TEXTO
ÁUREO
“E
[Abrão] deu-lhe o dízimo de tudo.” (Gn 14.20)
VERDADE
PRÁTICA
Contribuir
financeiramente para obra de Deus é mais que um dever. É um privilégio! É a
expressão de gratidão ao Pai por todas as suas bênçãos dispensadas.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda
– 2 Co 8.1-4 A verdadeira motivação da verdadeira mordomia cristã
Também, irmãos, queremos que estejam informados a respeito da graça de Deus que foi concedida às igrejas da Macedônia.
Porque, no meio de muita prova de tribulação, manifestaram abundância de alegria, e a profunda pobreza deles transbordou em grande riqueza de generosidade.
Porque posso testemunhar que, na medida de suas posses e mesmo acima delas, eles contribuíram de forma voluntária,
pedindo-nos, com insistência, a graça de participarem dessa assistência aos santos.
2 Coríntios 8:1-4
Terça
– 1 Tm 6.20 O perigo do amor ao dinheiro na vida do crente
E você, ó Timóteo, guarde o que lhe foi confiado, evitando os falatórios inúteis e profanos e as contradições daquilo que falsamente chamam de "conhecimento",
1 Timóteo 6:20
Quarta
– Hb 13.5 É preciso ter cuidado contra 0 sentimento de avareza
Que a vida de vocês seja isenta de avareza. Contentem-se com as coisas que vocês têm, porque Deus disse: "De maneira alguma deixarei você, nunca jamais o abandonarei."
Hebreus 13:5
Quinta
– SI 24.1; At 17.24 A Deus pertence 0 mundo e tudo o que nele há
Ao Senhor pertence a terra e a sua plenitude, o mundo e os que nele habitam.
Salmos 24:1
— O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas;
Atos 17:24
Sexta
– Dt 8.18; Pv 10.22 O Senhor faz o seu povo prosperar, abençoando-o
maravilhosamente
Pelo contrário, lembrem-se do Senhor , seu Deus, porque é ele quem lhes dá força para conseguir riquezas; para confirmar a sua aliança, que, sob juramento, prometeu aos pais de vocês, como hoje se vê.
Deuteronômio 8:18
A bênção do Senhor enriquece, e ele não acrescenta nenhum desgosto a ela.
Provérbios 10:22
Sábado
– Gn 14.24 Abraão, um mordomo que agia com justiça
Nada quero para mim, a não ser o que os rapazes comeram e a parte que toca a Aner, Escol e Manre, os homens que foram comigo; que estes fiquem com a parte deles.
Gênesis 14:24
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis
14.17-20
17-
E o rei de Sodoma saiu-lhes ao encontro (depois que voltou deferir a
Quedorlaomer e aos reis que estavam com ele) no vale de Savé, que é o vale do
Rei.
18-
E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e este era sacerdote do Deus
Altíssimo.
19-
E abençoou-o e disse: Bendito seja Abrão do Deus Altíssimo, o Possuidor dos
céus e da terra;
20-
e bendito seja Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E
deu-lhe o dízimo de tudo.
Hinos
Sugeridos: 124., 380, 432 da Harpa Cristã
PLANO
DE AULA
1-
INTRODUÇÃO
O
nosso tempo é marcado pelo apego às coisas materiais. Por isso, esse tempo
também é marcado pelo enfraquecimento da mordomia cristão, ou seja, a
administração dos bens que Deus nos deu. Nesse sentido, a presente lição
apresenta o problema do “evangelho” da barganha; depois expõe a doutrina
bíblica do dízimo; em seguida, amplia a reflexão a respeito da mordomia cristã
de modo geral. Assim, veremos que Deus é 0 fiel provedor; e o homem, o
despenseiro das coisas de Deus.
2-
APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A)
Objetivos da Lição:
I)
Expor os equívocos do Evangelho da barganha;
II)
Mostrar que a doutrina bíblica do dízimo está sob ataque;
III)
Afirmar a doutrina bíblica da Mordomia Cristã.
B)
Motivação: O dízimo é uma disciplina espiritual em que é possível mensurar 0
nível de materialismo que se encontra em nosso coração. Que, a partir dessa
lição, possamos compreender melhor o privilégio de cultuar a Deus e sustentar
sua obra por meio da entrega generosa de nossos dízimos e ofertas.
C)
Sugestão de Método: Para introduzir o segundo tópico, e de acordo com as suas
possibilidades, apresente o seguinte trecho textual: “Aqueles que ainda hoje
crêem que o Antigo Testamento exige a prática do dízimo, mas que 0 Novo não
contém essa exigência, devem observar que a natureza do culto e seus
fundamentos no Novo Testamento não mudaram. Mudou apenas a forma do culto, mas
não a sua função” (A Prosperidade à Luz da Bíblia, CPAD, p.143). Abra a
oportunidade para os alunos comentarem a respeito desse trecho. Em seguida,
trate o assunto de acordo com a exposição do segundo tópico a fim de fechá-lo
devidamente.
3-
CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A)
Aplicação: A nossa mordomia em relação aos dízimos e ofertas está fundamentada
nos princípios bíblicos da gratidão e da honra com as primícias do que Deus nos
dá. Estimule os alunos a serem gratos a Deus e a honrá-lo com as primícias do
que Deus tem dado. Todo dia somos beneficiados pelo favor de Deus, pelo bem do
Senhor.
4-
SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A)
Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz
reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas
Adultos. Na edição 91, p.41, você encontrará um subsídio especial para esta
lição.
B)
Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão
suporte na preparação de sua aula:
1)
O texto “Teologia da barganha” é uma reflexão que expande 0 primeiro tópico a
respeito do assunto, trazendo luz para uma ameaça tão perniciosa nos últimos
tempos;
2)
O texto “O Mordomo no mundo antigo”, localizado após o terceiro tópico, traz
uma explicação dessa função no mundo de Jesus.
INTRODUÇÃO
Nesta
lição abordaremos a doutrina bíblica da Mordomia Cristã. Há muitos equívocos,
incompreensões, distorções em torno dessa doutrina. Isso tem feito com que essa
ela tenha sido maliciosamente rejeitada e combatida por parte de muitos. Em
primeiro lugar, deve ser observado que “mordomia” aqui tem o sentido de
administrar bem o que Deus nos deu, e não os privilégios vividos indevidamente
por alguém. Visando corrigir alguns ensinos equivocados em torno desse assunto
que, sutilmente se infiltraram no meio evangélico, faremos uma exposição
daquilo que as Escrituras ensinam sobre a Mordomia Cristã. Por outro lado,
veremos também como muitos maldosamente transformaram esse ensino numa prática
de barganha. Entretanto, também mencionaremos que os que se posicionam contra a
prática do dízimo usam esses estereótipos como justificativa para sua
infidelidade. Finalmente, mostraremos que a prática do dízimo e das ofertas,
longe de ser um fardo, é expressão de gratidão por parte do cristão que se
sente agraciado por Deus.
Palavra-Chave:
MORDOMIA
I-
CONHECENDO O EVANGELHO DA BARGANHA
1-
Dízimos e ofertas como moeda de troca.
Infelizmente
o ensino bíblico da Mordomia Cristã tem sido desvirtuado e distorcido. O que é
uma doutrina genuinamente bíblica tem se transformado numa prática de barganha.
(2 Pe 2.3). Técnicas de arrecadação de fundos são usadas para explorar os
incautos e mais pobres. Vale de tudo. E o que é pior: tudo em nome de Deus e da
fé. Através das mídias, as pessoas são abordadas a toda hora com mais pedidos e
apelos por dinheiro. A promessa sempre é a mesma: “Dê tudo o que você tem para
receber em troca muito mais daquilo que você ofertou”. Nesse jogo de troca vale
até mesmo colocar Deus contra a parede. Alegam que, se Deus não der o que
alguém negociou com Ele, então, deixa de ser Deus. É a velha técnica da
famigerada teologia da prosperidade.
2-
Dízimos e ofertas como práticas legalistas.
Outro
efeito colateral do evangelho da barganha está no fato de que ele é legalista.
Isso quer dizer que torna a prática do dízimo e das ofertas algo meritório.
Essas práticas tornam-se fatores fundamentais para a salvação. Quando elas são
consideradas meritórias, a salvação deixa de ser pela graça para se tornar
pelas obras. Evidentemente, que essa é uma distorção da verdadeira Mordomia
Cristã (2 Co 8.1-4). Somos aceitos diante de Deus por causa do sangue que Jesus
verteu na cruz do Calvário. Em outras palavras, a salvação não é pelas obras,
mas pela graça (Rm 3.28).
SINOPSE
I
A
entrega dos dízimos e das ofertas não é barganha com Deus nem prática
legalista.
AUXÍLIO
TEOLÓGICO
TEOLOGIA DA BARGANHA
“A teologia que fomenta a barganha com Deus tem como um dos seus
pressupostos a doutrina do direito legal do crente. Segundo essa crença, ao
morrer na cruz, Jesus Cristo conquistou para os crentes muitos direitos. Cabe
agora ao cristão se conscientizar da existência deles e reivindicar para si a
concretização desses direitos. A posse da bênção passa agora a ser um direito
líquido e certo, e não algo que está condicionado à vontade divina. A doutrina
do direito legal deu amplos poderes ao crente, a ponto de ele agora poder
usá-lo até mesmo como moeda de troca. Acreditam que Deus não tem o direito de
dizer não a quem Ele conferiu o direito de exigir. O devoto ganha direitos;
Deus perde 0 seu! Promessas de curas e prosperidade são feitas àqueles que
descobriram essa “doutrina” e fazem uso dela. Já é bastante conhecida entre os
crentes a famosa doutrina da Determinação. Não é mais preciso orar, e sim
determinar. Deus criou leis espirituais, e o crente deve saber como usar essas
leis. Segundo essa exegese, Jesus não teria dito “tudo quando pedirdes em meu
nome”, mas “tudo o que exigirdes ou determinardes em meu nome” (Jo 14.13).
Embora não exista nada no texto grego que corrobore esse ensino, os pregadores
da prosperidade insistem que assim deve ser” (GONÇALVES, José. A Prosperidade à
Luz da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, pp.154-55).
II
– A DOUTRINA BÍBLICA DO DÍZIMO SOB ATAQUE
1-
O dízimo era uma prática da lei.
Muitos
se aproveitam daquilo que os maus obreiros ensinam e praticam sobre o dízimo
para se eximirem desse dever cristão. A alegação mais comum, dentre muitas outras
que existem, é que a prática do dízimo era um preceito mosaico. Nesse caso, por
viver na Nova Aliança, o cristão estaria desobrigado de praticá-lo. Como vimos
na leitura em classe, a prática do dízimo antecede a lei de Moisés (Gn
14.17-20). Abraão deu o dízimo de tudo 0 que tinha centenas de anos antes da
Lei. Portanto, a desculpa de que não se devolve o dízimo porque essa é uma
prática limitada a lei de Moisés não se sustenta. Na verdade, há uma
justificativa muito mais plausível para quem se exime ou se nega devolver seu
dízimo – o amor ao dinheiro (1 Tm 6.10). Geralmente as pessoas que criam
obstáculos ou desculpas para entregar seus dízimos, quando esse é um
ensinamento oficial de sua igreja, assim agem por conta de terem sido más
discipuladas ou porque são extremamente apegadas aos bens materiais. Em outras
palavras, são pessoas presas pela avareza (Hb 13.5).
2-
O dízimo como contribuição imposta.
Há
também aqueles que dizem que não devolvem seus dízimos hoje porque consideram
essa uma prática imposta e não uma contribuição voluntária. De acordo com
aqueles que assim pensam, não haveria nada no Novo Testamento que respaldaria a
entrega do dízimo. Dessa forma, entendem que um fiel deve ofertar quando quer,
onde quiser e com 0 valor que achar mais conveniente. Essa parece ser uma tese
bastante piedosa, contudo, não resiste nem mesmo a um único princípio revelado
nas Escrituras sobre 0 lugar das ofertas no culto cristão. Quando Paulo lembrou
a igreja de Corinto que era dever desta cuidar do sustento dos obreiros, ele
recorreu ao princípio do dízimo levítico: “Vocês não sabem que os que prestam
serviços sagrados se alimentam do próprio templo e que os que servem ao altar
participam do que é oferecido sobre o altar?” (1 Co 9.13 – NAA). Evidentemente,
o apóstolo Paulo estava falando do sacerdócio levítico. Se esse não era um
princípio válido na Nova Aliança, então, por que ele o usou? Como viveria hoje
um obreiro que fosse mantido por um crente que esporadicamente devolvesse seus
dízimos e ofertas?
SINOPSE
II
O
ataque contra a doutrina bíblica do dízimo muitas vezes esconde o pecado da
avareza.
III
– A DOUTRINA BÍBLICA DA MORDOMIA CRISTÃ
1-
Deus, o criador e provedor.
O
primeiro princípio básico da doutrina da mordomia bíblica está no fato de que
Deus é o criador e o provedor de tudo: “Do Senhor é a terra e a sua plenitude,
o mundo e aqueles que nele habitam.” (SI 24.1); “O Deus que fez o mundo e tudo
que nele há, sendo Senhor do céu e da terra” (At 17.24). Tudo o que existe no
mundo, incluindo todas as suas riquezas, foi criado por Deus. Tudo de bom que
existe provém dEle. É Deus, portanto, a fonte de toda e qualquer riqueza que,
porventura, o homem venha possuir. Esse princípio é claramente ensinado por
Moisés: “lembrem-se do Senhor, seu Deus, porque é ele quem lhes dá força para
conseguir riquezas” (Dt 8.18 – NAA). Assim, o sábio Salomão sabia que “a bênção
do Senhor é que enriquece” (Pv 10.22). Ser dizimista e ofertante nada mais é do
que reconhecer o Senhor como a fonte provedora de tudo.
2-
O homem como despenseiro e administrador das coisas de Deus.
Outro
princípio igualmente importante no que concerne à mordomia cristã está no fato
do homem ser despenseiro das coisas que Deus criou. Esse fato já aparece no
início da Criação quando Deus criou um jardim e pôs o homem para cuidar dele
(Gn 2.15). Para compreender a mordomia bíblica faz-se necessário saber que
somos despenseiros e administradores daquilo que Deus nos deu. No Novo
Testamento o apóstolo Paulo trata desse assunto na esfera ministerial: “Que os
homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de
Deus” (1 Co 4.1). Somos despenseiros, não somos donos. Quando usamos esse
princípio para todas as áreas das nossas vidas, experimentamos o cuidado e zelo
de Deus. Escrevendo aos coríntios, o apóstolo Paulo advertiu que os “injustos”
não herdarão o Reino de Deus (1 Co 6.9). Ele põe na lista como sendo injustos:
imorais, idólatras, adúlteros, efeminados, homossexuais, ladrões, bêbados e
avarentos (1 Co 6.10). A avareza também é um pecado gravíssimo. O avarento será
excluído do céu. O apóstolo advertiu a Timóteo que o amor ao dinheiro é a raiz
de todos os males (1 Tm 6.10).
SINOPSE
III
A
doutrina bíblica da mordomia cristã está fundamentada em Deus como provedor e o
homem como seu despenseiro.
AUXÍLIO
BIBLIOLÓGICO
O MORDOMO NO MUNDO ANTIGO
“No mundo antigo, era dada ao mordomo a
responsabilidade de zelar de todas as propriedades, enquanto o senhor estivesse
fora. Uma de suas tarefas principais era cuidar que os membros da casa
recebessem a partilha de comida. Ele poderia dá-la diária, semanal ou
mensalmente. O ponto é que seu trabalho lhe exigia que servisse e não exercesse
poder. Seu senhor poderia voltar a qualquer momento. Quando o senhor volta, um
‘mordomo fiel e prudente’ deve estar desempenhando seus deveres. Jesus louva o
servo que serve fielmente na ausência do senhor. Por sua eficiência, o senhor o
recompensará (v.44) com uma promoção, dando-lhe responsabilidade não só sobre
sua casa e servos, mas também sobre todas as suas propriedades” (Comentário
Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.405).
CONCLUSÃO
Vimos
nessa lição a doutrina da mordomia no contexto bíblico, tanto do Antigo quanto
do Novo Testamento. Vimos que a doutrina da mordomia é bíblica e como tal deve
ser exercida por cada crente fiel a Deus. Dentro desse contexto, mostramos que
a prática do dízimo e das ofertas é fundamentada em princípios bíblicos imutáveis
e como tal deve ser observada e obedecida pelo crente que é fiel a Deus e que
sente gratidão por tudo aquilo que Deus fez por ele. Entregar o dízimo e
ofertar na obra de Deus são privilégios dispensados aos que são membros do
Corpo de Cristo.
REVISANDO
O CONTEÚDO
1-
Qual é a alegação mais comum dos que são contra a prática do dízimo?
A
alegação mais comum, dentre muitas outras que existem, é que a prática do
dízimo era um preceito mosaico.
2-
A que princípio o apóstolo Paulo recorreu para cuidar do sustento dos
obreiros?
Ao
princípio do dízimo levítico.
3-
Qual é o princípio básico da doutrina da mordomia bíblica?
O
primeiro princípio básico da doutrina da mordomia bíblica está no fato de que
Deus é o criador e o provedor de tudo (S124.1).
4-
O que é ser dizimista e ofertante?
Ser
dizimista e ofertante nada mais é do que reconhecer o Senhor como a fonte
provedora de tudo.
5-
Qual é o pecado gravíssimo mencionado na lição?
O
pecado da avareza.
ENSINADOR CRISTÃO, 90, Página 38
Na aula desta semana,
estudaremos sobre a prática da mordomia cristã. O apóstolo Paulo ensinou aos
coríntios que os crentes são despenseiros dos mistérios de Deus e, como tais,
requer-se dos despenseiros que cada um se ache fiel (1 Co 4.1,2). A palavra
"des-penseiro" é o mesmo que "mordomo", que vem do grego
"oikonomos", que significa "o administrador de uma casa ou
propriedade". Na perspectiva do Reino de Deus, o crente é o administrador
dos bens espirituais. Isso significa que recebemos de Deus bens muito preciosos
que precisam ser cultivados com muito zelo, porquanto prestaremos contas ao
Senhor de tudo quanto Ele nos confiou.
Na mordomia cristã, o
crente assume o compromisso de ser o mantenedor da obra de Deus. Por essa
razão, é dever do crente contribuir com os dízimos e ofertas para Casa de Deus.
O texto de lição é enfático ao destacar as justificativas daqueles que ignoram
a doutrina bíblica em relação ao dízimo por entenderem ser esta uma prática
legalista e que não se aplica à igreja dos dias atuais. Entretanto, vale
ressaltar que a principal razão pela qual muitos deixam de contribuir para a
obra de Deus é a avareza em seus corações.
A Bíblia enfatiza que
o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males (1 Tm 6.10). No "Comentário
Histórico-Cultural do Novo Testamento", editado pela CPAD (2007), Lawrence
O. Richards discorre sobre esta passagem que "aqueles motivados pelo amor
ao dinheiro serão vulneráveis à tentação de seguir por qualquer caminho - por
pior que seja - para consegui-lo". Sendo assim, o apego ao mate-rialismo
tem ocupado corações que antes serviam a Deus, mas por conta da preocupação com
os bens materiais e os cuidados desta vida, deixam de honrar ao Senhor com a
sua fazenda e com as primícias de sua renda (Pv 3.9).
A doutrina bíblica da mordomia enfatiza também que Deus é o Criador e provedor daqueles que confiam nEle. Nessa perspectiva, os despenseiros das coisas espirituais oferecem suas vidas a Deus para o serviço cristão sem ambicionar riquezas ou honra. Aos que servem a Deus, Ele provê o que lhes é necessário para subsistência (1 Tm 6.7,8). Isso não significa que aqueles que servem não possam ser mantidos pela obra de Deus. O apóstolo Paulo enfatizou que "digno é o obreiro do seu salário" (1 Tm 5.18). Logo, o Senhor nos abençoa para que possamos administrar nossos bens em favor de Seu Reino.
Pb. Rogério Faustino
Neweb
Compromisso com a Palavra