TEXTO PRINCIPAL
“Disse-lhe Jesus: Não me detenhas, porque ainda não
subi para meu Pai, mas vai para meus irmãos e dize-lhes que eu subo para meu
Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus.” (Jo 20.17)
RESUMO DA LIÇÃO
João descortina a revelação de Jesus como Deus, e o
que isso representa para nossa redenção.
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA – Jo 13.1-20 Jesus lava os pés dos
discípulos
TERÇA – Jo 1316 Os discípulos tinham o dever de
servir
QUARTA – Jo 13.21-30 Jesus prediz a traição que
sofreria
QUINTA -Jo 14.26 A missão do Espírito Santo
SEXTA – Jo 15.26 O Espírito Santo testifica de
Cristo
SÁBADO – Jo 17.15 Jesus intercede pelos discípulos
OBJETIVOS
APRESENTAR a conclusão do ministério de Jesus na
Terra;
EXPLICAR a prisão e crucificação de Jesus;
SABER que Jesus venceu a morte.
INTERAÇÃO
Professor(a), estamos chegando ao término do estudo
do Evangelho de João. Aprendemos que este Evangelho é singular e nos mostra
alguns dos sinais realizados por Jesus e narrados somente por João. Na lição
deste domingo, não estudaremos nenhum sinal que trate a respeito da cura divina
ou ações sobre a força da natureza. Todavia, estudaremos um dos maiores sinais
apresentados por Jesus, algo que Ele mesmo viveu. Trataremos a respeito da
ressurreição de Jesus, o “Verbo de Deus que se fez carne O Todo-Poderoso não
nos criou para morrer fisicamente, a morte entrou no mundo com a Queda e assim
ela passou a todos os homens. Contudo, a vida e a morte sempre estiveram
debaixo da autoridade divina. Deus ainda na Antiga Aliança deu vida aos mortos
revelando o seu poder. Jesus, o Filho de Deus, veio ao mundo para a nossa
redenção, Ele morreu e ressuscitou para que tenhamos vida e vida eterna. Jesus
venceu a morte!
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), reproduza a imagem abaixo. Utilize-a
para mostrar como era o sepulcro de Jesus. Diga que este tipo de sepulcro,
mostrado na imagem, corresponde às descrições dos Evangelhos.
TEXTO BÍBLICO
João 20.1,2,9,11-14,16,17
1 E, no primeiro dia da semana, Maria Madalena foi
ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu a pedra tirada do sepulcro.
2 Correu, pois, e foi a Simão Pedro e a outro
discípulo a quem Jesus amava e disse-lhes: Levaram o Senhor do sepulcro, e não
sabemos onde o puseram.
9 Porque ainda não sabiam a Escritura, que diz que
era necessário que ressuscitasse dos mortos.
11 E Maria estava chorando fora, junto ao sepulcro.
Estando ela, pois, chorando, abaixou-se para o sepulcro.
12 E viu dois anjos vestidos de branco, assentados
onde jazia o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés.
13 E disseram-lhe : Mulher, por que choras? Ela
lhes disse: Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram.
14 E, tendo dito isso, voltou-se para trás e viu
Jesus em pé, mas não sabia que era Jesus.
16 Disse-lhe Jesus: Maria! Ela, voltando-se,
disse-lhe: Raboni (que quer dizer Mestre)!
17 Disse-lhe Jesus: Não me detenhas, porque ainda
não subi para meu Pai, más vai para meus irmãos e dize-lhes que eu subo para
meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus.
INTRODUÇÃO
Na lição deste domingo refletiremos a confirmação
dada pelo Pai a respeito da plena e perfeita obra de Cristo: sua ressurreição
dentre os mortos, razão maior de nossa esperança.
I – A CONCLUSÃO DO MINISTÉRIO DE JESUS NA TERRA
1- O lava-pés. Novamente João apresenta informações
importantíssimas do ministério de Jesus, não encontradas nos outros três
Evangelhos. Uma delas é o ato de lavar os pés dos discípulos na ceia da última
Páscoa (Jo 13.1-20). Uma extraordinária lição de humildade, de valor simbólico,
pedagógico e inspirador, embora não represente a instituição de uma prática.
Jesus estava demonstrando aos discípulos o dever que tinham de servir com
atitudes humildes, não se prevalecendo jamais de suas posições como líderes
espirituais (Jo 13.16). Se Jesus, sendo Senhor, se sujeitava a práticas tão
humildes, como o lava-pés, os discípulos deveriam viver de forma semelhante. No
verdadeiro cristianismo não há lugar para orgulho e prepotência.
2- As últimas instruções. João passa a relatar dois
momentos do ministério de Jesus que não têm caráter público. No primeiro, fala
com os discípulos. No segundo, fala com o Pai. Em seguida, entrega-se à prisão,
julgamento e morte (Jo 18,19). Depois de predizer a traição que sofreria (Jo
13.21-30), Jesus transmite suas últimas instruções aos discípulos. Fala
abertamente de sua partida, volta a declarar-se igual ao Pai e anuncia a vinda
do Espírito Santo. Aliás, é de uma riqueza extraordinária a revelação que Jesus
faz sobre a missão do Consolador, nos capítulos 14,15 e 16. A riqueza
doutrinária de João também se vê, portanto, na área da Doutrina Bíblica do
Espírito Santo. Depois de anunciar o batismo no Espírito Santo (Jo 1.33) e de
mostrar Jesus prometendo o fluir desse Espírito como rios de água viva (Jo
7.38.39). o evangelista detalha seu agir na Dispensação da Graça.
3- O papel do Espírito Santo. Os registros de João
sobre a missão do Espírito Santo são fundamentais para que, em conjunto com
Atos e as Epístolas Paulinas, especialmente, compreendamos como Ele age em nós
e por nós nestes dias. O Espírito da verdade não apenas habitaria com os
discípulos, mas estaria neles, o que se cumpriu após a ressurreição de Cristo
(Jo 14.17; 20.22). Trata-se de uma morada permanente, em todos os regenerados.
O Espírito Santo tem como missão nos ensinar todas as coisas pertinentes ao
Reino de Deus (Jo 14.26). Ele testifica de Cristo (Jo 15.26) e o glorifica (Jo
16.14). É dEle o exclusivo papel de convencer o mundo do pecado, da justiça e
do juízo, ou seja, não há como alguém ser salvo por um mero assentimento mental
da doutrina cristã. Precisa haver essa obra do Espírito (Jo 16.8-11). Para não
sermos enganados por filosofias ou doutrinas estranhas, precisamos viver em
comunhão permanente com o Espírito Santo, especialmente nestes últimos dias,
quando aumenta a apostasia ( 1 Tm 4.1)
SUBSÍDIO l
Professor(a), explique “que o ato de Jesus haver
lavado os pés dos discípulos teve lugar na última noite de sua vida terrena.
Ele assim fez para;
a) Demonstrar a seus discípulos quanto os amava;
b) Prefigurar o sacrifício de si mesmo na cruz;
c) Comunicar a seus discípulos a verdade de que Ele
os estava chamando para servirem uns aos outros em humildade.
A ânsia de grandeza tinha sempre inquietado os
discípulos. Cristo queria que eles percebessem que o desejo de ser o primeiro —
ser maior e receber mais honra que outros crentes — é contrário ao espírito do
seu Senhor.” (Bíblia de Estudo Pentecostal: Rio de Janeiro: CPAD, p. 1598).
II – PRISÃO E CRUCIFICAÇÃO DE JESUS
1- “É chegada a hora”. Depois de tantas ameaças e
investidas dos judeus, estava chegando a hora de Jesus se entregar à
crucificação. Como um último ato antes de seguir para o cenário de sua prisão,
Jesus levanta os olhos ao céu e fala com o Pai. Estava seguro de que em tudo
havia glorificado àquEle que o enviara, consumando a obra que lhe dera a fazer
(Jo 17.4). Agora, pede pelos discípulos, para que fossem livres do mal (Jo
17.15). não somente aqueles discípulos, mas todos quantos viessem a crer nEle e
se tornassem seus seguidores (Jo 17.20).
2- No Getsêmani. No sopé do Monte das Oliveiras
havia um horto ou jardim chamado Getsêmani. Jesus tinha por costume ir àquele
lugar quando estava em Jerusalém e assim o fez também na noite em que seria
preso. Os Evangelhos Sinóticos narram com mais detalhes esses momentos tão
cruciantes para Jesus. Mateus conta que Ele foi ali orar. Levando consigo
Pedro, Tiago e João (Mt 26.37). Registram sua tristeza e profunda angústia,
enquanto Lucas, o médico, específica que “seu suor tornou-se em grandes gotas
de sangue que corriam até ao chão” (Lc 22.44). Foi ali que Jesus, mais uma vez
e de forma definitiva, entregou-se à vontade do Pai, a despeito de tudo o que
enfrentaria nas últimas horas de vida.
3- Preso e crucificado. As últimas horas de Jesus
foram de intensa agonia. Um julgamento cercado de ultrajes e escárnio (Jo
18.12-40). Um processo de completo abandono por parte dos discípulos, como
havia predito (Mt 26.56). Pedro, o mais enfático, o negou três vezes (Jo
18.16-27). Enfim, os judeus religiosos tinham Jesus preso, como tanto
esperavam. Em seguida Ele compareceu perante Anás e Caifás, o sumo sacerdote,
para ser interrogado. Já tinham uma sentença de morte; queriam apenas
formalizar o intento. Diante de Pilatos, o único fundamento que apresentaram
foi justamente o motivo de o terem rejeitado (Jo 19.7). Com isso, aquela
geração de judeus estava declarando, de forma cabal, a completa rejeição do
Filho de Deus. Preferiram a soltura de um criminoso, Barrabás (Jo 18.40), e
exigiram a morte de Jesus (Jo 19.6,15).
SUBSÍDIO 2
Professor(a), sugerimos que você utilize a seguinte
pergunta para a introdução do tópico II: “Por que Jesus teve que morrer?” Ouça
os alunos com atenção e procure incentivar a participação de todos. Depois
explique que “Jesus não era apenas um homem. Ele era o Filho Unigênito de Deus.
Como nunca desobedeceu a Deus, e nunca pecou, somente Ele pode preencher o
vazio entre um Deus sem pecado e os seres humanos pecadores. Jesus ofereceu,
livremente e gratuitamente, sua vida, por nós, morrendo na cruz em nosso lugar,
tomando sobre si todas as injustiças, e salvando-nos das consequências do
pecado — incluindo o juízo de Deus e a morte. Jesus tomou sobre si mesmo nossos
pecados passados, presentes e futuros, para que nós pudéssemos ter uma nova
vida. Como toda a nossa injustiça é perdoada, nós nos reconciliamos com Deus.”
(Bíblia de Estudo Cronológico Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD. 2015. p.
1498).
III – ELE VENCEU A MORTE
1- O curso da vitória. O ápice da vitória de Cristo
é, sem dúvida, o fato de, no terceiro dia, ter ressurgido dentre os mortos.
Essa vitória decorreu de todo um processo de obediência e entrega, que começou
com sua decisão de submeter-se à encarnação (Fp 2.6-8). Iniciou-se aí o
enfrentamento do império da morte, que a todos assombrava (Hb 2.14), Ao aceitar
fazer-se semelhante aos homens Jesus estava desafiando os poderes daquele que
tinha o domínio desse império, o Diabo, por causa da condição pecaminosa de
todos os seres humanos (Rm 3.9,10,23).
2- Ressuscitado pelo Pai. Como um sacrifício
perfeito, a morte não poderia detê-lo. Quando as mulheres chegam ao sepulcro no
primeiro dia da semana já encontram o sepulcro vazio (Jo 20.1,2). Jesus não
estava mais ali; e, agora, todas as vezes que aparece já está em corpo glorificado,
sem qualquer limitação física (Jo 20.19,26).
3- O valor da ressurreição. A pregação da
ressurreição de Cristo foi a mensagem principal dos crentes primitivos,
justamente porque esse fato é a razão maior de nossa esperança. Na igreja de
Corinto havia, da parte de alguns, a negação da ressurreição dos santos. Paulo
prega sobre a ressurreição invocando justamente o fato de Jesus ter ressurgido
dentre os mortos (1 Co 15.12.13). O valor da ressurreição de Cristo, portanto,
é o fundamento maior da nossa fé e esperança, e no que consiste o poder de
nossa pregação (1 Co 15.14). Além de apontar para um futuro de glória, a
ressurreição de Jesus tem, também, um elevado é indispensável valor em nosso
presente, que é dar sentido e propósito à nossa vida, tirando-nos da
miserabilidade de uma existência meramente terrena e banal (1 Co 15.19).
SUBSÍDIO 3
Professor(a), se possível, reproduza o quadro
abaixo mostrando aos alunos as evidências da morte e ressurreição de Jesus.
(Adaptado de Bíblia de Estudo Cronológico Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro:
CPAD. 2015. p. 1501).
MARIA MADALENA E MARIA, VIRAM JESUS SER COLOCADO NO
SEPULCRO. NA MANHÃ DE DOMINGO. PEDRO E JOÃO TAMBÉM FORAM AO MESMO SEPULCRO. Mt 27.59-61Mc 15.47Lc 23.55 e Jo 20.3-9
O SEPULCRO FOI SELADO E GUARDADO POR SOLDADOS
ROMANOS. Mt 27.65,66.
SE OS LÍDERES RELIGIOSOS TIVESSEM LEVADO 0 CORPO DE
JESUS, TERIAM APRESENTADO, PARA DETER OS BOATOS DA SUA RESSURREIÇÃO.
UM SOLDADO ROMANO DISSE A PILATOS QUE JESUS ESTAVA
MORTO. OS SOLDADOS ROMANOS NÃO QUEBRARAM AS PERNAS DE JESUS, PORQUE ELE TINHA
MORRIDO, E UM DELES PERFUROU O LADO DE JESUS, COM UMA LANÇA. Jo 19.38-40.
CONCLUSÃO
A vitória de Jesus sobre a morte foi o ápice de sua
obra redentora. Pelo poder de sua ressurreição fomos vivificados e temos vida
espiritual, pois Ele nos gerou de novo para uma viva esperança conforme Efésios
2.1,2: “E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados, em que,
noutro tempo, andastes, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das
potestades do ar, do espírito que, agora, opera nos filhos da desobediência.”
HORA DA REVISÃO
1- Que lição Jesus estava ensinando com o lava-pés
dos discípulos? Uma mensagem extraordinária de humildade. Jesus estava
ensinando aos discípulos a respeito do dever que tinham de servir com atitudes
humildes, não se prevalecendo jamais de suas posições como líderes espirituais.
2- Qual a missão do Espírito Santo? Ele tem como
missão nos ensinar todas as coisas pertinentes ao Reino de Deus.
3- Como se chamava o horto que ficava no sopé do
monte das Oliveiras? Getsêmani.
4- Como foram as últimas horas de Jesus? As últimas
horas de Jesus foram de intensa agonia.
5- Quem foi solto no lugar de Jesus? O criminoso
Barrabás (Jo 18.40).
Pb. Rogério Faustino
Neweb