espírito Santo no ventre da virgem
Maria. Gerado no ventre dela, nasceu e viveu sem pecado (Hb 4.15); que foi entregue
nas mãos dos pecadores para ser crucificado pelos nossos pecados, mas
ressuscitou corporalmente dentre os mortos ao terceiro dia e ascendeu ao céu,
onde está à direita do Pai. e de onde intercede por nós e voltará para buscar
sua Igreja.” (Declaração de Fé das Assembleias de Deus, Rio de Janeiro: CPAD,
2017. p. 50).
CONCLUSÃO
Ao encerrarmos este trimestre, tributemos nossa
gratidão ao Deus Eterno que, pelo Espírito Santo, dirigiu todo o processo de
registro das verdades por Ele relevadas, necessárias para nossa eterna salvação.
Tributemos graças, também, por ter Ele dirigido os pais da Igreja para
refutarem os escritos apócrifos e reunir, no cânon sagrado, os livros
verdadeiramente inspirados, como o Evangelho de João, o Evangelho do Filho de
Deus.
HORA DA REVISÃO
1- Como inicia o texto de João que nos apresenta o
propósito do seu Evangelho? Ele inicia com a narrativa da aparição de Jesus aos
discípulos e a incredulidade de Tomé
2- O que pode romper a dureza do coração humano? A
dureza do coração humano somente pode ser rompida pela ação poderosa do
Espírito Santo.
3- Qual foi a advertência de Jesus antes de subir
aos céus? Que ficassem em Jerusalém para que recebessem a virtude celestial
4- Segundo a lição, o que a incredulidade faz? A
incredulidade é um solo fértil para o surgimento de heresias.
5- O que é gnosticismo? Um movimento
filosófico-religioso de índole sincretista.
Pb. Rogério Faustino
Neweb