Lição 11 Jovens 2021 1º Trimestre - O Sétimo Sinal: Jesus Ressuscita Lázaro 13 de março de 2022 - Pb. Rogério Faustino
TEXTO PRINCIPAL
“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida;
quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá.” (Jo 11.25)
RESUMO DA LIÇÃO
Jesus tem o controle a respeito da vida e da morte.
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA – Jo 11.4 Enfermidade que não é para morte
TERÇA – Jo 11.5 Jesus amava Lázaro e sua família
QUARTA – Jo 11.11 Lázaro foi despertado do sono
QUINTA – Jo 11.17 Jesus nunca chega atrasado
SEXTA – Jo 11.25 Jesus, ressurreição e vida
SÁBADO – Jo 11.39 “Tirai a pedra”
OBJETIVOS
INTERAÇÃO
Prezado(a) professor(a), estudaremos o sétimo sinal
narrado por João; a ressurreição de Lázaro. O amigo de Jesus ficou gravemente
enfermo e veio a falecer. Tudo aconteceu em um momento em que Jesus não estava
por perto. A princípio, ao lermos o texto bíblico de João 11, podemos ter a
impressão de que Jesus chegou tarde na aldeia de Betânia e que mais nada
poderia ser feito. Contudo, o milagre da ressurreição de Lázaro nos mostra que
o Filho de Deus jamais chega atrasado. O Senhor tem a hora certa de agir em
nosso favor, pois Ele é soberano e tem o controle do tempo. Tudo está em suas
mãos, inclusive a morte e a vida.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), reproduza o mapa abaixo. Utilize-o
para mostrar que “Jesus havia estado pregando nas aldeias além do Jordão,
provavelmente na Pereia, onde recebeu a notícia da doença de Lázaro. Jesus não
partiu imediatamente, mas esperou dois dias antes de voltar à Judéia. Ele sabia
que Lázaro já estaria morto, quando Ele chegasse a Betânia, mas Ele iria
realizar um grande milagre” (Adaptado de Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação
Pessoal: Rio de Janeiro: CPAD, 2015. p. 1423).
TEXTO BÍBLICO
João 11.1,3,4,14,17,39-41,43,44
1 Estava, então, enfermo um certo Lázaro, de
Betânia, aldeia de Maria e de sua irmã Marta.
3 Mandaram-lhe, pois, suas irmãs dizer: Senhor, eis
que está enfermo aquele que tu amas.
4 E Jesus, ouvindo isso, disse: Esta enfermidade
não é para morte, mas para glória de Deus, para que o Filho de Deus seja
glorificado por ela.
14 Então, Jesus disse-lhes abertamente: Lázaro está
morto.
17 Chegando, pois, Jesus, achou que já havia quatro
dias que estava na sepultura.
39 Disse Jesus: Tirai a pedra. Marta, irmã do
defunto, disse-lhe: Senhor, já cheira mal, porque já é de quatro dias.
40 Disse-Lhe Jesus: Não te hei dito que, se creres,
verás a glória de Deus?
41 Tiraram, pois, a pedra. E Jesus, levantando os
olhos para o céu, disse: Pai, graças te dou, por me haveres ouvido.
43 E tendo dito isso, clamou com grande voz:
Lázaro, vem para fora.
44 E o defunto saiu, tendo as mãos e os pés ligados
com faixas, e o seu rosto, envolto num lenço. Disse-lhes Jesus: desligai-o e
deixai-o ir.
INTRODUÇÃO
Na lição de hoje vamos refletir a respeito de um
aspecto fundamental de nossa fé no Deus a quem servimos: a segurança de que Ele
sempre tem o controle de todas as coisas. Não há circunstância alguma que pegue
Deus de surpresa ou que limite seu poder. Seja qual for a origem ou a extensão
do dano ou qualquer tipo de mal, nada escapa ao controle soberano do Criador.
I – A ALDEIA DE BETÂNIA
1- Sua posição geográfica. A pequena aldeia de
Betânia é citada várias vezes nos Evangelhos (Mt 21.17; Lc 19.29: Jo 11.1;
12.1). É bem provável que essas citações não correspondam a todas as vezes que
Jesus ali esteve. Mas os registros que temos são suficientes para que
entendamos quão estratégico foi aquele lugar. É como quando viajamos para uma
cidade grande e preferimos nos hospedar em seus arredores, em um lugar
discreto, evitando os tumultos da metrópole.
2- Estrategicamente escondida. Jesus fez isso
algumas vezes em relação a Betânia, há apenas 2,7 km de Jerusalém (“quase
quinze estádios” cf. Jo 11.18). Bastava sair da cidade antiga, cruzar o Vale de
Cedrom e passar para o lado oriental do Monte das Oliveiras, onde estava
Betânia, como que estrategicamente escondida.
3- Saindo da agitação. Betânia era um lugar por
vezes escolhido por Jesus para sair da agitação da movimentada Jerusalém. Essas
viagens a Betânia levaram Jesus a ter um relacionamento muito terno com os
irmãos Lázaro, Marta e Maria. Eles o recebiam em sua casa, dedicando-lhe
serviço, tempo e atenção. Especialmente Maria, que se assentava aos pés de
Jesus e ouvia sua Palavra (Lc 10.39).
SUBSÍDIO 1
Professor(a), explique aos alunos que “a aldeia de
Betânia estava situada a aproximadamente três quilômetros a leste de Jerusalém,
a caminho de Jericó. Ela ficava suficientemente próxima de Jerusalém para que
Jesus estivesse em perigo, mas suficientemente longe para não atrair a atenção
prematuramente. Quando o irmão ficou gravemente doente, Maria e Marta
recorreram a Jesus, em busca de ajuda. Elas criam na sua habilidade de ajudar,
porque haviam visto seus milagres. Nós, também, sabemos dos milagres de Jesus,
quando precisamos de ajuda extraordinária, Jesus oferece recursos extraordinários.
Não devemos hesitar em pedir-lhe ajuda.” (Adaptado de Bíblia de Estudo
Cronológica Aplicação Pessoal: Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 1421).
II – O MILAGRE DA RESSURREIÇÃO
1- Para a glória de Deus. A expressão “glória de
Deus” tem um lugar central nesse texto. Jesus disse aos discípulos que a
enfermidade era “para que o Filho de Deus seja glorificado por ela” (Jo 11.4).
Quando Marta hesitou diante da ordem de tirar a pedra do sepulcro, Jesus
ressaltou justamente esse propósito (Jo 11.40). Esse milagre, portanto, seria
mais um evidente sinal de sua divindade. Embora já tivesse registrado tantos
outros, João precisava incluir esse, que mostra o poder de Cristo sobre esse
terrível inimigo: a morte.
2- Defunto ou Lázaro? Quando alguém morre não faz
mais sentido chamá-lo pelo nome porque não há comunicação alguma entre vivos e
mortos. Não quer dizer que deixemos de considerar o ente querido e tê-lo em
lembrança, inclusive com saudades. Acontece que, com a morte, cessa
completamente a possibilidade de comunicação, pois o espírito e a alma já estão
fora do corpo. Com Jesus é diferente. Ele não fala com defuntos. Enquanto nós
perdemos toda a comunicação com quem morre — porque estamos, por enquanto, presos
a esse mundo material e físico —, para Deus a única mudança é que os que já
morreram deixaram essa habitação terrena, mas continuam a existir, como alma e
espírito, podendo ouvir plenamente sua voz. Falando aos saduceus sobre a
ressurreição, Jesus afirmou: “Deus não é Deus de mortos, mas de vivos, porque
para ele vivem todos” (Lc 20,38).
É por isso que Jesus, como Filho de Deus, nunca
fala “defunto”, mas sempre “Lázaro”: “Lázaro, vem para fora” (Jo 11.43). A
ressurreição de Lázaro, portanto, é um chamado pessoal de volta à vida. Jesus
chamou Lázaro, ressuscitando-o. Mesmo depois dessa declaração, o narrador
continua a referir-se ao defunto: “E o defunto saiu” (Jo 11.44). O mesmo
acontece na narrativa da ressurreição do filho da viúva de Naim. Todos se referiam
ao defunto, mas Jesus disse: “Jovem, eu te digo: Levanta-te” (Lc 7.14).
3- A ressurreição no presente. Marta demonstrou
profundo conhecimento teológico em sua conversa com Jesus. Falou claramente da
ressurreição do Último Dia (Jo 11.24), além de ter confessado sua fé em Cristo,
“o Filho de Deus que havia de vir ao mundo” (Jo 11.27), mas não demonstrou crer
que Ele poderia operar milagre de ressurreição no presente. Esse é um exemplo
de como nossa compreensão teológica, por mais profunda que seja, ainda pode
apresentar grandes limitações espirituais. O texto é claro ao dizer que quando
Jesus viu Maria chorar, “moveu-se muito em espírito” e também chorou (Jo
11.33-35). Foi também de Maria a disposição de levar Jesus até a sepultura de
Lázaro (Jo 11.34). A lição espiritual que extraímos é: conhecimento teológico é
importante, mas sem quebrantamento não se alcança o coração de Deus (Sl 5117).
Maria alcançou esse quebramento porque tirava tempo para ficar aos pés de Jesus
(Lc 10.39; Jo 12.3)
SUBSÍDIO 2
Professor(a), explique aos alunos que “se Jesus
estivesse estado com Lázaro, durante os momentos finais da doença de Lázaro,
poderia tê-lo curado, em vez de deixar que morresse, Mas Lázaro morreu, para
que o poder de Jesus sobre a morte pudesse ser exibido aos seus discípulos e a
outras pessoas. A ressurreição de Lázaro foi uma demonstração essencial do seu
poder, e a ressurreição dos mortos é uma crença crucial da fé cristã. Jesus
apenas não ressuscitou a si mesmo (Jo 10.18), como, também, tem o poder de ressuscitar
outras pessoas.” (Bíblia de Estudo Cronológico Aplicação Pessoal Rio de
Janeiro: CPAD, 2015. p. 1421).
III – A SOBERANIA DE DEUS
1- Acaso ou propósito. O estudo das Escrituras nos
faz entender que Deus não fez e nada faz por acaso. Sempre tem um propósito
perfeito em todas as coisas. Mesmo o homem deixando seus caminhos, Ele busca
atraí-lo através de seus atos soberanos, cabendo a nós responder a esse
chamado. Quando nos rendemos inteiramente a Deus passamos a experimentar sua
boa, agradável e perfeita vontade (Rm 12.1,2). Alcançamos, então, o verdadeiro
propósito de nossas vidas (Ef 1.3-6).
2- Vivendo os propósitos de Deus. Viver os
propósitos de Deus não nos isenta de sofrimentos enquanto estivermos nessa vida
terrena. Se o amarmos, tudo contribuirá para o nosso bem (Rm 8.28). Lázaro,
amigo de Jesus, estava enfermo, e era plenamente possível que o Mestre chegasse
a Betânia a tempo de curá-lo. Ou poderia curá-lo de onde estava, como fez com o
filho do oficial do rei, que morava em Cafarnaum. Entretanto, a enfermidade de
Lázaro e sua morte tinham um propósito claro e definido: glorificar o Filho de
Deus.
3- O soberano intervém. Com Lázaro morto e
sepultado, havia quatro dias, não se via possibilidade de qualquer intervenção
de Jesus para reverter o quadro: “Senhor, já cheira mal, porque é já de quatro
dias”, disse Marta (Jo 11.39). Isso nos fala do risco que corremos neste mundo
frio e incrédulo, onde vai se esvaindo a fé em um Deus que intervém na vida
humana (Lc 18.8). Esse é o secularismo, que cresce a cada dia, como um sinal
dos últimos tempos (Mt 24.36-39; Lc 17.27-29). Não é incomum ouvir cristãos que
já não creem em um Deus que faz milagres e que quer dirigir nossa vida por
inteiro. Um exemplo disso é a descrença no interesse de Deus em questões vitais
como casamento e geração de filhos. Se Deus não está interessado em assuntos
tão relevantes, terá algum interesse em nos dirigir em nossos estudos ou
profissão? Deus quer que toda nossa vida seja para sua glória (1 Co 10.31). Ele
se interessa por nós por inteiro e espera de nós uma entrega total: “Entrega o
teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele tudo fará” (Sl 37.5).
SUBSÍDIO 3
Professor(a), escreva no quadro a seguinte frase:
‘A soberania de Deus.’ Em seguida pergunte aos alunos o que Viver os propósitos
de Deus não nos isenta de sofrimentos enquanto estivermos nessa vida terrena,
Se o amarmos, tudo contribuirá para o nosso bem. significa tal verdade. Depois,
explique que ‘esta expressão representa o ensino bíblico que se refere ao
absoluto, irresistível, infinito e incondicional exercício da vontade própria
de Deus sobre qualquer área da sua criação. Deus é aquele que ordena todos os
eventos ao longo do tempo e da eternidade, Ele também é o Criador e Mantenedor
de tudo o que existe. Deus ‘faz todas as coisas, segundo o conselho da sua
vontade’ (Ef 1.11). Não há nada que esteja excluído do campo da soberania de
Deus, incluindo até mesmo os atos ímpios dos homens. Embora Deus não aprove
esses atos de impiedade, Ele os permite, governa e usa para os seus próprios
objetivos e glória.” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 7.ed. Rio de Janeiro: CPAD,
2010, p. 1844.)
PROFESSOR(A), em João 11.5 “temos uma família que
tinha uma dedicação genuína e forte a Jesus, que desfrutava de íntima comunhão
com Ele, e que era especialmente amada por Ele. Apesar disso, Lázaro
experimentava tristeza, aflição, enfermidade e morte. Hoje, essas aflições
podem atingir os crentes fiéis a Deus; os seus escolhidos. As igrejas terão as
Marias que perseveram em amorosa devoção ao Senhor; as Martas fiéis nas boas obras
e os Lázaros que sofrem e morrem. Famílias desse tipo talvez exclamem: ‘Até
quando te esquecerás de mim, Senhor?’ Jesus declara que a demora dEle não é
falta de amor e sim para a glória de Deus e do seu reino e para o sumo bem
eterno dos que sofrem” (Bíblia de Estudo Pentecostal, Rio de Janeiro: CPAD,
1594).
CONCLUSÃO
A ressurreição de Lázaro foi uma clara oportunidade
de Jesus revelar aos judeus seu poder sobre a morte. Estava próximo o dia da
consumação de seu ministério terreno, com sua morte e triunfo pessoal sobre
esse terrível inimigo, a fim de que agora nós também, tenhamos nEle a vida eterna.
A morte não poderá nos deter. Temos vitória assegurada por Cristo Jesus (1 Co
15).
HORA DA REVISÃO
1- Qual o lugar escolhido por Jesus para sair da
agitação de Jerusalém? A pequena aldeia de Betânia.
2- O que as viagens à Betânia favoreceram?
Favoreceram Jesus a ter um relacionamento muito terno com Lázaro, Maria e
Marta.
3- Em Betânia. onde Jesus se hospedava? Na casa de
Lázaro, Maria e Marta.
4- O que Jesus afirmou aos saduceus a respeito da
ressurreição? Falando aos saduceus sobre a ressurreição, Jesus afirmou: ‘Deus
não é Deus de mortos, mas de vivos, porque para ele vivem todos’ (Lc 20.38).
5- Qual é a lição espiritual que extraímos do fato
de Jesus ter chorado? A lição espiritual que extraímos é: conhecimento
teológico é importante, mas sem quebrantamento não se alcança o coração de Deus
(Sl 51.17).
Pb. Rogério Faustino
Neweb