Lição 13: A Multiforme Sabedoria de Deus
OBJETIVO GERAL
Mostrar o caráter multiforme da sabedoria
divina
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se
ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se
ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I – Explicar o caráter diverso dos dons espirituais e
ministeriais;
II – Elencar as qualidades dos bons despenseiros dos
mistérios divinos;
III – Correlacionar os dons espirituais com o fruto do Espírito
TEXTO ÁUREO
“Para que, agora, pela igreja, a multiforme
sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus.” (Ef 3.10)
VERDADE PRÁTICA
A multiforme sabedoria de Deus vai além da
compreensão humana e é demonstrada ao mundo pela Igreja de Cristo.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Pv 2.6 Deus dá sabedoria
Terça – Pv 9.10 O
princípio da sabedoria
Quarta– Rm 11.33 A insondável sabedoria divina
Sexta – 1 Co 1.24 Cristo, a Sabedoria de Deus
HINOS SUGERIDOS: 10, 330, 440 da Harpa Cristã
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Efésios 3.8-10
8 – A mim, o mínimo de todos os santos, me
foi dada esta graça de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as
riquezas incompreensíveis de Cristo
9 – e demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que, desde os
séculos, esteve oculto em Deus, que tudo criou;
10 – para que, agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja
conhecida dos principados e potestades nos céus.
1 Pedro 4.7-10
7 – E Já está próximo o fim de todas as
coisas; portanto, sede sóbrios e vigiai em oração.
8 – Mas, sobretudo, tende ardente amor uns para com os outros, porque o amor
cobrirá a multidão de pecados,
9 – sendo hospitaleiros uns para os outros, sem murmurações.
10 – Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros
da multiforme graça de Deus.
INTERAGINDO COM O
PROFESSOR
Uma das coisas mais maravilhosas quando
estudamos a teologia da Santíssima Trindade é
identificar como o Pai, o Filho e o Espírito Santo estão em pleno
relacionamento numa unidade perfeita. É isto mesmo! A Santíssima Trindade
mostra-nos uma perfeita unidade. Portanto, não poderíamos esperar outra forma
de Deus agir pela Igreja, se não pela expressão da sua multiforme sabedoria em
trabalhar no mundo através do Corpo de Cristo. Para isso, Deus disponibilizou
ao seu povo dons de revelação, dons de
poder, dons de expressão e dons ministeriais.
Que o Senhor nos use como instrumentos em suas mãos.
PONTO CENTRAL
A multiforme sabedoria de divina se manifesta
para pessoas simples
INTRODUÇÃO
O Altíssimo revelou para a Igreja um mistério
oculto desde a fundação do mundo. Pelo Espírito Santo, o Senhor trouxe luz para
o seu povo usando os “seus santos apóstolos e profetas” para mostrar que esse
mistério é Cristo em nós, a esperança da glória. Era a multiforme sabedoria do
Pai manifestando-se para pessoas simples como eu e você.
A multiforme sabedoria de Deus
A multiforme sabedoria de Deus é a diversidade de formas e maneiras como Deus se manifesta a sua igreja, capacitando os salvos conforme a sua vontade por meio do Espírito Santo e revelando Cristo. Os dons Espirituais e Ministeriais que Deus dispensa a sua igreja devem conduzir essa igreja a viver em comunhão entre os salvos, com a sociedade e com Deus. Não devemos esquecer de que tudo que Deus tem derramado sobre a sua igreja nesse aspecto é para o bem, crescimento e desenvolvimento dela. Os que foram agraciados por Deus com os dons devem administrar esses dons com amor, pois ele é a base de tudo o que fizermos.
O amor é a razão de sermos, de estarmos na posição de filhos de Deus. Esse amor é o verdadeiro fruto do Espírito!
Tudo o que vinhermos a fazer, façamos com amor. Que Deus abençoe a sua igreja com os dons espirituais e ministerias, e também que a igreja seja mergulhada no amor pelas vidas. Amor pelos irmãos pra que vivamos em união e comunhão, suportando uns aos outros em nossas fragilidades. Sendo compreensivos com erros e falhas, corrigindo, exortando uns aos outros, mas acima de tudo sendo o que Cristo sempre quis e quer que sejamos; irmãos. Do que adianta amarmos tanto a obra missionária e pregar a sua Palavra, e amar as almas se quando as pessoas estão dentro das igrejas não conseguimos amar com a mesma intensidade?! Não conseguimos perdoar e abraçar com a mesma sinceridade?!
Amor pelas vidas sem Cristo, e anunciar a qualquer custo que Cristo é a salvação.
Que Deus nos abençoe sempre.
I – OS DONS ESPIRITUAIS E
MINISTERIAIS
1. São diversos.
Na passagem bíblica de 1 Coríntios 12.8-10 são mencionados nove dons do Espírito
Santo. Há outros dons espirituais noutras passagens da Bíblia já mencionados em
lições anteriores deste trimestre, como Romanos 12.6-8;
1 Coríntios 12.28-30; 1 Pedro 4.10,11 e Hebreus 2.4. São dons
na esfera congregacional. Em Efésios 4.7-11 e 2 Timóteo 1.6 vemos dons
espirituais na esfera ministerial da Igreja.
2. São amplos.
A sabedoria de Deus é multiforme e
plural. É manifesta em seus dons espirituais e ministeriais nas mais variadas
comunidades cristãs espalhadas pelo mundo.
3. Dádivas do Pai.
Outras excelentes dádivas de Deus dispensadas
à sua Igreja para comunicar o Evangelho a
todos, são:
a) A dádiva do amor.
A grande manifestação de amor do
Altíssimo para com a humanidade foi enviar o seu Filho Amado para salvar o
mundo (Jo 3.16). Este amor dispensado por Deus desafia-nos a que amemos aos
nossos inimigos e ao próximo, isto é, qualquer ser humano carente da graça do
Pai (Jo 1.14).
b) A dádiva da filiação divina.
Deus torna um filho das trevas em filho de
Deus (Jo 1.12; 1 Pe 2.9). É a graça do Pai indo ao encontro da pessoa,
tornando-a membro da família de Deus (Ef 2.19).
c) O ministério da reconciliação.
O apóstolo Paulo explica o milagre da
salvação como resultado do “ministério da reconciliação” (2 Co 5.19). Todo ser humano pode ter a
esperança de salvação eterna, mas de salvação agora também. Quem está em Cristo
é uma nova criatura e o resultado disto é que Deus faz tudo novo em sua vida (2
Co 5.17).
SÍNTESE DO TÓPICO I
Os dons espirituais e ministeriais são
diversos e amplos.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Professor, para introduzira última lição do
trimestre, reproduza na lousa o esquema da página seguinte. Em seguida, faça
uma revisão dos assuntos tratados ao longo do trimestre. Cite e comente cada
dom estudado. O propósito desta revisão é para que fique claro ao aluno o
caráter múltiplo de Deus em lidar com a sua amada Igreja. Por isso, podemos
perceber através dos estudos dos dons a multiforme sabedoria do Pai sobre o seu
povo. Boa aula!
DONS ESPIRITUAIS E MINISTERIAIS:
Dons de Revelação | | Palavra de Sabedoria; Palavra da Ciência; Discernimento de Espíritos |
Dons de Poder | | Dom da Fé; Dons de Curar; Operação de Maravilhas. |
Dons de Expressão | | Dom de Profecia; Variedade de Línguas; Interpretação das Línguas. |
Dons Ministeriais | | Apóstolos; Profetas; Evangelistas; Pastores; Doutores |
II – BONS DESPENSEIROS DOS
MISTÉRIOS DIVINOS
1. Com sobriedade e vigilância.
O despenseiro deve administrar a igreja
local, retirando da “despensa divina” o melhor alimento para o rebanho. Paulo
destaca a sobriedade e a vigilância do candidato ao episcopado como habilidades
indispensáveis ao exercício do ministério (1 Tm 3.2). Por isso, o apóstolo
recomenda ao obreiro não ser dado ao vinho, pois a bebida traz confusão,
contenda e dissolução (l Tm 3.2 cf. Ef 5.18). O fiel despenseiro é o oposto
disso. Nunca perde a sobriedade e a vigilância em relação ao exercício do
ministério dado por Deus.
2. Amor e hospitalidade.
Os despenseiros de Cristo têm um “ardente amor uns para com os outros, porque o amor cobrirá a multidão de pecados” (1 Pe 4.8). Mediante a graça de Deus, o obreiro pode demonstrar sabedoria e amor no trato com as pessoas. Amar sem esperar receber coisa alguma é parte do chamado de Deus para os relacionamentos (1 Jo 3.16). Esta atitude é a verdadeira identidade daqueles que se denominam discípulos do Senhor Jesus (Jo 13.34,35).
Aqui, também entra o caráter hospitaleiro do obreiro,
recomendado pelo apóstolo Pedro (1 Pe 4.9). Isso se torna possível para quem
ama incondicionalmente, pois a hospitalidade é acolhimento, bom trato com todas
as pessoas — crentes ou não, pobres ou ricas, cultas ou não etc. Este é o apelo
que o escritor aos Hebreus faz a todos os crentes (Hb 13.2,3).
3. O despenseiro deve administrar com fidelidade.
A graça derramada sobre os despenseiros de Cristo tem de ser administrada por eles com zelo e fidelidade. A Palavra de Deus nos adverte: “Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus” (1 Pe 4.10). Pregando, ensinando ou administrando o corpo de Cristo, tudo deve ser feito para a glória do Senhor, a quem realmente pertence a majestade e o poder (1 Pe 4.11).
Paulo ensina-nos ainda que devemos ser vistos pelos homens como “ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus” (1 Co 4.1; Cl 1.26,27). Por isso, os despenseiros de Deus devem ser fiéis em tudo; “para que, agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus” (Ef 3.10).
SÍNTESE DO TÓPICO II
Os bons despenseiros dos mistérios divinos
devem apresentar sobriedade, vigilância, amor, hospitalidade e fidelidade ao
Senhor.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Em virtude do fato de Paulo, Apoio e Pedro
pertencerem aos crentes, os homens (gr. anthropos, ‘pessoas’, ‘humanidade’)
devem considerá-los como servos de Cristo enviados por Ele para ajudá-los A
Paulo, Apoio e Pedro são confiados os ‘mistérios de Deus’ (que eram mistérios
não revelados nos tempos do Antigo Testamento, mas que agora são revelados no
Evangelho). A eles são confiados não para guardar ou proteger esses
‘mistérios’, mas para administrá-los a todos os crentes.
Porque eles têm esta responsabilidade
exige-se que sejam fiéis, ou seja, eles têm de entregar-se à obra de disseminar
o Evangelho, apesar das dificuldades e das consequências. Paulo foi incumbido
pelo Senhor de administrar os segredos de Deus. Portanto, ele era responsável a
Deus, não a algum tribunal humano com suas limitações humanas, e certamente não
aos coríntios que o estavam julgando (examinando, investigando, criticando)”
(HORTON, Stanley. I & II Coríntios: Os Problemas da Igreja e Suas Soluções.
Rio de Janeiro: CPAD, 2017, pp.46,45).
III – OS DONS ESPIRITUAIS
E O FRUTO DO ESPÍRITO
1. A necessidade dos dons espirituais.
Os dons espirituais são indispensáveis à
Igreja. Uma onda de frieza e mornidão tem atingido muitas igrejas na
atualidade, as quais não estão vivendo a real presença e o poder de Deus para
salvar, batizar com Espírito Santo e curar enfermidades (Ap 3.15-20). Em tal
estado, os dons do Espírito são ainda mais necessários. É no tempo de sequidão
que precisamos buscar mais e mais a face do Senhor, rogando-lhe a manifestação
dos dons espirituais para o despertamento espiritual dos crentes em Jesus (Hb
3.2).
2. Os dons espirituais e o amor cristão.
Paulo termina o capítulo sobre os dons
espirituais, dizendo: “Portanto, procurai com zelo os melhores dons; e eu vos
mostrarei um caminho ainda mais excelente” (1 Co 12.31). Em seguida abre o
capítulo mais belo da Bíblia Sagrada sobre o amor — 1 Coríntios 13. Como já dissemos, não é por acaso que o
tema do amor (capítulo 13) está entre os assuntos espirituais (capítulos 12 e
14). Ali, o apóstolo dos gentios refere-se a vários dons, ensinando que sem o
amor nada adianta tê-los.
3. A necessidade do fruto do Espírito.
Uma vida cristã pautada pela perspectiva do fruto do Espírito (Gl 5.22) — o amor— é o que o nosso Pai Celestial quer à sua Igreja. Uma igreja cheia de poder, que também ama o pecador. Cheia de dons espirituais, mas que também acolhe o doente.
Zelosa da
boa doutrina, mas em chamas pelo amor fraterno que, como diz Paulo, “é
sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se
ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se
irrita, não suspeita mal” (1 Co 13.4,5). O caminho do amor é mais excelente que
o dos dons espirituais (l Co 12.31).
SÍNTESE DO TÓPICO
III
Os dons espirituais são ligados ao amor cristão, o mais autêntico fruto do Espírito.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Paulo havia elogiado os coríntios, a quem
não faltava nenhum dom espiritual (1 Co 1.7), e lhes mostrado a necessidade de
apreciar a variedade dos dons e a unidade do corpo. Agora ele quer destacar ‘um
caminho mais excelente’ para exercer os dons, o caminho do amor. Ele não sugere
que os dons sejam inferiores ao fruto do Espírito (que inclui-se todo no amor).
Nem quer dizer que os dons e as manifestações espirituais não sejam necessários
se eles têm o amor.
Embora o amor de Deus e o amor de Cristo
sejam a fonte de nossa salvação e de tudo o que Deus tem para nós, o amor não é
chamado de dom espiritual (um dos charismata). Tudo o que foi dito no capítulo
12 mostra que os dons são necessários para a vida e ministério cristãos. Mas em
Corinto eles precisavam de correção. Os dons eram genuínos, mas em Corinto eles
precisavam de correção. Os dons eram genuínos, mas os motivos dos crentes eram
tudo o que deviam ser. Não nos esqueçamos de que Deus modelou este amor para
nós ‘segundo sua pessoa e trabalho” (HORTON, Stanley. I & II Coríntios: Os
Problemas da Igreja e Suas Soluções. Rio de Janeiro: CPAD, 2017,
pp.124,25).
CONCLUSÃO
A multiforme sabedoria de Deus manifesta-se
na igreja através da intervenção sobrenatural do Espírito Santo e a partir dos dons de Deus necessários
ao crescimento espiritual dos crentes. Sejam quais forem os dons, aqueles que
os possuem devem usá-los com humildade e fidelidade, não buscando os
interesses próprios, mas sobretudo o amor, pois sem amor de nada adianta
possuir dons. Estes são para a edificação dos salvos em Cristo Jesus.
PARA REFLETIR
A respeito
de “A Multiforme Sabedoria de Deus” responda:
1. Segundo a lição, quais são as dádivas de Deus dispensadas à sua Igreja para comunicar o Evangelho a todos?
A dádiva do amor, a dádiva da filiação divina
e o ministério da reconciliação.
2. Segundo o apóstolo Paulo quais habilidades são indispensáveis ao exercício do ministério (1 Tm 3.2)?
A sobriedade e a vigilância.
3. Como Paulo termina o capítulo sobre os dons espirituais?
Dizendo:
“Portanto, procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho
ainda mais excelente” (1 Co 12.31).
4. Qual o caminho ainda mais excelente que os dons, segundo a lição?
O caminho
do amor. • Sejam quais forem os dons, como aqueles que os possuem devem
usá-los? Com humildade e fidelidade, não buscando os interesses próprios, mas,
sobretudo, o amor, pois sem amor de nada adianta possuir dons.
5. Sejam quais forem os dons, como aqueles que os possuem devem usá-los?
Com humildade e fidelidade, não buscando os interesses próprios, mas, sobretudo, o amor, pois sem amor de nada adianta possuir dons.