Lição 02 Adultos 2022 1º Trimestre - A Inspiração Divina da Bíblia 09 de janeiro de 2022 - Pb. Rogério Faustino
📚 TEXTO AUREO
“ Toda a Escritura divinamente
inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir
em justiça.” (2 Tm 3.16)
📚 VERDADE PRÁTICA
A inspiração da Bíblia Sagrada
é divina, verbal e plenária. Portanto, a Bíblia toda nos ensina, corrige e
instrui.
📚 LEITURA DIÁRIA
📌 Segunda – 2 Pe 1.21 Os autores bíblicos escreveram inspirados pelo Espírito Santo. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo. 2 Pedro 1:21
📌 Terça – Rm 15.4 Tudo o que está escrito serve para o nosso ensino. Pois tudo o que foi escrito no passado, foi escrito para nos ensinar, de forma que, por meio da perseverança e do bom ânimo procedentes das Escrituras, mantenhamos a nossa esperança. Romanos 15:4
📌 Quarta – 2 Co 4.7 As Escrituras não estão condicionadas às lim itações de seus autores humanos. Mas temos esse tesouro em vasos de barro, para mostrar que este poder que a tudo excede provém de Deus, e não de nós. 2 Coríntios 4:7
📌 Quinta – 1 Co 14.9-11 A linguagem bíblica busca alcançar a com preensão de todos. Assim também vós, se com a língua não pronunciardes palavras bem inteligíveis, como se entenderá o que se diz? porque estareis como que falando ao ar. Há, por exemplo, tanta espécie de vozes no mundo, e nenhuma delas é sem significação. Mas, se eu ignorar o sentido da voz, serei bárbaro para aquele a quem falo, e o que fala será bárbaro para mim. 1 Coríntios 14:9-11
📌 Sexta – Lc 24.44 Cristo reconheceu a inspiração divina do Antigo Testamento. E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: Que convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, e nos profetas e nos Salmos. Lucas 24:44
📌 Sábado – 1 Pe 1.23 A Palavra inspirada pelo Espírito Santo opera na regeneração dos pecadores. Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre. 1 Pedro 1:23
📚 LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
2 Timóteo 3.14-17
14 – Tu, porém, permanece
naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens
aprendido,
15 – E que, desde a tua
meninice, sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação,
pela fé que há em Cristo Jesus.
16 – Toda Escritura
divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir,
para instruir em justiça;
17 – Para que o homem de Deus
seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.
2 Pedro 1.19-2 1
19 – E temos, mui firme, a
palavra dos profetas, à qual bem faz eis em estar atentos, como a uma luz que
alumia em lugar escuro, até que o dia esclareça, e a estrela da alva apareça em
vosso coração.
20 – Sabendo primeiramente
isto: que nenhum a profecia da Escritura é de particular interpretação.
2 1 – Porque a profecia nunca
foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados
pelo Espírito Santo.
📚 Hinos Sugeridos: 252, 456, 558 da Harpa Cristã
📚 PLANO DE AULA
📚 INTRODUÇÃO
Cremos que a Bíblia é
inspirada divina, verbal e plenariamente, ou seja, a Bíblia é a Palavra de Deus
revelada aos nossos corações. Nesse sentido, trazer luz a respeito da
importante doutrina da Inspiração das Escrituras é o objetivo maior desta
lição. Todo trabalho pedagógico deve concorrer para isso. Nossos alunos, ao
final desta lição, devem aprofundar as raízes de sua fé na inspiração divina da
Bíblia.
📚 APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Refletir que a própria
Bíblia reivindica sua inspiração divina;
II) Evidenciar que as
limitações humanas não anulam a inspiração divina da Bíblia;
III) Explicitar que o Espírito
Santo atua na regeneração e iluminação do pecador e, por isso, nos ajuda a
compreender as Escrituras.
B) Motivação: O que faz a
Bíblia ser diferente de todos os outros livros? Por que a Bíblia está acima da
literatura de William Shakespeare, dos romances de Machado de Assis ou de
outras obras clássicas? A resposta para essas perguntas está na transformação
que o leitor sofre dentro de si enquanto lê a Bíblia com o auxílio do Espírito
Santo.
C) Sugestão de Método: A
presente relatos que mostram o quanto as pessoas que leram a Bíblia foram
impactadas; e quantas vidas foram transformadas a partir do contato com as
Escrituras. Você pode fazer pesquisas em sites especializados ou em obras de
história da Igreja.
📚 CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Conclame os
alunos, a toda vez que se prepararem para ler a Bíblia, a pedir o auxílio do
Espírito Santo. A Bíblia é um livro divino, por isso , precisamos do divino
auxílio para lê-la e compreendê-la.
📚 SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão:
Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e
subsídios às Lições Bíblicas. Na edição 88, p.37, você encontrará um subsídio
especial para esta lição
B) Auxílios Especiais: Ao
final do tópico, você encontrará um auxílio que dará suporte na preparação de
sua aula:
1) O texto “A Inspiração
Divina da Bíblia” aprofunda o conceito de Inspiração Divina apresentado no
primeiro tópico;
2) O texto “Fundamentos
bíblicos para uma filosofia de ensino” traz uma reflexão a respeito da Bíblia
como fundamento inspirador para o ensino, conforme o segundo tópico.
"As teorias da inspiração da bíblia:
Ortodoxia, ela é a palavra de Deus.
Modernismo, a bíblia contém a apalavra de Deus.
Neo-ortodoxia, a bíblia torna-se a palavra de Deus.
Nós abraçamos a ortodoxia, a interpretação histórico gramatical, que diz que a bíblia é a divina, inerrante e infalível palavra de Deus"
"É bom saber, mas...fique com a verdade.
Sobre a inspiração existem duas teorias entre os teólogos, a saber; a do ditado verbal, onde Deus ditou o que deveria ser escrito e os autores escreveram do mesmo jeito que ouviram; e a teoria do conceito inspirado, onde Deus inspirou os pensamentos dos autores e eles tiveram a liberdade de escreverem como bem parecia. Cremos que a bíblia é inspirada verbalmente, houve um sopro de palavras de Deus nos ouvidos e mente dos autores sagrados. O que foi dito e escrito veio de Deus. Foi o que Ele quis dizer. A inspiração da bíblia é divina, a inspiração é verbal e é plenária."
📚 INTRODUÇÃO
A inspiração divina das
Escrituras foi operada sobrenaturalmente pelo Espírito Santo, que nos deu a
Bíblia, a única revelação escrita de Deus para a humanidade. Nesta lição,
veremos que a inspiração da Bíblia é divina, verbal e plenária. Nesse sentido,
a Bíblia Sagrada é para o crente salvo a inspirada, inerrante e infalível
Palavra de Deus.
"A bíblia sagrada é a única fonte de fé para os cristãos. Não existe outro meio ou escritura, a Palavra que foi escrita já foi o bastante para moldar o caráter de Cristo em cada um de nós."
📚 PALAVRA-CHAVE: INSPIRAÇÃO
📚 I – A DOUTRINA DA INSPIRAÇÃO BÍBLICA
📚 1. A inspiração bíblica é divina.
Nas páginas do Antigo Testamento, a expressão “Assim diz o Senhor” e similares são usadas mais de 3.800 vezes. Ao receber a revelação no Monte Sinai, Moisés “escreveu todas as palavras do Senhor” (Êx 24.4). Jeremias foi advertido: “não esqueças nem uma palavra ” (Jr 26.2). No texto do Novo Testamento, Paulo disse que usava as palavras “que o Espírito Santo ensina” (1 Co 2.13). João assegura que o Senhor lhe revelou “coisas que brevemente devem acontecer” (Ap 1.1). E o Senhor Jesus asseverou que até os sinais diacríticos (são os acentos e o til que se colocam sobre vogais (produzindo á, ã, é, etc.) e a cedilha que se coloca sob a letra c (produzindo ç)) do texto hebraico eram inspirados: “nem um jota ou um til se omitirá da lei” (Mt 5.18).
Assim sendo, as Escrituras reivindicam que a mensagem bíblica veio
da parte de Deus. (Inspiração divina)
"Dizemos que a inspiração da bíblia é divina quando afirmamos que as palavras escritas e ditas pelos escritores sagrados foram as que o Senhor quis dizer realmente. Todos eles receberam a palavra que vinha de Deus por intermédio do Espírito Santo."
📚 2. A inspiração bíblica é verbal.
Ratificamos que a Bíblia é “divinamente inspirada” (2 Tm 3.16). Essa tradução vem do termo grego theopneustos, que significa literalmente “ soprada por Deus”.
Desse modo, a inspiração é chamada de verbal porque Deus soprou nos escritores sagrados aquilo que deveria ser escrito (Ap 19.9; 1 Co 14.37).
Porém, os autores bíblicos não foram usados automaticamente como se escrevessem
um ditado; eles foram instrumentos de Deus e, cada qual com sua própria
personalidade e talento, escreveram “inspirados pelo Espírito Santo” (2 Pe
1.21). Essa ação divina foi tão intensa que todas as palavras registradas na
Bíblia eram exatamente as que Deus queria ver empregadas nas Escrituras.
"Os escritores receberam as palavras sopradas por Deus nos seus ouvidos e entendimentos, e do mesmo jeito que receberam, eles escreveram. Do jeito que Deus queria dizer foram escritas, a isso chamamos de inspiração verbal. O interessante notar que nessa secção o Espírito Santo usou cada um com sua personalidade e talento e sob a inspiração divina escreveram o que tinha de ser escrito."
📚 3. A inspiração bíblica é plenária.
A inspiração da Bíblia também é plenária, isto é, a inspiração é total e completa, tanto do Antigo quanto do Novo Testamento.
Paulo afirma que “toda” a Escritura é inspirada (2 Tm 3.16). Nossa Declaração de Fé professa que a “ inspiração da Bíblia é especial e única, não existindo um livro mais inspirado e outro menos inspirado, tendo todos o mesmo grau de inspiração e autoridade” . Significa que nenhum texto deve ser desprezado. Aos Romanos, lemos que “tudo que dantes foi escrito para nosso ensino foi escrito” (Rm 15.4). Nesse aspecto, ratificam os que a Bíblia não apenas “contém ” ou “torna-se” a Palavra de Deus, mas sobretudo ela é a inspirada Palavra de Deus – plena, sem erros e sem falha alguma.
" Da inspiração plenária subtende-se que toda a escritura de Gênesis a Apocalipse possui a mesma inspiração. Toda a escritura que foi escrita é apta pra ensinar. Não há nenhum texto mais inspirado do que outro, todos eles são a palavra de Deus."
📚 SINÓPSE I
A Bíblia é a inspirada Palavra
de Deus. Seus autores a escreveram inspirados pelo Espírito Santo e os seus
livro s têm o mesmo grau de autoridade.
📚 AUXÍLIO TEOLÓGICO
“A Inspiração Divina da Bíblia
O que diferencia a Bíblia de
todos os demais livros do mundo é a sua inspiração divina (Jó 32.8; 2 Tm 3.16;
2 Pe 1.21). É devido à inspiração divina que ela é chamada a Palavra de Deus
[…] Que vem a ser inspiração divina ? Para melhor compreensão, vejamos
primeiro o que é inspiração. No sentido fisiológico, é a inspiração do ar para
dentro dos pulmões. É pela inspiração do ar que tem o fôlego para falar. Daí o
ditado ‘Falar é fôlego’. Quando estamos falando, o ar é expelido dos pulmões: é
o que chamamos de expiração. Pois bem, Deus, para falar a sua Palavra através
dos escritores da Bíblia, inspirou neles o seu Espírito! Portanto, inspiração
divina é a influência sobrenatural do Espírito Santo como um sopro, sobre os
escritores da Bíblia, capacitando-os a receber e transmitir a mensagem divina
sem mistura de erro. A própria Bíblia reivindica para si a inspiração de Deus,
pois a expressão ‘Assim diz o Senhor’, como carimbo de autenticidade divina,
ocorre mais de 2.600 vezes nos seus 66 livros; isso além de outras expressões
equivalentes” (GILBERTO, Antônio. A Bíblia através dos Séculos: A história e
formação do Livro dos livros.2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2019, p.41).
📚 II – INSPIRAÇÃO DIVINA E OS AUTORES DA BÍBLIA
📚 1. A Inspiração dos autores.
O
Espírito Santo garantiu a liberdade dos escritores bíblicos conforme a
capacitação de cada um. Portanto, a Bíblia possui particularidades quanto ao
gênero literário, gramática, vocabulários e outros. Apesar disso, os autores
não se tornaram intérpretes do divino. Isso porque Deus não inspirou aos
escritores apenas os pensamentos ou as ideias. O Espírito Santo também inspirou
cada uma das palavras que expressam com exatidão a mensagem divina (l Co
2.10,11).
" Que os escritores sagrados foram inspirados por Deus por ação do Espírito Santo disso não temos a menor dúvida, porém cada um foi inspirado na sua essência e capacidade, e isso não tira a inspiração já que o autor das palavras é Deus. Paulo por exemplo escreveu 13 das 21 epístolas do novo testamento (se incluirmos Hebreus, são 14), ninguém mais com tanta capacidade no começo da igreja como ele para escrever com tanta preciosidade e riqueza de detalhes. Pedro em 2 Pedro 3:15-16 fala assim:
"E tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor; como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada; Falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem, e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição."
Se atentarmos para alguns discípulos de Jesus, a maioria não foram escritores das sagradas escrituras, isso não quer dizer que não eram capazes, mas porque por Deus eles não foram chamados pra escrever e sim chamados a exercer outro ministério. Outros se quer andaram com Jesus, e foram agraciados para escreverem o que Deus queria deixar escrito pra nós, como exemplo o apostolo Paulo, Lucas. Isso falamos do Novo Testamento. Os escritores do Antigo Testamento se quer sabiam que seus escritos iriam compor um cânon sagrado. Nesses seus tempos, cidades, ambientes, condições ou limitações eles foram inspirados por Deus para comporem seus escritos sagrados que mais tarde seriam coadunados para dá origem a bíblia sagrada."
📚 2. As limitações dos autores.
Os escolhidos por Deus para escreverem a Bíblia eram pessoas assim como nós,
inclinadas às mesmas paixões e falhas (Tg 5.17). Moisés, por exemplo, mesmo
sendo o autor do Pentateuco, foi impedido de entrar na Terra Prometida
porquanto transgredira contra o Senhor no deserto de Zim (Dt 32.51,52).
Entretanto, nenhum texto das Escrituras, quanto à sua inspiração e veracidade,
está condicionado às limitações de seus autores humanos (2 Co 4 -7 ).
"Os escritores sagrados foram homens sujeitos as mesmas paixões que qualquer um outro ser humano; eles não foram super-humanos, apenas foram escolhidos entre tantos pra escreverem a mensagem de Deus aos homens. Foram falhos, limitados, porém a inspiração que receberam não estava sujeita as falhas dos escritores. A inspiração foi divina. Imaginemos Deus sussurrando, falando, soprando aos ouvidos, a mente, ao intelecto daqueles escolhidos. Eles escreveram, mas Deus é o autor das palavras. O liberalismo religioso trata e entende os escritos sagrados como fruto da mente humana, sem a ação sobrenatural de Deus. Negam a inspiração dos escritores sagrados."
Nosso método de interpretação da bíblia é o histórico gramatical que afirma que ela é a palavra de Deus, inerrante, divina, e infalível. A bíblia se explica por si só, não necessita nem precisa da ciência ou do intelecto humano pra ser pra ser entendida ou explicada."
📚 3. Os diferentes gêneros literários e figuras de linguagem.
"Os gêneros literários são os conjuntos de textos de uma literatura e que são classificados segundo as suas especificidades. Na bíblia temos alguns gêneros literário, vejamos:"
Cada autor fez uso de gêneros literários distintos, tais como:
a. narrativa (1 e 2 Samuel),
b. poesia (Salmos),
c. provérbios (livro de Provérbios) etc.
"As figuras de linguagem são recursos de expressão empregados num texto ou discurso, para que se consiga ampliar a ideia do que se quer dizer ou falar."
Os autores sagrados também fizeram uso de figuras de linguagem, tais com o:
a. o emprego de parábolas e enigmas (Jz 14.14; Ez 17.2);
b. de alegorias (G1 4-22-24; Hb 9.9);
c. de hipérboles (Jo 21.25; Cl 1.23);
d. de metáforas e símiles (Zc 2.8; Tg 3 3 – 5);
e. de vocabulário simples ou rebuscado a depender do grau de instrução do autor (2 Pe 3.15,16).
O emprego dos recursos literários
evidencia a cultura do escritor, mas em hipótese alguma invalida a inspiração
da Palavra de Deus (Pv 2.6; Tg 1.17).
"O recurso literário ia depender muito da cultura e instrução do autor sagrado. Isso é o que chamamos de liberdade do autor que o Espírito Santo respeitou. Essa liberdade não anula em hipótese nenhuma a inspiração divina da escritura."
📚 4. A linguagem do senso comum.
Na descrição de fenômenos científicos, por exemplo, os autores sagrados usaram
a fraseologia comum e popular. Para citar um dos casos, ao descrever a herança
dos rubenitas, também dos gaditas e à meia tribo de Manassés, Josué fez alusão
aos“ nascer do sol” (Js 1.15); e, na batalha contra os amorreus, ele registrou
que o “sol parou” (Js 10.13). Essa linguagem não ignora os fundamentos
científicos, nem desacredita a inspiração da Palavra de Deus, apenas busca
alcançar a compreensão de todos (1 Co 14.9-11).
📚 SINÓPSE II
As limitações humanas, o uso
de diferentes gêneros literários e o emprego de linguagem comum não anula a
inspiração divina dos autores da Bíblia.
📚 AMPLIANDO O CONHECIMENTO
A Inspiração
“As Escrituras eram sopradas
por Deus à medida que o Espírito Santo inspirava seus autores a escrever em
prol de Deus. Por causa de sua incitação e superintendência, as palavras dos
escritores eram verdadeiramente a Palavra de Deus. Pelo menos em alguns casos,
os escritores bíblicos tinham consciência de que a sua mensagem não era
meramente sabedoria humana, mas ‘as palavras que o Espírito Santo ensina’ (1 Co
2.13)”. Amplie mais o seu conhecimento, lendo a Teologia Sistemática: Uma
Perspectiva Pentecostal, CPAD, p.115.
📚 AUXÍLIO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ
“ Fundamentos bíblicos para um
a filosofia de ensino
Uma filosofia cristã de ensino
começa na Bíblia e faz parte do conceito maior de educação cristã. A Palavra de
Deus oferece mais do que o conteúdo do ensino cristão; fornece também a
estrutura filosófica essencial. Questões fundamentais, como: ‘Por que
ensinar?’; ‘Que resultados devem os esperar?’; ‘Quem é o mediador do ensino
cristão?’; ‘Como devemos ensinar?’; e ‘A quem devemos ensinar?’ encontram respostas
provocativas na Bíblia. Um mandato e uma meta claramente definidos emaranham-se
de forma precisa com os notáveis discernimentos das Escrituras sobre o
professor, o aluno e Deus para, com isso, formar um a superestrutura estável.
Cada Ensinador cristão constrói uma filosofia pessoal de ensino ao entender,
correta ou incorretamente, a estrutura bíblica. Portanto, o desafio de
construir uma filosofia verdadeiramente cristã começa de maneira correta
examinando cada parte do componente fornecido pela Bíblia” (GANGEL, Kenneth O;
HENDRICKS, Howard G (Eds.). Manual de Ensino para o Educador Cristão:
Compreendendo a natureza, as bases e o alcance do verdadeiro ensino cristão. 4
.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.66). III – O ESPÍRITO SANTO E A BÍBLIA
📚 III –O ESPÍRITO SANTO E A BÍBLIA
📚 1. A inspiração do Antigo Testamento.
A Bíblia é categórica em reiterar sua inspiração divina. O registro
de Juízes ensina que os livros de Moisés são mandamentos do Senhor (Jz 3.4).
Esdras reconhece como inspirados os livros de Jeremias, Ageu e Zacarias (Ed
1.1; 5.1). A respeito da inspiração da Lei de Moisés e dos profetas, Zacarias
ensinou que os seus escritos eram “as palavras que o Senhor dos Exércitos
enviara pelo seu Espírito, mediante os profetas precedentes” (Zc 7.12). O
próprio Cristo mencionou a Lei de Moisés, os Profetas e os Escritos como livros
inspirados (Lc 24.44). Essas declarações atestam o Espírito Santo como a fonte
originária de inspiração do Antigo Testamento.
"A bíblia sagrada, as escrituras se interpretam por sí só isso já dissemos. Ela própria dá testemunho dela mesmo, ela mesmo diz que ela mesma é inspirada, provém do Senhor Deus. Os escritores do antigo testamento foram fiéis em receber as palavras do Senhor e escrever na integra o que lhes foi dito, ou revelado.
Os mandamentos que Moisés recebeu no monte foram dados pelo próprio Deus. As palavras que Moisés falou ao povo, foram as palavras que ele mesmo ouviu de Deus, e as escreveu. Deus falou pelos seus santo profetas, e eles escreveram essas palavras."
📚 2. A inspiração do Novo Testamento.
O Novo Testamento possui dois pressupostos básicos de sua
inspiração:
a) a promessa de Cristo de
enviar o Espírito Santo para guiar os discípulos (Jo 14.26);
b) os escritos bíblicos que vindicam esse cumprimento (At 2.4; 1 Co 2.10; Ef 3.5).
Nesse aspecto, Paulo
declara que escreve sob orientação do Espírito, e que suas epístolas são a
Palavra de Deus (Rm 15.15,16; 1 Co 14.37; G1 1.12; 1 Ts 2.13). Pedro reconhece
essa verdade e classifica os livros de Paulo como Escrituras (2 Pe 3.16). Nessa
direção, vários outros textos apontam para a ação do Espírito Santo nos
escritos da Nova Aliança (Jo 16.13).
"No novo testamento já deslumbramos de uma revelação mais ampla sobre a palavra de Deus como tal. Já enxergamos um agir mais amplo do Espírito Santo e seus autores reconhecendo e afirmando essa inspiração divina das escrituras sagradas.
O novo testamento dá testemunho dele próprio como palavra de Deus, e reafirma a mesma condição do antigo testamento como a palavra do Senhor."
📚 3. A obra da regeneração e a iluminação.
A Bíblia ensina que o Espírito Santo testifica de Cristo e convence
o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo 15.26; 16.8-11). Desse modo, o
Espírito Santo atua no processo da salvação e produz a fé regeneradora (Ef 2.8)
que vem pelo ouvir a Palavra (Rm 10.17). Nesse aspecto, o Espírito Santo não
apenas inspirou as palavras da salvação, mas também as aplica ao coração humano
a fim de regenerar os pecadores (1 Pe 1.23). Sem esse mover do Espírito não é
possível nem aceitar e nem entender a Palavra de Deus (Mt 13.15; 1 Co 2.14).
Essa ação em conduzir o pecador a compreender as verdades bíblicas chama-se
iluminação (Ef 1.18). Porém, ressalta-se que o Espírito Santo ilumina o que Ele
já tem inspirado, não se trata de nenhuma nova revelação (G11.8,9).
"O Espírito que convence o homem da sua condição de pecador é o mesmo que opera no coração desse revelando o amor de Cristo e a salvação. O Espírito ao convencer abre a mente do pecador para entender o mistério da salvação e as palavras sagradas. Somente o autor para revelar os mistérios da sua palavra."
📚 SINOPSE III
A Bíblia reivindica a
inspiração do Espírito Santo em todas as palavras das Escrituras.
📚 CONCLUSÃO
A Bíblia é a Palavra de Deus
escrita. Ela foi inspirada verbalmente, e seus autores a escreveram inspirados
pelo Espírito Santo. A inspiração da Bíblia é plena, todos os livros e palavras
da Bíblia têm total e completa autoridade. Esse ensino concorda com a nossa
Declaração de Fé que professa crer “na inspiração divina verbal e plenária da
Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé e prática para a vida e o caráter
cristão."
📚 VOCABULÁRIO
Alegoria : Modo de expressão
que procura representar pensamentos e ideias sob forma figurada.
Hipérbole: Figura de linguagem
que consiste no exagero de uma expressão ou ideia. Exemplos: “Morrer de rir” ,
“chorar rios de lágrimas”.
Símile: Figura de linguagem
que denota o que é semelhante, análogo. Exemplos: “ Sedes prudentes como a
serpente” .
Sinal diacrítico: Sinal
gráfico que junto à letra altera sua fonologia. Exemplos: acento agudo,
cedilha, til etc.
📚 REVISANDO O CONTEÚDO
📌 1) O que as Escrituras reivindicam ?
R. As Escrituras reivindicam que a mensagem bíblica veio da parte
de Deus.
📌 2) O que é Inspiração Plenária?
R. A inspiração plenária da Bíblia é a inspiração total e completa,
tanto do Antigo quanto do Novo Testamento.
📌 3) Cite um gênero literário e três figuras de linguagens.
R. Narrativa; parábola, hipérbole e metáforas.
📌 4) Quais os dois pressupostos básicos de inspiração divina do Novo Testamento?
R. O Novo Testamento possui
dois pressupostos básicos de sua inspiração:
a) a promessa de Cristo de
enviar o Espírito Santo para guiar os discípulos (Jo 14.26);
b) os escritos bíblicos que
vindicam esse cumprimento (At 2.4; l Co 2.10; Ef 35).
📌 5) O que não é possível acontecer sem que haja o m over do Espírito Santo?
R. Sem o mover do Espírito
não é possível nem aceitar e nem entender a Palavra de Deus (Mt 13.15; 1 Co
2.14).
📚 ENSINADOR CRISTÃO, 88, Página 37
A
doutrina da inspiração divina da Bíblia é central para o crente tê-la e
cultivá-la como a única regra de fé e prática. Essa inspiração divina está
clara na própria Bíblia, pois ela a reivindica para si (Èx 24.4; 2 Tm 3.16).
Mas o que seria o processo de inspiração divina que faz da Bíblia a Inspirada,
Inerrante e Infalível Palavra de Deus?
O que não
é a inspiração divina da Bíblia?
Para
responder a essa pergunta, começaremos sobre o que não é o processo de
inspiração divina da Bíblia. Assim, é importante considerar o que escreveu o
teólogo e mestre pastor Antonio Gilberto. Em sua obra, "A Bíblia através
dos Séculos: a história e formação do Livro dos livros", editada pela
CPAD, o pastor Gilberto alerta sobre as falsas teorias a respeito da doutrina
da inspiração da Bíblia; 1) a Bíblia teria sido inspirada naturalmente pelos
homens; 2) que a Bíblia teria uma inspiração comum como hoje nós temos em
nossas orações, pregações, cânticos etc; 3) que a Bíblia é parcialmente
inspirada, ela não seria plenamente a Palavra de Deus; 4) que a Bíblia teria
sido ditada verbalmente, sem a atividade e o estilo do autor sagrado (como se
os autores fossem máquinas); 5) que a Bíblia seria inspirada somente nas
idéias, mas não nas palavras (pp. 42-44).
Provavelmente,
você já deve ter se deparado com pelos menos uma dessas falsas teorias. Todas
elas rebaixam a Bíblia como Palavra de Deus, colocando-a no mesmo patamar de
obras com inspiração meramente humana.
O que
queremos dizer com a Inspiração Divina da Bíblia?
Como
crentes de tradição pentecostal, afirmamos a Inspiração Plenária e Verbal da
Bíblia. Conforme o pastor Antonio Gilberto explica, essa doutrina ensina que a
Bíblia toda é a Palavra de Deus, tanto em seus ensinos quanto em seu
vocabulário; que os escritores não estavam inconscientes no processo de escrita
do livro sagrado, que houve uma cooperação intensa e permanente entre o
Espírito Santo e os santos escritores (p. 44). Entretanto, "explicar como
Deus agiu no homem, isso é difícil! Se, no ser humano, o entrosamento do
espírito com o corpo é um mistério inexplicável para os mais sábios, imagine o
entrosamento entre o Espírito de Deus com o espírito do homem!" (p.44).
Portanto, ter um adequado entendimento dessa importante doutrina trará
crescimento e maturidade espiritual para o seus alunos.
Pb. Rogério Faustino
Newebd