TEXTO
PRINCIPAL
“Porque,
se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De
sorte que, ou vivamos ou morramos, somos do Senhor.” (Rm 14.8)
RESUMO
DA LIÇÃO
O
Cristianismo é um convite a uma vida dedicada exclusivamente à glória de Deus.
LEITURA
SEMANAL
SEGUNDA – Rm 5.8 O amor de Deus já está provado
Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de Cristo ter morrido por nós quando ainda éramos pecadores.
TERÇA – Gl 5.13 Nossa liberdade não nos autoriza a viver
no pecado
Porque vocês, irmãos, foram chamados à liberdade. Mas não usem a liberdade para dar ocasião à carne; pelo contrário, sejam servos uns dos outros, pelo amor.
QUARTA – Ef 2.5 Um dia já fomos escravos do pecado
e estando nós mortos em nossas transgressões, nos deu vida juntamente com Cristo — pela graça vocês são salvos —
QUINTA – 1 Co 15.26 A derrota da morte
O último inimigo a ser destruído é a morte.
SEXTA – Cl 2.14 Nossa dívida foi cancelada
Cancelando o escrito de dívida que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, cravando-o na cruz.
SÁBADO – At 17.30 O perdão do tempo da ignorância
Deus não levou em conta os tempos da ignorância, mas agora ele ordena a todas as pessoas, em todos os lugares, que se arrependam.
OBJETIVOS
COMPREENDER
o fato de que recebemos uma vida nova em Jesus Cristo;
SABER
que fomos livres do pecado;
MOSTRAR
que em Jesus Cristo nascemos de novo.
INTERAÇÃO
Prezado(a)
professor(a), com a graça de Deus iniciamos o terceiro trimestre do ano.
Estudaremos treze lições a respeito de ser discípulo de Jesus Cristo. Pela fé
fomos restaurados pelo Salvador e agora fazemos parte do seu Reino. O
comentarista das lições é o pastor Thiago Brazil, pastor da Assembleia de Deus
Parque Buenos Aires — Ministério Templo Central em Fortaleza, Ceará. Doutor em
Filosofia, professor efetivo da Universidade Estadual do Ceará (UEC) e autor de
várias obras publicadas pela CPAD. Que o estudo de cada lição possa trazer a
certeza de que seguir a Jesus Cristo é uma honra e um privilégio.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Professor
(a), para a primeira lição do trimestre sugerimos que você reproduza o quadro
abaixo. Utilize-o para mostrar aos alunos do que dispomos como filhos de Adão e
como filhos de Deus.
COMO
FILHOS DE
ADÃO COMO
FILHOS DE DEUS
Ruína
Salvação (5.8)
Pecado
Justiça
Morte
Vida eterna
Separação
de Deus
Relacionamento com Deus
Desobediência
Obediência
Punição
Libertação
Lei
Graça
Extraído
da Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, CPAD, p. 1560.
TEXTO
BÍBLICO
Romanos
6.1-4
1
Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça seja mais
abundante?
2
De modo nenhum! Nós que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda
nele?
3
Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados
na sua morte?
4
De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como
Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em
novidade de vida.
INTRODUÇÃO
Seguir
a Jesus não é um processo automático, mecânico e irrefletido. É uma decisão
cotidiana e consciente que tomamos debaixo da operação do Espírito Santo em
nossas vidas. É nesta perspectiva que devemos pensar nosso relacionamento com
Cristo, como uma dádiva celeste que nos foi amorosamente concedida. Que jamais
venhamos nos esquecer de que somos filhos amados, gerados pela graça do Pai
para a realização de boas obras.
I-
A VIDA NOVA QUE RECEBEMOS
1-
A graça que nos faz mudar de vida.
O
argumento de Paulo aos Romanos a respeito da operação da graça e nossa resposta
a ela é irrefutável. O apóstolo dos gentios lembra àqueles irmãos que tudo o
que eles necessitavam para alcançar a bênção da salvação já havia sido
conquistado por Jesus na cruz do Calvário (Rm 5.6-10). Agora, diante dessa
maravilhosa constatação do amor de Deus que já está demonstrado, como devemos
responder? Menosprezando, vulgarizando a graça salvadora que nos foi concedida
por meio de uma vida arrogantemente marcada pelo pecado (Rm 6.1)? A
resposta de Paulo é incisiva: JAMAIS! Quem teve acesso à maravilhosa mensagem
do Evangelho e é consciente do sacrifício salvífico de Cristo em favor de toda
a humanidade (Jo 3.16), tem o dever espiritual e moral de viver conforme a
dignidade que o Reino de Deus exige dos seus súditos (Cl 1.10). Nunca devemos
proceder como um fariseu legalista, acreditando que a salvação vem por algum
tipo de artifício humano (Mt 23.5-7; Cl 2.20-23). E também nunca viver como um
libertino, considerando a graça que liberta como um “salvo-conduto”, um
“passaporte” para uma vida inconsequente e pecaminosa (Gl 5.13).
2-
O batismo como imagem pública de nossa decisão interior.
Para
o crente, o batismo não é um mero ato religioso ou rito de passagem. O ato
público de submergir-se nas águas batismais indica nossa convicção pessoal de
salvação por meio de uma identificação com o Cristo que morreu por amor a nós.
Desta maneira, constitui-se a analogia do batismo para um discípulo de Jesus:
assim como a morte do Mestre decretou a garantia de nossa vitória final sobre o
pecado (Cl 2.12-15), também nós, por meio do batismo, anunciamos ao mundo que
já não mais nos identificamos com as obras das trevas (Rm 13.12), pois morremos
para elas, e que, de agora em diante, vivemos exclusivamente para a glória do
Cristo ressuscitado (1 Pe 2.24).
3-
Nossa associação com Jesus de Nazaré deve ser significativa.
Vivemos
em uma sociedade onde muitas pessoas são egoístas. Não podemos generalizar, mas
na atualidade há muitos interessados nas riquezas associadas ao Cristo (Jo
12.5,6), mas poucos dispostos a irem a todos os limites por amor ao Salvador
(Fp 3.8). Quem não se associar com a cruz de Cristo, jamais experimentará a
plenitude do Reino (Mt 10.38,39).
PENSE!
Quem
vive em Cristo é imprestável para o pecado.
PONTO
IMPORTANTE!
O
Evangelho liberta as pessoas da escravidão do pecado.
SUBSÍDIO
1
“Prezado(a)
professor(a), para dar início ao primeiro tópico da lição faça a seguinte
pergunta: O que é a salvação? Incentive a participação dos alunos e ouça as
respostas com atenção. Explique que “a salvação é um dom da graça de Deus, mas
somente podemos recebê-la em resposta à fé, do lado humano. A fé em Jesus
Cristo é a única condição prévia que Deus requer do homem para a salvação. A fé
não é somente uma confissão a respeito de Cristo, mas também uma ação dinâmica,
que brota do coração do crente que quer seguir a Cristo como Senhor e
Salvador.” (Adaptado da Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro:
CPAD, p. 1410.)
II-
LIVRES DO PECADO, ESCRAVOS DE CRISTO
1-
Vivendo como livres e não como escravos do pecado.
A
imagem que Paulo utiliza para tratar a respeito do nosso novo estado em Cristo
deriva da prática da libertação de escravos no mundo romano. Havia um ritual
jurídico nesse processo, e uma questão importante que se deve destacar dessa
analogia paulina, é que, para um romano, a escravidão era uma espécie de
“morte social”. Na verdade, seria uma ação de benevolência do senhor, já que o
escravizado era um cativo de guerra ou alguém com uma dívida impagável e a
morte física seria seu destino. Sem qualquer direito, o escravo era reduzido a
uma “coisa”, uma propriedade de seu senhor. Era assim que vivíamos debaixo da
opressão do Diabo, mortos em nossos delitos e pecados (Ef 2.5). A
libertação do escravo era um “renascimento social”, ou seja, uma vez liberto, o
ex-escravo adquiria um conjunto de direitos que reestabeleciam sua dignidade
pessoal na sociedade, pondo-o em outro status. É assim que Paulo, escrevendo
aos irmãos que congregavam na capital do mundo antigo, apresenta-lhes a poderosa
transformação que a salvação de Cristo produz sobre os salvos (2 Co 5.17; Gl
6.15). Somos renascidos, filhos novamente gerados, libertos das amarras da
iniquidade através do poderoso amor de Deus (Jo 3.7; 1 Pe 1.23; 2.2).
2-
A queda do jugo da morte.
A
consequência inevitável e insuperável do pecado é a morte (Rm 6.23). Era sob
essa dominação que a humanidade vivia até a ressurreição gloriosa de Jesus de
Nazaré. Como magistralmente Paulo anuncia em 1 Coríntios 15.26, a morte foi o
último inimigo a ser aniquilado por Cristo, agora, devemos descansar
confiadamente no amor do Salvador (1 Co 15.54-57). Tudo foi pago, toda dívida
foi cancelada (Cl 2.14), a tarefa humanamente impossível de ser realizada foi
finalizada no Calvário (Jo 19.30). Hoje podemos viver como libertos, de cabeças
erguidas, não em sinal de petulância ou autoconfiança, mas olhando para os céus
com o máximo sentimento de gratidão ao nosso maravilhoso Redentor (Lc 21.28; Hb
12.2).
3-
Não temos mais medo.
Existe
uma estratégia muito comum das hostes infernais: lançar em rosto aquilo que
fizemos de errado e deplorável no tempo de nossa escravidão espiritual (Ap
12.10). O que o Diabo quer com esse tipo de tática é nos tornar inseguros com
relação ao impacto da salvação em nossa trajetória. Todavia, Paulo nos
esclarece que já não pesa sobre nós nenhum tipo de acusação espiritual por
aquilo que fizemos no passado (At 17.30). Essa é a verdadeira manifestação do
perdão, diferente do que acontecia com os escravos libertos na Roma antiga, os
quais ainda deveriam considerar seus antigos senhores patronos, com certos
laços e vínculos. Com a salvação alcançamos a ruptura total com as cadeias da
morte e nos tornamos herdeiros da vida eterna.
PENSE!
Em
Cristo, nascer de novo é ter a dignidade humana restaurada.
PONTO
IMPORTANTE!
A
experiência do perdão concede-nos a certeza do céu.
SUBSÍDIO
2
Professor(a),
para a introdução do segundo tópico da lição faça as seguintes perguntas: Se
Deus ama perdoar, por que não dar a Ele mais razões para perdoar? Se o perdão
está garantido, temos a liberdade de pecar o quanto quisermos? Ouça as
respostas dos alunos. Explique que a A resposta bíblica para estas questões é a
seguinte: “Claro que não! Pecar deliberadamente implica decidir por
aproveitar-se de Deus; tal atitude demonstra que a pessoa não compreendeu a
gravidade do pecado. O perdão de Deus não torna o pecado menos grave; a morte
de seu Filho comprova a terrível gravidade do pecado. Jesus pagou com a vida
para que pudéssemos ser perdoados. A disponibilidade da misericórdia
divina não deve ser desculpa para uma vida descuidada e/ou para a lassidão
moral.” (Adaptado da Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD,
p. 1561.)
III-
JÁ POSSO VIVER, POIS NASCI DE NOVO
1-
Discernindo a obra de Cristo por nós.
Paulo
é bastante claro ao afirmar que o reconhecimento do sacrifício vicário de Jesus
por nós é fundamental para o estabelecimento de uma vida cristã genuína (Rm
6.11). É simplesmente incompatível a consciência plena do amor de Deus com uma
existência dominada pela prática deliberada do pecado, ou seja, é impossível
conhecer verdadeiramente a Jesus e ainda permanecer num estilo de vida dominado
pelos impulsos carnais (Ef 2.3). Quem opta por viver assim, age como se
desejasse, mais uma vez, crucificar a Cristo (Hb 6.6).
Devemos
viver como mortos para o pecado (Rm 8.10), mas triunfantemente vivos para o
Senhor (Gl 2.20). Dessa forma, somos convocados a adotar um padrão de vida
excelente, uma prática cotidiana que espelhe o caráter de Deus revelado no
coração de todo aquele que nasceu de novo, bem como as consequências práticas
da presença do Espírito Santo (Gl 5.22). Como podemos perceber, a exortação
paulina está devidamente alinhada com o discurso de Jesus (Mt 16.24-26).
2-
O fim do império do pecado.
Paulo
era alguém oriundo de uma dupla formação cultural – hebraica e romana – por
isso, conhecia várias perspectivas, do que era um governo tirano em suas várias
formas de ação e elaboração do mal. Partindo dessa visão, o apóstolo anuncia
aos seus amigos de Roma que para eles já não existem mais quaisquer laços de
subordinação à tirania do pecado (Rm 6.12). A morte do Redentor nos deu uma
esperança que instaura um novo Reino, não terreno, humano ou político (Jo
18.36), mas poderoso em amor, graça e misericórdia (Rm 14.17). Se já não
somos mais escravos do pecado, é urgente que vivamos como dignos representantes
do majestoso governo do Cristo ressurreto (2 Co 5.20). Quem está assentado no
trono de seu coração? Que não seja o pecado nem seu “eu” inflado, convertido em
ídolo do egoísmo. Entronize o Rei da glória (Sl 24.7-10; Rm 5.17,21).
3-
Uma vida consagrada a Deus.
Se
Cristo reina em nós, como devemos viver, de que maneira devemos nos portar em
meio à uma geração perversa? O apóstolo nos responde que, uma vez libertos da
iniquidade, devemos andar de modo santo e irrepreensível (Rm 6.13,14). Esse
padrão de comprometimento com os valores do Evangelho, com os princípios
da graça, se confronta diretamente com o modelo de pseudo evangelho que
testemunhamos no mundo atual. Para atrair os jovens, muitos têm relativizado as
exigências de pureza e santidade que o Evangelho exige (1 Ts 4.5-7). O anúncio
da graça não pode se confundir com uma degradação espiritual e moral dos
valores do Reino. O amor de Deus é grande, mas a porta continua estreita e o
caminho ainda é apertado (Mt 7.13). Chamar para a santidade não significa depreciar
a graça (Hb 10.29).
PENSE!
O
grande desafio do Cristianismo é destruir o ídolo chamado “ego”.
PONTO
IMPORTANTE!
Princípios
cristãos não são negociáveis, eles são a base de nossa fé.
SUBSÍDIO
3
Professor(a)
explique aos alunos que “o poder do pecado sobre nós foi destruído na cruz.
Nosso ‘velho homem’, morreu definitivamente, portanto estamos livres de sua
tendência iníqua. O ‘corpo do pecado’ é nossa natureza, herdada de Adão, que
ama o pecado.” (Adaptado da Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro:
CPAD, p. 1562.)
CONCLUSÃO
Seguir
o Mestre é a própria razão de ser de nossa espiritualidade. Na sociedade
decadente em que vivemos, as pessoas estão sempre em busca de seu ego, de suas
ambições carnais, do pecado. É urgente uma guinada da humanidade em direção a
Cristo. Ele morreu e ressuscitou para nos libertar do jugo do pecado.
HORA
DA REVISÃO
1-
O perdão dos nossos pecados nos autoriza a ter uma vida espiritual
irresponsável?
R.
Não. Quem teve acesso a maravilhosa mensagem do Evangelho, tem o dever
espiritual e moral de viver conforme a dignidade que o Reino exige.
2-
O que deve significar o batismo para um cristão?
R.
Ele indica nossa convicção pessoal de salvação por meio de uma identificação
radical com Jesus.
3-
Paulo era alguém oriundo de uma dupla formação. Quais eram?
R.
Sim. Hebraica e romana.
4-
Como o crente deve lidar com os pecados cometidos no passado?
R.
Conscientes de que não pesa sobre ele qualquer repercussão espiritual sobre
aquilo que já foi perdoado no Calvário.
5-
Como devemos nos portar em meio à uma geração perversa?
R.
Devemos andar de modo santo e irrepreensível (Rm 6.13,14).
Pb.
Rogério Faustino
Neweb
Compromisso
com a Palavra